Mão biônica pode ser atualizada remotamente de qualquer lugar do mundo

Advogada e ex-nadadora paralímpica, a australiana Jessica Smith nasceu sem a mão esquerda. Ela sempre teve uma relação difícil com as próteses, chegando a sofrer um acidente quando criança com uma chaleira fervendo, queimando 15% de seu corpo. Até que, aos 37 anos, foi apresentada por uma empresa britânica à mão biônica Nexus, que mudou totalmente suas convicções.

Jessica Smith, advogada e ex-nadadora paralímpica pela Austrália, nasceu sem a mão esquerda e sempre teve problemas com próteses. Imagem: Covvi – Divulgação

“Sempre houve uma associação entre o fato de que esse auxílio protético não ajudou de verdade, criando o evento mais traumático da minha vida”, disse ela à agência de notícias Reuters.

Ao ser abordada pela empresa Covvi, com sede em Leeds, na Inglaterra, desenvolvedora da Nexus, Jessica viu ali um desafio emocional. “Acho que estava pronta para tentar algo assim”.

Técnico da empresa Covvi testando a mão robótica Nexus com os movimentos de Jessica Smith. Imagem: Covvi – Divulgação

As mãos biônicas convertem impulsos elétricos dos músculos do braço em movimento alimentado por motores, permitindo que o usuário segure um copo e abra uma porta, por exemplo.

O maior destaque da Nexus, segundo Simon Pollard, fundador da Covvi, é a adição do sistema bluetooth ao dispositivo para permitir que os técnicos da empresa o atualizem por meio de um aplicativo. “O fato de podermos mudar remotamente algumas das coisas que o cliente quer é uma coisa realmente poderosa e uma novidade para o mercado”.

Algumas mãos biônicas concorrentes também podem ser controladas por aplicativos, mas Pollard disse que a capacidade de falar com um único dispositivo diferencia a Nexus.

Imagem: Covvi – Divulgação

Para que isso seja possível, são coletados dados anonimizados para cada usuário, uma tarefa controlada pela parceira NetApp, uma empresa americana de armazenamento de dados e gerenciamento.

Segundo Pollard, a Covvi contratou 27 distribuidores em diversos países e pretende produzir até 100 unidades por mês. 

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Jessica afirma que a tecnologia não mudou apenas a sua vida, mas também a de seus três filhos. “Eles acham incrível que eu seja como metade robô, metade humana”.

Ela disse que a aparência “biônica” da mão é um atrativo, dado seu orgulho pela diferença. “Não estou tentando esconder quem eu sou. Estou adicionando e expandindo quem eu sou, sendo capaz de acessar uma tecnologia que nunca esteve disponível antes”.

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