Brasil é o terceiro país com mais casos de varíola dos macacos

Até domingo (21), o Brasil registrava 3.788 casos confirmados de varíola dos macacos e mais 4.175 suspeitos, segundo dados do Ministério da Saúde (MS). O cenário coloca o país em terceiro lugar em número de casos, a frente do Reino Unido e da Alemanha – São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Distrito Federal lideram o ranking de casos entre os estados brasileiros. 

De acordo com informações do G1, os Estados Unidos são o país com mais casos até agora, 14.594, segundo o boletim mais recente do Centro de Controle de Doenças (CDC). A Espanha, que até a última quinta-feira (18) registrava 5.792 infectados, segue em segundo lugar. 

Erupções na pele causadas pela varíola dos macacos. Imagem ilustrativa: shutterstock/Halfpoint

Varíola dos macacos no Brasil

Na sexta-feira (19), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a dispensa de registro para importação de medicamentos e vacinas destinados à prevenção ou ao tratamento da varíola dos macacos. A decisão, aprovada por unanimidade, visa simplificar a análise documental e facilitar o acesso da população brasileira aos fármacos. 

Ministério da Saúde também lançou, na segunda-feira (22), uma campanha Nacional de Prevenção à doença. A ideia é conscientizar a população sobre a transmissão, contágio, sintomas e prevenção, além de dar orientações sobre o que fazer em casos suspeitos.  

A campanha teve autorização do presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Edson Fachin, que entendeu que a divulgação é de interesse público. O processo de petição e autorização ao órgão foi necessário devido a atual fase de campanha eleitoral, na qual fica proibida, por Lei, a publicação de peças institucionais que causem a promoção do governo ou que desequilibre a disputa eleitoral. 

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Em entrevista ao SP1, da Rede Globo, o conhecido virologista Atila Iamarino alertou que a alta taxa de positividade nas testagens é um indicativo de que o que tem sido feito ainda não é o suficiente. 

“O ideal seria a gente estar rastreando mais contatos, indo atrás das pessoas que tiveram contato, ou dividiram espaço, ou dividiram toalha, lençol, ou fômites [objetos inanimados que podem transportar organismos contagiosos] com pessoas com monkeypox, para testar todo mundo e poder isolar todos os casos ao redor. Fazendo esse tipo de isolamento de contatos, a gente consegue conter a transmissão do vírus e atrasar muito a circulação dele por aqui”, afirmou. 

Na semana passada, o MS informou que as tratativas com o laboratório produtor da vacina contra a varíola dos macacos terminaram, mas ainda faltava uma posição sobre o calendário de entrega. Durante coletiva de imprensa, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que foram solicitadas 50 mil doses para o Brasil, no entanto, caso cheguem, irão prioritariamente para profissionais de saúde que lidam com materiais contaminados e grupos mais afetados. 

Queiroga também já reforçou algumas vezes que, apesar do nome da doença, ela não é transmitida por macacos, e fez um apelo para a não agressão desses animais. 

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