Equipe da UFU descobre proteína ligada à manutenção da doença de Chagas no organismo

Composto faz com que o parasita pare de se multiplicar e permaneça inativo na fase crônica. Expectativa é que descoberta ajude no desenvolvimento de uma cura para a doença. Inseto barbeiro, vetor da Doença de Chagas
Divulgação/ Saúde
Uma equipe de pesquisadores da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) descobriu uma proteína relacionada à manutenção do parasita responsável pela doença de Chagas no organismo humano. A enfermidade é causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi – cujo principal vetor é o inseto “barbeiro” contaminado – e provoca sintomas como febre, manchas no corpo e problemas cardíacos.
O estudo, realizado no Laboratório de Tripanosomatídeos da UFU, é liderado pelo professor e pesquisador Cláudio Vieira da Silva. Segundo ele, a meta do trabalho é contribuir para a descoberta da cura para a doença.
“Os medicamentos não conseguem matar os parasitas resistentes, que perpetuam a infecção ao longo da vida. Se esse parasita está sobrevivendo, alguma coisa ele faz para poder permanecer vivo. Então, a minha pesquisa gira em torno de entender como ele faz isso”, disse Silva.
Durante o estudo, o pesquisador e a equipe descobriram a proteína “P21” e observou que ela faz com que o parasita pare de se multiplicar e permaneça inativo na fase crônica, que é a etapa sem sintomas da doença.
“Se bloquearmos a P21, o parasita volta a se replicar e aí a gente consegue combatê-lo com alguma coisa mais tóxica? Essa é a nossa pergunta”, comentou.
Para o professor, a expectativa agora é que mais pessoas estudem a proteína, para que novas linhas de pesquisa analisem o papel dela na infecção pelo parasita e possam aproximar a medicina de um tratamento mais eficaz.
“Nosso grande objetivo é tentar trabalhar essa doença que é um mal social, que traz danos ao sistema público de saúde”, acrescentou.
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