Diretor da NASA diz que meta de Trump para colocar humanos na Lua “nunca foi real”

As disputas entre os países com vistas a explorar o território espacial parecem acentuadas. Por enquanto, três países estão no cerne da discussão: China, Estados Unidos e Rússia. Durante o mandato do ex-presidente Donald Trump, foi anunciado que os humanos voltariam a pisar na Lua em 2024. Entretanto, o administrador da NASA, Bill Nelson, declarou à Newsweek que essa meta “nunca foi realista”. “A meta é 2025”, completou.

Essa pressa em enviar os humanos à Lua é fruto da concorrência com os outros países. Em 2019, o ex-vice-presidente dos EUA, Mike Pence, disse ao Conselho Nacional que “precisamos agora é de urgência”, pois “estamos em uma corrida espacial hoje, assim como estávamos na década de 1960. E as apostas são ainda maiores”.

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Pence destacou que a China se tornou a primeira nação a pousar no lado escuro da Lua e isso “revelou sua ambição de tomar o terreno estratégico lunar e se tornar a nação espacial preeminente do mundo”. Hoje, a visão do país e dos dirigentes envolvidos não mudou muito. Agora, acrescenta-se a esse cenário a provável saída da Rússia da Estação Espacial Internacional (ISS), que acirra ainda mais os ânimos.

Além disso, a Rússia vai construir sua própria estação espacial, a Estação de Serviço Orbital Russo (ROSS) independente, que está prevista para 2026. Ainda não se sabe se o prazo estipulado será cumprido.

Falta de transparência com informações

A partir de 2011, a Rússia era a única que realizava o transporte de astronautas de e para a ISS. Isso mudou com a entrada da SpaceX no meio. A empresa do bilionário Elon Musk passou a realizar lançamentos de espaçonaves com destino à ISS, a partir do solo americano, em 2020.

Para o administrador da NASA, a China é um “concorrente muito agressivo”, na exploração espacial. Segundo Nelson, ter a China como parceira, do mesmo modo que a Rússia foi durante todos esses anos, é inviável. Ele justifica dizendo que “a China é muito secreta, e eles não são transparentes”.

Para exemplificar sua declaração ele relembra do episódio da reentrada descontrolada na atmosfera de partes de foguetes chineses. “Quando eles colocaram seu primeiro componente de sua estação espacial, eles não reservaram combustível para ter uma reentrada controlada no primeiro estágio [do foguete] enorme, e ele está descendo descontrolado”, disse.

Desenvolvimento da estação espacial chinesa

A China já tem sua própria estação espacial em andamento. Assim como a ISS, a estação espacial chinesa tiangong está programada para permitir que a China realize experiências científicas únicas no espaço. Atualmente, há apenas o módulo central, lançado em abril de 2021, e um módulo de laboratório, lançado em julho deste ano. A previsão é de que o terceiro e último módulo seja lançado em outubro de 2022.

O administrador dtambém apontou a falta de colaboração chinesa com a ciência, pois o país não está disposto a compartilhar suas descobertas científicas com o mundo da mesma forma que a NASAfaz. A esperança de uma colaboração entre os países é baixa.

Via: Newsweek

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