Mudança na órbita de Júpiter poderia tornar a Terra ainda mais habitável

Um novo estudo mostra que a Terra poderia ser ainda mais habitável, se a órbita de Júpiter mudasse ligeiramente. Essa pesquisa foi feita para desvendar quais fatores tornam o planeta propício ao abrigo da vida. Porém, resultados preliminares mostram que esse assunto é mais complicado do que se pensava.

Os resultados obtidos sobre as possíveis mudanças na órbita de Júpiter e as implicações em outros planetas repercutem até mesmo na busca por mundos habitáveis fora do Sistema Solar e fornece um novo conjunto de parâmetros pelos quais a habitabilidade potencial pode ser avaliada.

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Segundo a cientista planetária Pam Vervoort, da Universidade da Califórnia, há uma suspeita dentro da academia científica de “que qualquer mudança na órbita de Júpiter, sendo o planeta massivo que é, só poderia ser ruim para a Terra”. Porém, esse estudo surgiu para apontar as inconsistências dessa afirmação.

Embora os cientistas ainda não detenham de ferramentas capazes de avaliar conclusivamente a habitabilidade de um planeta localizado fora do Sistema Solar, os astrônomos têm coletado dados que merecem atenção especial e que podem favorecer essa procura por sistemas passíveis de abrigar vida.

O primeiro ponto a ser observado diz respeito sobre a posição do planeta em relação à sua estrela hospedeira. Ele precisa estar em um ponto médio, onde exista calor suficiente para que a água seja líquida.

O astrofísico da Universidade da Califórnia, Stephen Kane, ressalta que a presença de água “é uma métrica muito simples, e não explica a forma da órbita de um planeta, ou variações sazonais que um planeta pode experimentar”.

Em seguida, observa-se o tamanho e a massa do exoplaneta. Os cientistas acreditam que a presença de um gigante gasoso semelhante a Júpiter no mesmo sistema pode ser um bom indicador para a habitabilidade. Esse ponto surge com algumas ressalvas.

Consequências das mudanças na órbita de Júpiter

Em 2019, uma equipe internacional de pesquisadores publicou um estudo feito com base em simulações, que indicam uma possível instabilidade no Sistema Solar, caso a órbita de Júpiter seja alterada. Agora, novas simulações mostraram que o oposto também pode ser verdadeiro. Ou seja, ao invés da instabilidade, uma mudança ajudaria a reduzir o alcance de órbitas gigantes gasosas que ajudam ou dificultam a habitabilidade.

Os pesquisadores descobriram que, com a mudança na órbita de Júpiter, algumas partes da Terra se aproximariam do Sol e seriam aquecidas até alcançarem uma faixa temperada e habitável. Porém, caso Júpiter se aproxime do Sol, a Terra se inclinará mais acentuadamente em seu eixo rotacional, uma característica que provoca variações sazonais. Uma inclinação mais nítida, levaria grandes seções do nosso planeta ao congelamento, com estações mais extremas. O gelo do mar de inverno se estenderia a uma área quatro vezes maior do que atualmente.

“É importante entender o impacto que Júpiter teve no clima da Terra ao longo do tempo, como seu efeito em nossa órbita nos mudou no passado e como isso pode nos mudar mais uma vez no futuro”, disse Kane.

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