Mesmo com amostras de Marte será muito difícil indicar vida no planeta; entenda

As amostras coletadas em Marte pelo rover Perseverance da NASA geram muitas esperanças para que a presença de vida extinta, no planeta vermelho, seja confirmada. Entretanto, aquilo que os cientistas buscam há décadas pode não ser vir da forma como eles esperam.

Encontrar vida em outro planeta mudaria significativamente a visão do que significa existir no Universo. Uma descoberta extraordinária como essa, que altera a forma como as pessoas lidam com a vida, também requer evidências extraordinárias.

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Os cientistas acreditam que as amostras recolhidas na Cratera Jezero, local que pode ter sido o delta de um rio há bilhões de anos, contêm compostos orgânicos – moléculas com carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio- geralmente, esses compostos surgem de algum processo natural ou são produzidos por organismos vivos.

Após análise de uma rocha de Marte, o rover revelou que nela há uma quantidade maior de compostos orgânicos do que em qualquer outra amostra coletada até agora. Em uma entrevista para a Axios, o cientista do Projeto Perseverance, Ken Farley, disse que “estamos olhando para rochas que foram depositadas em um ambiente habitável, com bom potencial de preservação em uma época na Terra em que a vida já existia”.

Mesmo com as amostras do solo marciano, não será tão fácil atestar que esses compostos realmente indiquem que houve vida em Marte. Quando elas chegarem à Terra, provavelmente até 2033, os cientistas vão utilizar ferramentas de laboratório de alta potência para analisá-las.

Análise das amostras de Marte em busca de vida

Se, por acaso, um laboratório se deparar com um indício de uma bioassinatura nessas amostras, elas serão encaminhadas para outro laboratório, capaz de examinar o contexto da descoberta. São muitas etapas pelas quais essas evidências precisam passar para que se prove alguma coisa. Os cientistas precisarão avaliar qualquer degradação da amostra do ambiente extremo de Marte e confirmar suas descobertas com múltiplas ferramentas.

Os compostos orgânicos se degradam ao longo do tempo com exposição à radiação espacial, que constantemente bombardeia Marte, e os pesquisadores devem estar preparados para lidar com a redução natural da radioatividade de elementos como urânio e potássio também encontrados em Marte.

Segundo Farley, “inevitavelmente, as moléculas orgânicas terão visto muita radiação ionizante, e isso significa que não estamos procurando proteínas. Não estamos procurando DNA”, isso tornará muito desafiador confirmar a origem dos compostos orgânicos.

Via: Axios

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