EUA estabelecem nova regra sobre lixo espacial
Nesta sexta-feira (30), a Comissão Federal de Comunicações dos EUA (FCC) anunciou que o país vai adotar uma nova medida para enfrentar os crescentes riscos oferecidos pelo lixo espacial que orbita a Terra.
Empresas dos EUA deverão providenciar a reentrada de satélites na atmosfera dentro de cinco anos após os equipamentos se tornarem inoperantes. Imagem: Dotted Yeti – Shutterstock
O órgão governamental dará às empresas norte-americanas um prazo muito mais curto para que elas se livrem de satélites inoperantes que transitam inutilmente ao redor do planeta, atrapalhando as espaçonaves que estão em missões ativas.
Até então, os operadores de satélites na órbita baixa da Terra deviam fazer com que seus equipamentos reentrassem na atmosfera dentro de 25 anos. Agora, esse prazo diminuiu para cinco.
“Isso significará mais responsabilidade e menos risco de colisões que aumentam os detritos orbitais e a probabilidade de falhas de comunicação espacial”, disse a presidente da FCC, Jessica Rosenworcel, em entrevista ao site The Guardian.
Segundo a FCC, dos 10 mil satélites implantados desde 1957, mais da metade não está mais funcionando. “Satélites extintos, estágios de foguetes descartados e outros detritos agora preenchem o ambiente espacial, criando desafios para missões atuais e futuras”, afirmou a agência em nota.
“A segunda era espacial está aí”, disse Rosenworcel. “Para que continue avançando, precisamos fazer mais para limpar nosso próprio lixo no espaço, para que a inovação espacial possa continuar a evoluir”.
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A NASA financiou vários estudos acadêmicos sobre detritos espaciais, e um grupo bipartidário de senadores introduziu uma legislação “para impulsionar o desenvolvimento da tecnologia de remoção de detritos nos EUA”, de acordo com o comissário da FCC Geoffrey Starks.
Ele disse que as medidas vão dobrar a curva de proliferação de detritos. “Também serão reduzidas as colisões, além de liberar recursos que, de outra forma, servirão para tentar evitá-las”.
Starks alertou que “sem um ambiente operacional seguro, o risco de detritos pode aumentar de uma reflexão financeira para um risco que faz os investidores pensarem duas vezes, e pode complicar as operações de uma maneira que desacelere ou limite novos esforços espaciais enquanto aumenta os custos por missão”.
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