Leucemia: conheça os principais tipos da doença

Considerada um câncer, a leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos popularmente conhecida como o câncer do sangue. Ela tem como principal característica o acúmulo de células doentes na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais e afetam o sistema de defesa do corpo, o que dificulta a capacidade do organismo de combater infecções. O resultado é, além de um quadro de saúde debilitado e frágil, sintomas como fadiga, fraqueza, desmaios, perda de peso e apetite, sangramentos e hematomas, e até anemia. 

Contudo, embora conhecida apenas como leucemia, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), existem mais de 12 tipos da doença. Inclusive, em alguns casos, onde a forma de desenvolvimento é mais lenta, pacientes podem nem chegar a ter ou perceber os sintomas. Assim, decidimos destacar aqui apenas quatro, sendo elas as principais: leucemia linfocítica crônica (LLC); leucemia linfocítica aguda (LLA); leucemia mieloide crônica (LMC) e leucemia mieloide aguda (LMA). 

Os nomes citados, que indicam o tipo de leucemia, diferenciam as doenças a partir dos glóbulos sanguíneos, ou seja, o nome indica a célula afetada: leucemia linfocítica (ou linfoide e linfoblástica) se refere as células linfoides. Já a leucemia mieloide indica que as células mieloides são as atingidas. O termo aguda ou crônica se refere a velocidade da evolução da doença: rápida (aguda) ou lenta (crônica). O estágio será conhecido a partir de exames e avaliação médica. 

Vale destacar que as causas para o desenvolvimento de uma leucemia dependem do tipo da doença, no entanto, a maioria é desconhecida, não tendo um motivo específico para as alterações das células. 

Imagem: shutterstock/Kateryna Kon

Leucemia linfocítica 

Da casa dos cânceres hematológicos – linfomas, leucemias e mielomas -, as leucemias são alguns dos tipos mais comuns de câncer no sangue e podem afetar crianças e adultos. Dentre as que citamos, a LLC (leucemia linfocítica crônica) é uma das formas mais comuns em pessoas com mais de 60 anos. É uma forma de câncer no sangue de crescimento lento, em que a medula óssea produz linfócitos (tipo de glóbulo branco) em excesso. Por afetar mais idosos, tratamentos mais agressivos podem não ser indicados. 

Do mesmo grupo da linfocítica, a leucemia linfocítica aguda (LLA) se desenvolve mais rápido – como indica seu nome -, sendo essa uma das diferenças de uma para a outra. Aqui ela pode ser mais comum na infância e ocorre a partir de uma mutação na medula óssea por algum erro no DNA. 

Leucemia mieloide 

Já a LMC (leucemia mieloide crônica) é um tipo de leucemia que progride devagar (crônica) e envolve as células mieloides da medula óssea. Assim como a linfocítica crônica, ela costuma atingir idosos. Ela é causada por uma mutação de cromossomos que ocorre espontaneamente, mas ainda não se tem certeza do que causa essa mutação. 

Sua forma aguda, (Leucemia mieloide aguda) evolui rapidamente. Mais comum em adultos, alguns fatores favorecem o desenvolvimento do problema, como idade, exposição prolongada a produtos químicos e tabagismo. 

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De acordo com estimativa do Inca, de 2020 a 2022, mais de 10 mil casos de leucemia devem surgir em todo o país. Embora rara, em 2017, a leucemia ficou em 13° lugar entre os tipos de câncer mais frequentes. Segundo a Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale), se diagnosticada precocemente, as chances de cura são de 90% para as crianças e de 50% em adultos de até 60 anos. 

O mês de fevereiro é usado para alertar a população sobre os sintomas da doença, além de reforçar, com campanhas, informações sobre prevenção, diagnóstico e apoio ao paciente.

Imagem: shutterstock/Vita_Dor

“Com os inúmeros avanços científicos, os tratamentos voltados para os cânceres do sangue trouxeram uma nova realidade e maior expectativa de sobrevida com qualidade de vida aos milhares de pacientes em todo o mundo, principalmente para os mais idosos, mais sensíveis ou inelegíveis para tratamentos mais agressivos, como os quimioterápicos. É fundamental que médicos e pacientes conversem, para tomada de decisões conjuntas sobre o tratamento e avaliem prognóstico do paciente”, explica o Dr. Marco Paschoallin, diretor médico da AbbVie. 

É importante destacar que todos os tipos que citamos são parecidos e, a maioria, terá sintomas semelhantes (quando houver). Por isso, diante da presença dos sinais, principalmente de forma frequente, procure um médico. É imprescindível a avaliação de um profissional para identificar o tipo da leucemia e qual o tratamento recomendado para o caso. 

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