Explosão solar prejudica operações de resgate do furacão Ian na Flórida

No domingo (2), os socorristas que atuavam nas operações de resgate e recuperação na Flórida, nos Estados Unidos, geradas pelo furacão Ian, sofreram um revés quando as comunicações de rádio foram interrompidas por causa de uma grande explosão solar. Esse não foi um evento isolado, os meteorologistas espaciais esperam mais sinalizadores e ejeções de massa coronal nos próximos dias.

A explosão solar, um poderoso X1, (a forma mais suave da categoria mais forte desses sinalizadores) emitiu jatos de radiação eletromagnética, que causaram um apagão imediato dos sinais de rádio, em toda a região solar do planeta naquele momento, no caso, toda a região dos EUA, de acordo com o Space Weather Watch.

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Segundo a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA), o apagão dos sinais de rádio, classificado pela como uma forte categoria R3, afetou os trabalhadores de resgate que usavam rádios de 25 MHz para se comunicar em áreas onde a fúria do furacão Ian derrubou redes de celulares. No Twitter, a física do clima espacial Tamitha Skov, contou que outro ponto afetado foi o sinal de GPS, cuja a posição ficou indisponível ou menos precisa.

Em seguida, de acordo com o SpaceWeatherWatch, um clarão mais suave surgiu horas depois e gerou um novo apagão de rádio sobre o Pacífico ocidental e a Austrália. Ambas explosões surgiram de uma mancha solar, com intensa atividade magnética, chamada AR3110, e cada uma foi acompanhada por uma ejeção de massa coronal (CME), que representa uma emissão de partículas magnetizadas da atmosfera superior do Sol, parte conhecida como coroa.

Ao mesmo tempo, um vento solar mais forte do que o habitual, com um fluxo de partículas carregadas deixando o Sol, está indo em direção à Terra, a partir de um buraco coronal (uma abertura no campo magnético do Sol). Essa combinação significa que os CMEs podem desencadear uma notável tempestade geomagnética na Terra nos próximos dias.

Furacão Ian flagrado por satélite. Imagem: NASA

Outras tempestades eletromagnéticas do Sol

O NOAA já prevê que uma tempestade geomagnética moderada (classificada como G2) pode atingir o planeta, na próxima terça-feira (4). Essa situação poderá causar pequenos problemas na rede elétrica em altas latitudes e em satélites em órbita baixa da Terra.

Segundo o Met Office, uma nova, grande e “complexa” mancha solar, AR3112, atravessará o disco visível do Sol durante as próximas duas semanas. Informações do SpaceWeather.com descrevem a, AR3112, como “uma das maiores manchas solares em anos”. Ela tem 130.000 quilômetros. Além disso, o próprio Met Office disse que AR3112 tem um potencial para se tornar mais ativo, o que significa uma probabilidade de mais sinalizadores e CMEs.

Para aqueles que gostam de observar auroras, essas tempestades geomagnéticas oriundas do Sol são uma boa chance de detectar luzes polares longe de seus limites habituais ao redor dos pólos. As exibições poderão ser visíveis tanto no sul quanto no norte da Escócia, no Reino Unido, e no norte dos EUA.

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