Paralisia infantil: Pará investiga caso de poliomielite em criança de 3 anos
A Secretária de Saúde Pública do Pará (Sespa) informou que está investigando um caso suspeito de poliomielite em um menino de três anos, residente do município de Santo Antônio do Tauá, no interior do estado. De acordo com relatório de Comunicação de Risco divulgado pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS/SESPA), a presença do poliovírus (Sabin Like 3) já foi confirmada através da análise de isolamento viral de fezes.
No entanto, apesar do resultado positivo, o documento destacou que “outras hipóteses diagnósticas não foram descartadas, como Síndrome de Guillain Barré, conforme o que é preconizado no Guia de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde”.
Imagem: shutterstock
Segundo informações divulgadas pela Veja, os sintomas apresentados pela criança foram: febre, dores musculares, mialgia e paralisia flácida aguda (PFA). Os sinais começaram no dia 21 de agosto e, algumas semanas depois, pioraram, não sendo possível se manter em pé.
Vacinação poliomielite
Ocorrendo desde 8 de agosto, a Campanha Nacional de Vacinação contra a poliomielite foi prorrogada, pela segunda vez, na segunda-feira (3), sendo estendida até o dia 30 de outubro. O motivo seria a baixa adesão a vacinação, o que coloca a população em risco diante da possível volta do vírus.
Recentemente, a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) também voltou a alertar o Brasil sobre a reintrodução da pólio e acrescentou que quase toda a América do Sul tem atualmente cobertura vacinal abaixo de 80%.
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Segundo dados do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI), a última vez que o Brasil alcançou a meta de cobertura contra a pólio foi em 2015. Desde 2018, a marca de 80% não é ultrapassada, o que também indica que, embora a pandemia de Covid-19 tenha colaborado para o baixo número de vacinados, a queda começou antes do surto de coronavírus.
O Brasil é considerado um país livre da pólio desde 1994, mas com a baixa adesão vacinal e os registros de casos no exterior, como nos Estados Unidos, que registrou o primeiro caso de poliomielite em dez anos em julho deste ano, a preocupação da Organização Mundial da Saúde (OMS) com o retorno da paralisia infantil se intensificou.
Vale ressaltar que a vacinação é a única forma de prevenção contra a poliomielite. O esquema de imunização é composto de cinco doses: as três primeiras com a vacina injetável de vírus inativada aos 2, 4 e 6 meses de idade, e depois com dois reforços de gotinha, administradas com 1 e 4 anos.
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