Arquivo diário: outubro 28, 2022

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Instagram, Facebook e WhatsApp apresentam instabilidade nesta sexta

Usuários relataram dificuldades de acesso por cerca de 1 hora durante a tarde. Meta diz que problema ocorreu por causa de uma ‘mudança de configuração’ e já foi solucionado. Ícone do Instagram.
REUTERS/Thomas White
Usuários do Instagram, do Facebook e do WhatsApp relataram dificuldades para acessar as plataformas durante a tarde desta sexta-feira (28) em vários países.
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O site Downdetector, que reúne relatos de instabilidade, registrou problemas por voltas das 16h40 com mais de 300 reclamações no Instagram, 200 no WhatsApp e 160 no Facebook. As três redes voltaram ao normal por volta de 17h20.
Segundo os relatos no Twitter, o mensageiro da Meta não carregava áudios e imagens.
“Uma mudança de configuração fez com que algumas pessoas tivessem dificuldades para acessar nossos produtos hoje. Corrigimos o problema o mais rápido possível e pedimos desculpas por qualquer inconveniente”, disse um porta-voz da Meta.
Este foi o segundo dia na semana em que o WhatsApp apresentou instabilidade. Também houve queixas na última terça-feira (25). Na ocasião, a Meta corrigiu a falha após cerca de duas horas, mas não explicou o motivo.
Usuários relatam instabilidade no Instagram na tarde desta sexta-feira (28)
Reprodução / Downdetector
Usuários relatam instabilidade no WhatsApp na tarde desta sexta-feira (28)
Reprodução / Downdetector
Usuários relatam instabilidade no Facebook nesta sexta-feira (28)
Reprodução / Downdetector
Confira alguns relatos no Twitter:
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Musk diz que Twitter terá conselho para decidir sobre moderação de conteúdo

Bilionário disse que grupo terá pontos de vista diversos e vai analisar decisões importante de conteúdo ou restabelecimento de contas. Logo da empresa Twitter ao lado do perfil do bilionário americano, Elon Musk
Dado Ruvic/REUTERS
O bilionário Elon Musk disse que o Twitter terá um conselho para decidir sobre moderação de conteúdo. A declaração foi feita nesta sexta-feira (27), um dia depois de o empresário anunciar que concluiu a compra da rede social.
“O Twitter formará um conselho de moderação de conteúdo com pontos de vista amplamente diversos. Nenhuma decisão importante de conteúdo ou restabelecimento de conta acontecerá antes que o conselho se reúna”, publicou.
Musk não deu detalhes sobre como será a composição do grupo nem quando ele será formado.
A cronologia da primeira negociação até a compra da rede social
Trump diz estar feliz por aquisição do Twitter por Elon Musk
Elon Musk diz que Twitter terá conselho para decidir sobre moderação de contéudo
Reprodução/Twitter
O empresário confirmou a compra da rede social na última quinta-feira (27) por cerca de US$ 44 bilhões (R$ 235 bilhões). A negociação de ações da empresa na bolsa de valores de Nova York foi suspensa nesta sexta.
Musk, que já se declarou como “absolutista da liberdade de expressão”, afirmou que comprou o Twitter porque “é importante para o futuro da civilização ter uma praça digital comum”.
“Atualmente, há um grande perigo de que as mídias sociais se fragmentem em câmaras de extrema-direita e extrema-esquerda que geram mais ódio e dividem nossa sociedade”, escreveu em um tuíte publicado na quinta-feira.
Em abril, o empresário afirmou que a rede deveria permitir que pessoas se expressem livremente nos limites da lei, o que sugeriria uma redução na moderação de conteúdo.

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Kanye West tem conta restabelecida no Twitter, diz agência

Perfil do rapper havia sido restringido há três semanas devido a comentários antissemitas. Kanye West
Reprodução/Twitter/kanyewest
O rapper Kanye West (também conhecido como Ye) teve sua conta restabelecida no Twitter, um dia após Elon Musk indicar que concluiu a compra da rede social, informou nesta sexta-feira (28) a Reuters. A plataforma havia restringido o perfil de Kanye no início de outubro devido a comentários antissemitas.
O artista disse que atacaria judeus em um tuíte que foi removido pelo Twitter, onde ele tem mais de 30 milhões de seguidores. Uma porta-voz da empresa disse à AFP em 9 de outubro que a conta do artista foi bloqueada devido a uma violação das regras da plataforma.
As falas antissemitas fizeram o rapper perder patrocínios e deixar de ser bilionário.
Em uma postagem da Reuters no Twitter sobre a conta de Kanye, alguns internautas afirmaram que ela não chegou a ser suspensa. O g1 perguntou ao Twitter qual a situação do perfil e aguarda um posicionamento.
A cronologia da primeira negociação até a compra da rede social
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Em resposta a um seguir, Elon Musk disse que não interferiu na reativação da conta do rapper. “A conta de Ye foi restaurada pelo Twitter antes da aquisição. Não me consultaram nem me informaram”, disse o bilionário.
Em 8 de outubro, o novo dono da rede social cumprimentou Kanye pelo primeiro tuíte do rapper em dois anos. “Bem-vindo de volta ao Twitter, meu amigo”, escreveu Musk.
O bilionário assumiu o comando do Twitter na última quinta-feira (27), após concluir uma negociação de cerca de US$ 44 bilhões pela empresa. Ele demitiu o presidente-executivo Parag Agrawal, o diretor financeiro Ned Segal e a chefe de assuntos jurídicos Vijaya Gadde.
“A razão pela qual adquiri o Twitter é porque é importante para o futuro da civilização ter uma praça digital comum”, disse o empresário em uma postagem em sua conta pessoal.

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Qual o futuro do Twitter após ser comprado por Elon Musk?

O editor de tecnologia da BBC analisa o caminho que a empresa de tecnologia pode seguir agora que será gerida pelo bilionário. Elon Musk no Met Gala
Angela Weiss / AFP
Chegou o momento que ninguém tinha certeza de que realmente aconteceria: após meses de drama, Elon Musk anunciou que o acordo de US$ 44 bilhões para comprar o Twitter está completo.
Ele divulgou a grande novidade no próprio Twitter, é claro. Nas últimas horas, o bilionário mudou até a biografia no seu perfil pessoal para “Chief Twit” (“Chefe Twit, em tradução livre) e declarou que “o pássaro está liberado”, em alusão ao símbolo de sua nova empresa.
A cronologia da primeira negociação até a compra da rede social
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Ainda não houve uma confirmação oficial do negócio, e o silêncio na sede do Twitter até agora tem sido bastante ensurdecedor.
Mas talvez não exista ninguém lá para enviar esse e-mail — Musk supostamente já demitiu o CEO Parag Agrawal, o diretor financeiro Ned Segal e a executiva jurídica Vijaya Gadde, enquanto o perfil do LinkedIn do presidente Bret Taylor sugere que ele não está mais na empresa.
Mas como será o futuro do Twitter com Musk?
‘Uma praça digital’
Musk dirigiu-se a potenciais anunciantes em uma mensagem atipicamente humilde compartilhada na rede social na quinta-feira (27/10).
Na postagem, ele falou em comprar o Twitter porque queria “tentar ajudar a humanidade” e desejava que “a civilização tivesse uma praça digital”. Ele também admitiu que a missão pode falhar.
O fato de Musk ter escrito especificamente para quem anuncia no Twitter sugere que ele pretende pelo menos por enquanto manter o modelo de negócios baseado em publicidade digital.
A estratégia de receita com anunciantes segue firme no Twitter, apesar de esse tipo de negócio estar desgastado em outras gigantes digitais, como a Alphabet, dona do Google, e a Meta, dona do Facebook e do Instagram, à medida que a crise financeira global cresce e as empresas têm menos dinheiro para gastar em marketing.
O que explica o mau momento das ‘big techs’ no mercado de ações?
Mark Zuckerberg perde mais de US$ 100 bilhões em um ano e despenca em listas de bilionários
Elon Musk, empresário e milionário, em foto na fábrica da empresa Tesla na Alemanha
Patrick Pleul/Divulgação via AP/Arquivo
No passado, o bilionário falou sobre querer diminuir a moderação, para que mais vozes possam ser ouvidas com liberdade — o Twitter há muito é acusado de favorecer mensagens liberais e de esquerda, o que sempre foi negado pela empresa.
Musk pode decidir trazer de volta alguns dos usuários mais controversos, banidos pela gestão anterior. Será que é o caso de Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, que já havia dito não querer retornar à plataforma, ou até de Kanye West, amigo pessoal de Musk?
Não dá pra ter certeza sobre isso. Musk oferece agora uma visão mais restrita, dizendo que a plataforma deve permanecer “acolhedora”, obedecer às leis nacionais e não se tornar “um inferno livre para todos”.
West foi banido por antissemitismo e Trump “suspenso permanentemente” por incitar a violência — o que, segundo as palavras mais recentes de Musk, soa um tanto infernal.
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Spam e superaplicativos
Musk se enfureceu com a quantidade de conteúdos promocionais e contas falsas que ele acredita poluírem o site — o Twitter sempre contestou as alegações de que o número oficial de usuários é muito baixo.
Ele poderia ordenar um cancelamento de contas em massa, embora isso provavelmente afetaria o número de seguidores, o que poderia ser um primeiro movimento impopular.
Talvez a dica mais intrigante sobre o futuro da plataforma até agora seja sobre a nova empresa ser o início de “X, o aplicativo de tudo”.
O que é o X, o misterioso ‘super app’ que Elon Musk quer criar se comprar o Twitter
Ele nunca detalhou esses planos, mas muitos sugerem que Musk esteja se referindo à criação de uma espécie de “super aplicativo” nos moldes do WeChat da China — um espaço único que contenha mídia social, mensagens, finanças, pedidos de comida… — em poucas palavras, um grande administrador da vida cotidiana.
Outros países ainda não tem uma plataforma do tipo, embora se possa argumentar que o WhatsApp da Meta, e até o Facebook Messenger, estão se transformando silenciosamente em serviços com múltiplas funções.
Twitter
Getty Images via BBC
Musk não disfarçou o amor que nutre por criptomoedas e a Binance, a maior bolsa de moedas digitais do mundo.
Poderíamos ver uma configuração do Twitter para que as empresas aceitem pagamentos em criptomoedas? Isso seria um sucesso entre os fãs dessa modalidade financeira e um horror para aqueles que alertam sobre os riscos dessa escolha, classificada como não regulamentada e desprotegida.
Não dá pra negar que Musk é visionário, volátil, ambicioso e criativo. Com isso, é possível garantir que as mudanças começarão a acontecer — e alguns fãs do Twitter já dizem que isso poderá afastá-los desta rede social.
“Queríamos carros voadores. Em vez disso, temos 140 caracteres”, escreveu Peter Thiel, um investidor da indústria de tecnologia.
Mesmo diante dos memes “expectativa versus realidade”, sabemos muito bem que Musk pode conseguir as duas coisas.
– Este texto foi publicado em http://bbc.co.uk/portuguese/internacional-63426632
Elon Musk e o Twitter: Uma relação antiga e polêmica

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Elon Musk e Twitter: a cronologia da primeira negociação até a compra da rede social

Foram 6 meses de idas e vindas, incluindo a desistência do bilionário, um processo aberto pela rede social e a entrada dele na sede da empresa carregando uma pia. Elon Musk
Reuters
Depois de 6 meses de idas e vindas, o bilionário Elon Musk concluiu a compra do Twitter na noite da última quinta-feira (27). Poucas horas antes, Musk tinha divulgado uma carta direcionada a anunciantes em que confirmava a aquisição.
O fundador da SpaceX e da Tesla pagou US$ 44 bilhões (R$ 235 bilhões) pela nova aquisição, segundo a agência Reuters.
Em julho, quando Musk desistiu do negócio, o Twitter o processou. Por determinação judicial, ele tinha até esta sexta-feira (28) para concluir a compra. Do contrário, um novo julgamento seria marcado para novembro.
Confira a seguir a cronologia do caso:
Março de 2022: Musk cogita criar uma rede social
Respondendo a um seguidor no Twitter, rede em que ele tem mais de 110 milhões de seguidores, Musk afirma que cogita criar uma rede social para promover “liberdade de expressão” na internet. O executivo também fez uma série de enquetes em seu perfil sobre o papel do Twitter como uma “arena” que deveria permitir opiniões divergentes.
Nesse momento, o bilionário já havia comprado ações da empresa, mas a notícia só seria divulgada semanas depois.
4 de abril: Elon Musk, maior acionista individual da empresa
O fundador da Tesla se torna o maior acionista individual da rede social, com 9,2% das ações da companhia.
5 de abril: Indicação ao conselho da empresa
Musk é apontado como membro do conselho de diretores do Twitter um dia após divulgar sua participação na empresa. O magnata respondeu um post do CEO da rede social, Parag Agrawal, prometendo “melhorias significativas” para a plataforma.
10 de abril: Elon Musk desiste do conselho
No dia em que sua avaliação seria considerada para o conselho do Twitter, o magnata desiste de ter uma cadeira no grupo que lidera a rede social. O anúncio da desistência foi feito pelo então CEO da rede social, Parag Agrawal.
14 de abril: Musk faz uma oferta
O bilionário faz uma proposta para adquirir completamente o Twitter por mais de US$ 44 bilhões, segundo um documento regulatório da rede social. O conselho da companhia disse que avaliaria a oferta.
15 de abril: Musk diz ter ‘plano B’ e não quer dinheiro
Um dia depois de sua oferta, Elon Musk diz em uma entrevista que tem um “plano B” caso não consiga comprar o Twitter. Ele alega que “fazer dinheiro” com a rede social não está no centro da negociação e disse que a plataforma é arena importante para a liberdade de expressão no mundo.
Na mesma entrevista, ele disse que eliminar bots e contas falsas seria uma de suas prioridades ao assumir a rede social.
Bots ou robôs são contas controladas por um programa de computador que pode fazer todas as ações de um usuário comum: curtir conteúdos, seguir outros usuários, publicar e retuitar postagens.
21 de abril: US$ 21 bilhões ‘do bolso’ para compra
Elon Musk afirma em um documento apresentado à SEC (a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA) que conseguiu quase US$ 46,5 bilhões para financiar a operação.
O bilionário diz que pretende destinar US$ 21 bilhões de sua fortuna para comprar Twitter e que o valor restante será conseguido por meio de dois empréstimos com o banco Morgan Stanley, um de US$ 13 bilhões e outro de US$ 12,5 bilhões.
25 de abril: Musk chega a acordo para comprar Twitter
O Twitter anuncia que fechou um acordo definitivo para ser comprado por Musk. A transação é estimada em US$ 44 bilhões.
Com a compra, o Twitter se tornará uma companhia de capital fechado, ou seja, deixará de negociar ações na bolsa. É dito ainda que os acionistas vão receber US$ 54,20 por cada ação comum, o que significa um prêmio de 38% sobre o preço dos papéis em 1º de abril.
29 de abril: Musk quer cortar salários
A imprensa dos Estados Unidos destaca que Musk poderia reduzir os salários dos executivos e do conselho da empresa de mídia social. Esse teria sido um dos argumentos usados para convencer os banqueiros a emprestarem o dinheiro para a compra do Twitter.
Segundo a Reuters, pessoas “familiarizadas com o assunto” informaram que o magnata chegou a falar que poderia reduzir os salários dos executivos e do conselho da empresa de mídia social, em um esforço para tirar custos da rede social, e desenvolveria novas maneiras de monetizar tuítes.
2 de maio: Twitter dá número de contas falsas
O Twitter estima que menos de 5% de sua base de usuários é formada por contas falsas ou voltadas para publicar spam.
A informação foi apresentada no relatório de resultados trimestrais da companhia. Segundo o documento, a rede social tem 229 milhões de usuários ativos. Segundo Musk, o Twitter ainda precisa apresentar números que comprovem essa informação.
6 de maio: acionistas contestam a compra
Um fundo de pensão da Flórida processa o bilionário e a rede social argumentando que Musk tinha acordos com outros grandes acionistas, incluindo seu consultor financeiro Morgan Stanley e o criador da plataforma, Jack Dorsey, para apoiar a compra
Por isso, a compra não pode ser concluída antes de 2025.
10 de maio: Musk fala sobre a volta de Trump
Em uma conferência, Elon Musk diz que voltaria atrás na suspensão do ex-presidente americano, Donald Trump, do Twitter.
“Eu reverteria a suspensão permanente [de Trump]”, afirma Musk em evento do Financial Times. O magnata diz que ele e Jack Dorsey, cofundador do Twitter, concordam que não deve haver banimentos permanentes na rede social.
12 de maio: Twitter demite dois executivos
O Twitter comunica a demissão dos chefes das áreas de consumo e receitas. A empresa também anuncia uma pausa nas contratações e uma revisão nas vagas em aberto, segundo a agência de notícias Reuters.
12 de maio: Dorsey não quer voltar
Respondendo a um seguidor no Twitter, o cofundador e ex-CEO da rede social, Jack Dorsey afirma que nunca mais quer ser CEO da plataforma. Antes de Elon Musk comprar ações, Dorsey era o maior acionista individual da companhia e membro de seu conselho de administração.
13 de maio: Musk suspende a compra por horas
“O acordo (para a compra) do Twitter está temporariamente suspenso por pendências em detalhes que sustentam que contas falsas de fato representam menos de 5% dos usuários”, afirma o empresário em um post na rede social.
Depois do anúncio, as ações do Twitter caíram em torno de 20% nas negociações prévias à abertura da Bolsa de Wall Street, segundo a France Presse.
Horas depois, Musk volta a tuitar que segue “comprometido com a compra” da rede social.
14 de maio: Musk quer contar os spams
O bilionário anuncia que sua equipe fará uma análise com amostra com 100 perfis do Twitter para ver quantos são falsos.
15 de maio: Musk diz que Twitter o acusa de violar confidencialidade
Musk afirma nas redes sociais que a equipe jurídica do Twitter o acusou de violar um acordo de confidencialidade ao revelar que o tamanho da amostra para as verificações da plataforma sobre bots e contas falsas era de 100 perfis. Para a empresa, esse dado é interno e confidencial.
16 de maio: Emoji de cocô
Musk usa um emoji de cocô para ironizar o presidente-executivo do Twitter, Parag Agrawal, sobre como é feita a estimativa de contas falsas na rede social.
Elon Musk rebate Parag Agrawal, CEO do Twitter sobre métricas para contas falsas
Reprodução/Twitter
O presidente-executivo do Twitter aponta ainda que as estimativas sobre contas de spam estão bem abaixo dos 5% divulgados pela empresa, mas afirma que não pode revelar a projeção exata.
Musk respondeu com o emoji e questiona: “Então, como os anunciantes sabem o que estão recebendo pelo seu dinheiro? Isso é fundamental para a saúde financeira do Twitter”.
25 de maio: Sem vínculo com a Tesla
O empresário diz que deixará de usar empréstimos que estariam vinculados às suas ações da montadora Tesla como garantia para financiar a compra do Twitter. De acordo com Musk, os US$ 6,25 bilhões (R$ 30 milhões, na cotação de 25 de maio) que seriam obtidos dessa forma virão de sua própria fortuna.
27 de maio: Musk é processado por acionistas do Twitter
Acionistas do Twitter processam Elon Musk, acusando-o de manipular o mercado para ter uma redução de sua oferta de US$ 44 bilhões ou margem para negociar um desconto.
Segundo a ação judicial, o bilionário tuitou e fez declarações com o objetivo de criar dúvidas sobre o negócio, o que vem agitando a rede social há semanas.
6 de junho: Musk ameaça desistir da compra e chama Twitter de negligente
Em carta enviada ao Twitter, um representante do bilionário diz que a empresa se recusou a fornecer as informações que solicitou repetidamente desde 9 de maio de 2022 para facilitar a sua avaliação de contas falsas e de spam.
“O Sr. Musk deixou claro que não acredita que as metodologias de teste negligentes da empresa sejam adequadas, então ele deve conduzir sua própria análise. Os dados que ele solicitou são necessários para isso”, continua o documento.
8 de junho: Twitter poderá ceder mais dados
Reportagem do jornal americano “Washington Post” informa que o conselho de administração do Twitter planeja apresentar mais dados internos ao bilionário para avançar no acordo de venda da rede social.
O Twitter diz que planeja realizar uma votação de acionistas até o início de agosto sobre a venda da empresa.
21 de junho: Conselho recomenda venda
O conselho do Twitter recomendou por unanimidade que os acionistas aprovem a proposta de venda de US$ 44 bilhões da empresa para Musk.
“Se a fusão for concluída, você terá direito a receber US$ 54,20 em dinheiro, sem juros e sujeito a quaisquer impostos retidos na fonte aplicáveis, para cada ação de nossas ações ordinárias de sua propriedade (a menos que tenha exercido adequadamente seus direitos de retirada)”, disse a rede social aos acionistas.
8 de julho: Musk desiste do acordo com o Twitter
O bilionário informa em carta que desistiu do acordo de compra do Twitter. Em documento enviado à SEC, órgão americano equivalente à Comissão de Valores Mobiliários, ele afirmou que houve uma violação de várias disposições do acordo.
“A análise preliminar dos consultores de Musk das informações fornecidas pelo Twitter até o momento faz com que ele acredite fortemente que a proporção de contas falsas e de spam incluídas na contagem de usuários relatada é muito superior a 5%”, afirmam advogados do bilionário.
O Twitter diz que a empresa vai recorrer à Justiça para fazer valer o negócio firmado com Musk.
12 de julho: Twitter processa Musk
Da mesma forma que Musk alegou violação de contrato para desistir do Twitter, a rede social também o acusa de quebrar o acordo. O Twitter processa Elon Musk, pedindo à Justiça que ordene a conclusão do negócio pelo bilionário.
19 de julho: Primeira audiência e data do julgamento
O julgamento do processo do Twitter contra Elon Musk será julgado em outubro deste ano, decidiu uma juíza do estado norte-americano de Delaware após primeira audiência realizada na terça-feira (19).
O Twitter e Musk apresentaram propostas concorrentes para a data do julgamento. O bilionário pediu um julgamento de duas semanas em fevereiro de 2023 enquanto o Twitter pediu quatro dias no final de setembro.
A juíza Kathaleen McCormick disse que as partes são capazes de lidar com um julgamento acelerado e, como uma empresa de capital aberto, o Twitter precisa ter o assunto resolvido logo.
15 de agosto: Twitter deve apresentar documentos de ex-gerente
A juíza McCormick determinou que o Twitter entregue para Musk documentos internet ligados a seu ex-gerente da divisão de consumo, Kayvon Beykpour, que deixou a empresa em maio de 2022.
A ordem foi tomada após o bilionário afirmar que Beykpour era um dos executivos “mais intimamente envolvidos” com o cálculo da quantidade de contas falsas na plataforma. Musk também pediu acesso a documentos relacionados a outras 21 pessoas, mas não foi atendido.
22 de agosto: Musk convoca Jack Dorsey, cofundador do Twitter para depoimento
Musk intimou formalmente o cofundador do Twitter, Jack Dorsey, para que ele apresente dados sobre usuários ativos da plataforma. A convocação também solicitou informações sobre métricas alternativas que o Twitter considerou para calcular a quantidade de usuários.
Jack Dorsey, ex-CEO do Twitter.
Lucas Jackson/Reuters
13 de setembro: Acionistas aprovam proposta de Musk
No limite previsto no acordo aprovado pelo conselho de administração do Twitter, acionistas da empresa aprovaram a proposta de Musk para pagar US$ 54,20 por ação. Na ocasião, cada papel da companhia era vendido na bolsa por cerca de US$ 41.
4 de outubro: Imprensa dos EUA diz que Musk voltou atrás e comprará Twitter
Os jornais americanos Bloomberg e Washington Post informaram que Musk voltou atrás e aceitou comprar o Twitter pelo valor da proposta original. As reportagens foram baseadas em fontes que estariam acompanhando a negociação.
24 de outubro: Musk chega à sede do Twitter com uma pia
O bilionário publicou um vídeo em que entra com uma pia na sede do Twitter em São Francisco, nos Estados Unidos. No tuíte, ele usou a expressão “let that sink in” – “sink” significa pia em inglês. A expressão equivale a algo como “deixe a ficha cair”.
Em resposta a seu vídeo, Musk afirmou que estava “conhecendo muita gente legal no Twitter hoje”.
Elon Musk entra na sede do Twitter com uma pia nas mãos
27 de outubro: Musk e Twitter concluem negócio
‘O pássaro foi libertado’, diz Elon Musk após divulgar uma carta aos acionistas do Twitter confirmando a compra da rede social.
Como primeiras medidas, Musk demite o presidente-executivo, Parag Agrawal, o diretor financeiro, Ned Segal, e o chefe de assuntos jurídicos e de políticas, Vijaya Gadde.
Anteriormente, o empresário os tinha acusado de enganar ele e investidores da plataforma sobre o número de contas falsas na mídia social.

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Musk já havia usado emoji de cocô em discussão com ex-chefe do Twitter, demitido na quinta

Em maio, o bilionário e Parag Agrawal discutiram sobre os métodos utilizados pela plataforma para verificar a quantidade de contas falsas ativas na rede social. Elon Musk e Parag Agrawal já haviam batido boca via Twitter.
Reuters e Divulgação/Twitter
A demissão de Parag Agrawal, agora ex presidente-executivo do Twitter, é o capítulo mais recente da relação pouco cordial que ele mantinha Elon Musk, que agora é dono da plataforma.
O bilionário demitiu Agrawal na quinta-feira (27), quando comprou a rede social por US$ 44 bilhões.
CONTENTE: Trump diz estar feliz por aquisição do Twitter por Elon Musk
LIBERDADE: ‘O pássaro foi libertado’, diz Elon Musk após comprar Twitter
No dia 16 de maio deste ano, Musk usou um emoji de cocô para ironizar Agrawal sobre como era feita a estimativa de contas falsas na rede social.
Também em maio, Musk revelou que, para estimar a quantidade de contas falsas e de spam, o Twitter utiliza uma amostra de 100 perfis. Em seguida, ele disse que a equipe jurídica da empresa o acusou de violar um acordo de confidencialidade ao divulgar o tamanho da amostragem.
Em uma sequência de tuítes, Agrawal afirmou que menos de 5% dos usuários diários da rede social são contas voltadas para spam.
“Nossa estimativa é baseada em várias revisões humanas (em réplicas) de milhares de contas, que são amostradas aleatoriamente, de forma consistente ao longo do tempo, de contas que contamos como usuários diários ativos e monetizáveis. Fazemos isso a cada trimestre e fazemos isso há muitos anos”.
O executivo afirmou que cada revisão humana era baseada nas regras do Twitter sobre spam e usava dados públicos e privados para chegar a uma conclusão sobre cada caso.
Em resposta a Agrawal, Musk ironizou: “Já tentou ligar para eles?”
Elon Musk rebate Parag Agrawal, CEO do Twitter sobre métricas para contas falsas
Reprodução/Twitter
Agrawal disse que, diariamente, o Twitter suspende mais de 500 mil contas por spam. Ele também afirmou que, em casos de suspeita de spam, a plataforma bloqueia o acesso e exige que os usuários comprovem que são humanos por meio de códigos “captcha” e verificações por telefone.
O então presidente-executivo do Twitter apontou que as estimativas sobre contas de spam estavam bem abaixo dos 5% divulgados pela empresa, mas alegou que não pode revelar a projeção exata.
“Infelizmente, não acreditamos que essa estimativa específica possa ser divulgada externamente, dada a necessidade crítica de usar informações públicas e privadas (que não podemos compartilhar)”, escreveu Agrawal.
Musk respondeu com um emoji de cocô e questionou: “Então, como os anunciantes sabem o que estão recebendo pelo seu dinheiro? Isso é fundamental para a saúde financeira do Twitter”.
Elon Musk e o Twitter: Uma relação antiga e polêmica

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Trump diz estar feliz por aquisição do Twitter por Elon Musk

O ex-presidente dos Estados Unidos disse que a empresa de mídia social agora está em “mãos sensatas”. Ex-presidente dos EUA, Donald Trump, durante discurso em 25 de junho de 2022
Kate Munsch/REUTERS
O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump afirmou nesta sexta-feira (28) estar feliz que o Twitter esteja em “mãos sensatas” depois que Elon Musk assumiu o controle da empresa, mas não disse se retornaria com sua conta na plataforma que o baniu.
Trump disse acreditar que sua própria plataforma de mídia Truth Social “parece e funciona melhor”.
“Eu amo a Truth”, escreveu Trump em um post em sua plataforma. O ex-presidente foi banido do Twitter após o ataque ao Capitólio dos EUA no dia 6 de janeiro de 2021.
Musk disse que restabeleceria a conta de Trump, mas Trump afirmou anteriormente que não retornaria.
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Temperatura aumenta nos grupos de família no WhatsApp na reta final da eleição; leia histórias

Entre ‘cutucadas’ e provocações, clima tenso levou família do Pará até a eleger um ‘tio Alexandre de Moraes’ para pacificar grupo. Psiquiatra dá dicas de como não transformar tensão em agressão. Grupos de WhatsApp viram local de ‘briga’ por causa das eleições
Na semana final das eleições de 2022, o caldo entornou em muitos grupos de família no WhatsApp. O g1 mostrou o crescimento e as histórias das batalhas do Zap em 2018. Em setembro de 2022, as brigas voltaram, mas com pessoas exaustas de discutir. Mal elas sabiam que ia piorar…
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A explosão de menções a “briga no grupo da família” no Twitter em outubro de 2022 é um sinal de que o 2º turno está mais belicoso que o 1º no ambiente virtual. O g1 procurou pessoas que relatam esses embates e conta aqui três histórias:
O primo que diz que virou ainda mais bolsonarista depois de ser criticado no grupo;
A família que brigou tanto que teve que proibir conversas de política até pessoalmente, e deu poder para o tio “Alexandre de Moraes” fiscalizar e multar quem burlar a regra;
Uma história com dois lados: o primo que se revoltou contra a prima numa discussão sobre religião, e a resposta dela sobre o caso.
O g1 também voltou a conversar com o psiquiatra que deu dicas em 2018 e em setembro de 2022 de como lidar com o embate, para dar orientações nestes últimos dias. Ele diz que é normal se sentir tenso – o anormal hoje é quem não está ansioso – e dá dicas para não transformar a tensão em explosão.
1. Empurrado pela briga
O contador Leandro Sebastian da Cunha, 26 anos, de Belo Horizonte, diz que virou um eleitor mais ferrenho de Jair Bolsonaro por causa dos primos, “todos petistas”, em 2018. “O fato de eles me encherem muito fez até eu querer apoiar mais. Eu fui querer acompanhar mesmo os planos de governo do Bolsonaro.”
“Digamos que eu comecei a virar Bolsonaro mais por briga familiar. A pessoa te faz tanta raiva que você arruma um jeito de provocar”, ele diz. Ele estava tranquilo desde então, mas o clima final de 2022 fez voltar as provocações com os familiares. “Eles não me respeitavam em momento nenhum.”
Leandro Sebastian Almeida Nunes da Cunha, contador de 26 anos, de Belo Horizonte
Arquivo Pessoal
Leandro diz que votou no PT em 2014. “Eu sempre fui aberto a conversas. Tenho vários amigos que votam no Lula e no Bolsonaro. Mas eu sempre pedi argumentos plausíveis.” Ele diz que os argumentos dos outros eleitores não o convenceram e parecem só “marcação por estar do outro lado”.
Ele diz que era muito próximo de um dos primos quando era mais novo, mas a relação foi abalada pela política. “Esse ano o Natal vai ser horrível, mas a gente está aí pra isso”, diz. “A gente encontra, conversa, eu tento evitar o assunto político, mas se alguém falar, eu falo também.”
2. Tio ‘Alexandre de Moraes’
A família de Emelin Sousa, servidora pública de Belém (PA), saiu abalada das eleições de 2018. “Grande parte das mulheres são de esquerda, e os homens são de direita. Começou uma briga de verdade. Aí meu tio, que é o administrador do grupo, falou: ‘Está proibido de falar desse assunto.'”
A proibição de falar de política em grupos familiares é comum, mas eles foram além: baniram o tema também nos encontros pessoais. Emelin destaca a atuação do tio, rigoroso e rápido nas decisões, assim como Alexandre de Moraes, presidente do TSE, ela diz.
Emelin Sousa, 30 anos, servidora pública de Belém (PA)
Arquivo Pessoal
A principal medida do tio (na verdade chamado Eder) foi estabelecer uma multa de R$ 2 a cada menção sobre política durante os encontros de família. “Minha tia teve que pagar uns 10 reais, porque toda hora tinha que falar do PT”, diz Emelin.
Mas uma briga entre os tios mais velhos foi inevitável nesta reta final de 2022. A atuação para acalmar os ânimos foi em dupla: tio Eder, com o poder da lei, e os primos mais novos, com figurinhas do Casimiro, que levaram a conversa para o humor. “Acabou virando brincadeira”, diz Emelin, aliviada.
3. É briga ou não é?
Diego Martins, publicitário de 29 anos, do Recife, conta que tem dois grupos de família: no da mãe, a maioria é petista e só há duas primas bolsonaristas, que ficam encurraladas pela maioria. Mas no grupo do pai, é Diego quem fica na minoria.
“Eles são evangélicos e mandam muita coisa de religião e Bolsonaro. Quando saiu o vídeo dele na maçonaria, eu mandei lá. Minha prima falou que estava fora de contexto, e começou a ser apoiada por vários primos, e eu comecei a brigar, porque estar na maçonaria contradiz um grupo evangélico”, diz.
Diego Martins, 29 anos, publicitário do Recife
Arquivo pessoal
“O impacto disso é que desde 2018 eu não vou para reuniões da família do meu pai. Ele me chama, eu digo que não vou”, lamenta Diego. “Agora está mais difícil, porque as emoções já estão mais afloradas”, ele diz. Diego não quer sair do grupo para não chatear o pai, mas tenta nem ver as mensagens.
E o que será que a prima achou da discussão? Diego passou o contato, e a percepção dela foi outra: “Acho que debater sobre um assunto específico, em que os envolvidos não concordam, não é briga. Briga de partido não é comigo. Não sou bolsonarista, sou de direita, contra o PT”, ela disse – mas não quis conversar mais sobre o assunto.
Talvez por serem maioria no grupo, os primos percebam Diego como quem está brigando, não eles. Ele comenta: “Engraçado o contraste com o grupo da minha mãe, que fica todo mundo brigando com minhas duas primas bolsonaristas. Não sei como a gente conseguiu conviver por tanto tempo”.
E aí, como lidar?
“Nessa semana, quem tem alguma saúde mental necessariamente está deprimido e ansioso. Quem não está deprimido e ansioso é que está louco. É um momento muito tenso mesmo”, diz Pedro de Santi, psicanalista e professor da ESPM.
É um resultado indefinido. Tudo isso alimenta uma tensão muito grande, e a chance de isso ser explosivo é gigantesca. Não é difícil explodir numa briga, num gesto abrupto, numa ofensa a quem está votando diferente da gente”, ele descreve. Pedro dá 5 passos para tentar conviver nos grupos:
Não se consumir no celular: “Antes de tudo, é preciso aprender uma medida de uso dessas mídias. Nós estamos encantados com elas e usamos muito mais do que seria proveitoso. É preciso pensar no quanto usar de energia e tempo com elas.”
Insistir na tolerância: “O fato de sair do grupo não vai fazer você amadurecer. Você amadurece é na conversa. Às vezes dá um embrulho no estômago de pensar nisso, mas é preciso. Se possível, deve-se sustentar mais na discussão, sem sair no primeiro conflito.”
Agressão é o limite: “Se você mesmo acha que a melhor resposta é atacar pessoalmente o outro, é melhor sair do que agredir e xingar. Este limite tem que existir.”
Entender laços de família: “Em família há outros assuntos velados. A política é usada para mapear questões anteriores, de vínculos profundos. Remete aos ‘barracos’ de Natal. É mais passional e primitivo. É preciso ter consciência que o estrago de uma briga é maior, mas também o motivo para recompor a relação depois.”
Pensar no dia seguinte: “É preciso lembrar que vamos conviver depois das eleições. Quando passa a paixão, alguns vínculos são recuperados. Não dá para queimar todas as pontes, porque para reconstruir pode ser complicado. Comece se perguntando em como você pode estar sendo intolerante.”
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VÍDEOS: Guia do Eleitor

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‘O pássaro foi libertado’, diz Elon Musk após comprar Twitter

Após comprar a rede social por US$ 44 bilhões, Musk demitiu presidente e diretores da empresa. Elon Musk mudou de ideia novamente sobre a compra do Twitter
Getty Images
“O pássaro foi libertado”, publicou o empresário sul-africano Elon Musk em sua conta no Twitter, após concluir a compra da rede social na noite desta quinta-feira (27). O símbolo do Twitter é um pássaro azul.
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O Twitter foi comprado por US$ 44 bilhões (R$ 235 bilhões), segundo a agência Reuters, após seis meses de negociações bastante conturbadas.
Elon Musk conclui compra do Twitter por US$ 44 bilhões
Ainda segundo a agência de notícias, Musk demitiu o presidente-executivo da rede social, Parag Agrawal, o diretor financeiro, Ned Segal, e o chefe de assuntos jurídicos e de políticas, Vijaya Gadde.
Anteriormente, o empresário os acusou de enganar ele e investidores da plataforma sobre o número de contas falsas na mídia social.
A Reuters reportou que, de acordo com fontes que estavam no local, Agrawal e Segal estavam na sede do Twitter em São Francisco, nos Estados Unidos, quando a transação foi concluída. Ambos foram escoltados para fora. Até agora, nenhum deles se pronunciou oficialmente sobre o assunto.
Agrawal e Gadde não tinham se pronunciado até a manhã desta sexta. Segal postou em seu perfil no Twitter que completou 5 anos na empresa na última quinta: “Estou grato pela oportunidade de ter trabalhado com um grupo tão incrível de pessoas construindo essa praça mundial para todos os nossos acionistas”, escreveu. “O trabalho não está completo, mas fizemos um progresso significativo.”
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“A razão pela qual adquiri o Twitter é porque é importante para o futuro da civilização ter uma praça digital comum”, disse Musk, em uma postagem em sua conta pessoal direcionada aos anunciantes, ainda na quinta.
“Atualmente, há um grande perigo de que as mídias sociais se fragmentem em câmaras de extrema-direita e extrema-esquerda que geram mais ódio e dividem nossa sociedade.”
No entanto, Musk não deu detalhes sobre como ele vai fazer tudo isso e quem vai administrar a empresa. O sul-africano também disse que planeja cortar empregos e que não comprou o Twitter para ganhar mais dinheiro, mas “para tentar ajudar a humanidade, a quem eu amo”.
Histórico das negociações
O bilionário anunciou a compra da rede social em abril deste ano e, em menos de três meses, chegou a recuar, alegando que não tinha sido informado corretamente sobre a quantidade de contas falsas e de spam na plataforma.
A rede social, por sua vez, afirmou que seguiu o que estava previsto e que Musk foi quem descumpriu o acordo.
O episódio deu início a uma batalha judicial entre o Twitter e o bilionário, que terminou no início de outubro, quando Musk voltou atrás e aceitou comprar o Twitter por cerca de US$ 44 bilhões, valor oferecido por ele mesmo em abril.
Depois que jornais revelaram que o empresário decidiu retomar a negociação, Musk afirmou na rede social que “comprar o Twitter é um acelerador para criar o X, o aplicativo de tudo”, em referência ao que seria uma nova plataforma criada por ele.
“O Twitter provavelmente acelera o X em 3 a 5 anos, mas posso estar errado”, publicou.
A juíza Kathaleen McCormick, que analisa o processo, determinou que Musk tinha até sexta-feira (28) às 17h no horário local (18h no horário de Brasília) para encontrar financiamento e retomar o negócio.
Elon Musk entra na sede do Twitter com uma pia nas mãos
Se a negociação não fosse concluída nesse prazo, um julgamento poderia ser marcado para novembro. Porém, na última quarta, Musk apareceu na sede do Twitter carregando uma pia.
Segundo ele, era uma alusão à expressão “let that sink in” – “sink” significa pia em inglês. A expressão não tem uma tradução direta para o português e significa algo como “deixar a ficha cair”.
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Google, Facebook e Microsoft vivem mau momento no mercado de ações: o que está acontecendo com as ‘big techs’?

Analistas culpam queda nas vendas, com o declínio da pandemia, e a situação econômica dos EUA. Google e Microsoft vão reduzir contratações. Zuckerberg segue defendendo o metaverso. Google, Meta e Microsoft vivem mau momento no mercado de ações
Reuters
As “big techs” voltaram a decepcionar o mercado nesta semana, ao divulgarem seus resultados do trimestre anterior. Google, Meta e Microsoft estão com as ações “derretendo”. Os principais pontos que desapontaram investidores foram os seguintes:
a receita da Alphabet, dona do Google teve o menor crescimento desde 2013.
o lucro da Meta, controladora de Facebook, Instagram e WhatsApp, caiu pela metade em relação ao mesmo período do ano anterior.
a Microsoft até conseguiu um faturamento acima do esperado pelo mercado, puxada pelo segmento de computação em nuvem, mas teve queda na receita com instalações do Windows.
Segundo dados da Forbes da manhã da última quinta-feira (27), as ações da dona do Google acumulam queda de 36% no ano. As da Microsoft, 32%. E as da Meta, 71% — com isso, o “chefão” Mark Zuckerberg perdeu mais de US$ 100 bilhões em 1 ano e despencou nas listas de bilionários.
Perdas das ‘big techs’ no acumulado de 2022
A Microsoft foi quem mais perdeu em valor de mercado até agora, “derretendo” US$ 810 bilhões, seguida pela Alphabet (US$ 700 bilhões), ainda de acordo com a Forbes.
E não termina ali: Amazon, Apple, Netflix e a fabricante de carros elétricos Tesla, de Elon Musk, também acumulam baixas.
Afinal, o que está acontecendo com as empresas de tecnologia, que viveram tantos anos de glória na bolsa americana? Analistas veem uma combinação de menos vendas, com o declínio da pandemia, e menos anúncios, dada a atual situação econômica dos Estados Unidos. Saiba mais abaixo.
Menos vendas
Especialistas no mercado de tecnologia avaliam que, durante a pandemia — quando muita gente dependeu do celular e de notebooks para estudar, trabalhar e até manter um mínimo de vida social — as “big techs” experimentaram um crescimento que não é sustentável agora.
Isso explicaria, por exemplo, a queda na receita da Microsoft com instalações do Windows entre julho e setembro, já que as vendas de computadores também recuaram.
“Foram vendidos tantos PCs nos últimos dois anos que agora não existe demanda. Além disso, as contratações estão congeladas, então as empresas não precisam de novos computadores”, disse Mikako Kitagawa, analista da consultoria de marketing Gartner, ao New York Times.
Isolamento na pandemia fez vendas de computadores dispararem
Anete Lusina/Pexels
A Microsoft, dona do console Xbox, chegou a registrar receita menor até na área de videogames, no trimestre anterior.
Até os resultados com o serviço de computação em nuvem da empresa, apesar de seguirem positivos, cresceram em um ritmo menos acelerado no 3º trimestre na comparação com o começo do ano na plataforma Azure, voltada ao público em geral.
O mesmo aconteceu com o Google Cloud e é esperado que seja reportado também pela Amazon.
Por outro lado, a Apple divulgou nesta quinta-feira (27) crescimento acima do esperado pelo mercado na receita e no lucro no último trimestre do seu ano fiscal (que também equivale ao período entre julho e setembro), graças ao aumento de 9% nas vendas do iPhone.
A nova versão foi lançada no fim do mês passado e deverá mostrar sua força somente nos resultados do próximo trimestre.
iPhone 14: g1 testa aparelho ‘mais acessível’ da linha atual
Apesar de não divulgar previsões desde 2020, a fabricante de smartphones reconhece que haverá uma desaceleração na receita até o fim deste ano, sobretudo nas vendas do computador Mac e de serviços.
Menos anúncios
Outro ponto sensível para os investidores tem sido a queda na receita com propaganda, relatada pelo Google e pela Meta no último trimestre e pela Microsoft, especialmente com a rede LinkedIn, em julho.
Por que Instagram desistiu dos planos de ‘imitar’ TikTok
Anúncios são o principal negócio do Google, daí o mau humor do mercado. No 3º trimestre, a empresa teve um leve crescimento de receitas com publicidade, mas aquelas vindas de propaganda no YouTube caíram 2%, enquanto o mercado esperava que uma leve alta.
YouTube vai exibir conteúdo educando usuários sobre fake news
Tom Gerken / BBC News
A explicação dos analistas, neste caso, é que o cenário de inflação e o aumento das taxas de juros nos EUA têm levado muitos anunciantes a revisar seu orçamento de marketing para baixo.
Entenda a diferença entre os índices de inflação nos EUA
O que dizem – e preveem – as empresas
“Foi um trimestre difícil para a publicidade digital. Os ventos macroeconômicos contrários foram suficientemente fortes para que o Google diminuísse as contratações para aumentar os seus lucros”, resumiu Evelyn Mitchell, analista da Insider Intelligence, para a agência France Presse.
A Alphabet abriu 11.765 vagas entre julho e setembro, e agora tem cerca de 187.000 funcionários contra 156.500 no fim do ano passado.
Elon Musk planeja demitir 75% dos funcionários do Twitter, diz jornal
A Apple também mencionou que vai reduzir o ritmo de abertura de vagas, assim como a Microsoft .
Na última terça (25), o site Axios reportou que a dona do Windows demitiu cerca de 1.000 funcionários nesta semana, citando uma fonte. Isso seria o equivalente a menos de 1% dos 221 mil funcionários da dona do Windows. A empresa não confirmou os cortes.
A Microsoft prevê que sua receita com vendas no setor da computação pessoal poderá cair mais de 30% no fim do ano.
Apesar disso, analistas do banco Goldman Sachs disseram ver potencial para que esse segmento volte a crescer e que as empresas tendem a dar previsões mais rigorosas num cenário desafiador para a economia. O Morgan Stanley também se diz otimista com a Microsoft.
Atual avatar de Mark Zuckerberg no Horizon Words (esquerda) e versão prometida com futura atualização (direita). O Horizon é a plataforma da Meta que explora a ideia do metaverso
Reprodução
A Meta projeta que as perdas com a criação do metaverso crescerão ainda mais em 2023 e promete “acelerar” os investimentos depois disso.
Até agora, em 2022, o Reality Labs, unidade de metaverso, resultou em perdas de US$ 9,44 bilhões em receita, somando-se aos US$ 10 bilhões do ano passado.
ENTENDA: em que pé está o metaverso?
Zuckerberg voltou a defender o esforço, que só deverá dar frutos daqui a uma década, na previsão do próprio presidente-executivo da companhia.
“Olha, eu sei que muita gente pode discordar desse investimento. Mas, pelo que posso dizer, entendo que isso (o metaverso) vai ser uma coisa muito importante e acho que seria um erro não focarmos em nenhuma dessas áreas”, disse Zuckerberg em conferência com acionistas da Meta na última quarta-feira (26).
O que será do metaverso do Facebook?
Wagner Magalhaes / g1
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