Musk conclui compra do Twitter; presidente e diretores foram demitidos, diz agência

Anteriormente, empresário acusou executivos de enganar ele e os investidores da plataforma sobre o número de contas falsas na mídia social. Elon Musk entra na sede do Twitter com uma pia nas mãos
O empresário sul-africano Elon Musk concluiu a compra do Twitter na noite desta quinta-feira (27), segundo a Reuters. Após seis meses de negociações com a rede social, o fundador da SpaceX e da Tesla pagou US$ 44 bilhões (R$ 235 bilhões) pela nova aquisição, ainda de acordo com a agência.
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A negociação de ações do Twitter foi suspensa nesta sexta em Nova York. Com a compra da empresa pelo bilionário, elas devem ser retiradas da bolsa.
A Reuters reportou ainda que Musk demitiu o presidente-executivo do Twitter, Parag Agrawal, o diretor financeiro, Ned Segal, e a chefe de assuntos jurídicos e de políticas, Vijaya Gadde.
Anteriormente, o empresário os acusou de enganar a ele e aos investidores da plataforma sobre o número de contas falsas na mídia social.
De acordo com fontes que estavam no local, Agrawal e Segal estavam na sede do Twitter em São Francisco, nos Estados Unidos, quando o acordo foi fechado. Ambos foram escoltados para fora. Até agora, nenhum deles se pronunciou oficialmente sobre o assunto.
Agrawal e Gadde não tinham se pronunciado até a manhã desta sexta. Segal postou em seu perfil no Twitter que completou 5 anos na empresa na última quinta: “Estou grato pela oportunidade de ter trabalhado com um grupo tão incrível de pessoas construindo essa praça mundial para todos os nossos acionistas”, escreveu. “O trabalho não está completo, mas fizemos um progresso significativo.”
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Musk diz que quer ‘derrotar’ bots
Foram 6 meses de idas e vindas, incluindo a desistência do negócio, em julho, Musk deu o primeiro sinal de que voltaria atrás nessa decisão ao entrar na sede do Twitter na última quarta-feira (26), carregando uma pia. Segundo ele, era uma alusão à expressão “let that sink in” – “sink” significa pia em inglês.
A expressão não tem uma tradução direta para o português e significa algo como “deixar a ficha cair”.
Musk já disse que pretende “derrotar” bots de spam no Twitter, tornar os algoritmos que determinam como o conteúdo é apresentado aos usuários publicamente disponíveis e impedir que a plataforma se torne uma câmara de eco para ódio e divisão.
“A razão pela qual adquiri o Twitter é porque é importante para o futuro da civilização ter uma praça digital comum”, disse Musk em carta aos anunciantes postada em sua conta pessoal na última quinta (27).
“Atualmente, há um grande perigo de que as mídias sociais se fragmentem em câmaras de extrema-direita e extrema-esquerda que geram mais ódio e dividem nossa sociedade.”
No entanto, Musk até agora não deu detalhes sobre como ele vai fazer tudo isso e quem vai administrar a empresa. O sul-africano também disse que planeja cortar empregos e que não comprou o Twitter para ganhar mais dinheiro, mas “para tentar ajudar a humanidade, a quem eu amo”.
Musk conclui compra do Twitter por U$ 44 bilhões, diz agência; presidente e diretores já foram demitidos
Reuters
Musk também tentou acalmar os temores entre os funcionários de que grandes demissões estão chegando e garantiu aos anunciantes que suas críticas anteriores às regras de moderação de conteúdo da plataforma não prejudicariam seu apelo.
“O Twitter obviamente não pode se tornar um inferno livre para todos, onde qualquer coisa pode ser dita sem consequências!”, afirmou Musk na carta aos anunciantes.
Além disso, o sul-africano indicou que vê a nova aquisição como uma base para a criação de um “superaplicativo” que oferece tudo, desde transferências de dinheiro a compras e caronas. “O potencial de longo prazo para o Twitter, na minha opinião, é uma ordem de magnitude maior do que seu valor atual”, disse Musk na ligação da Tesla com analistas em 19 de outubro.
Mas a rede social está lutando para envolver seus usuários mais ativos, que são vitais para os negócios. Esses “twitters pesados” representam menos de 10% dos usuários gerais mensais, mas geram 90% de todos os tweets e metade da receita global.
As ações do Twitter encerraram as negociações na quinta-feira em Nova York com alta de 0,3%, a US$ 53,86, um pequeno desconto em relação ao preço de US$ 54,20 por ação. As ações serão retiradas da Bolsa de Valores de Nova York na sexta-feira (28).
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