Arquivo diário: outubro 28, 2022

0

Lula e Bolsonaro concentram anúncios políticos no Google em SP, MG e RJ no 2º turno; presidente quintuplica valor, petista diminui

Nos três estados, apenas o eleitorado mineiro deu vitória para Lula no 1º turno, com paulistas e fluminenses optando por Bolsonaro. Bahia, Paraná, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Ceará, Santa Catarina e Goiás são outros estados de destaque
Nelson Almeida/AFP
As campanhas de Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT) concentram em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro até metade de todo o valor investido em propaganda política no Google.
Compartilhe no WhatsApp
Compartilhe no Telegram
Os dados, divulgados pela própria empresa, são do 2º turno, entre os dias 3 e 25 de outubro. As estatísticas são atualizadas em tempo real.
Bolsonaro investiu R$ 19,2 milhões em propaganda nas redes sociais da empresa (Google, YouTube, entre outros). Deste total, R$ 8,6 milhões (44%) ficaram nos três estados do Sudeste.
O investimento restante do candidato do PL ficou concentrado nos estados da Bahia, Paraná, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Ceará, Santa Catarina e Goiás, que somaram R$ 6,21 milhões.
Já o investimento de Lula é proporcionalmente maior no Sudeste: 55% dos valores foram aplicados nos três maiores colégios eleitorais do país. A distribuição de dinheiro em outras regiões foi parecida com a de Bolsonaro, com os mesmos estados abocanhando a maior parte da outra metade dos investimentos.
Contudo, o valor, de R$ 6,7 milhões, é menor em comparação a Bolsonaro e apresenta redução de 67% ao injetado pela campanha do PT no 1º turno em São Paulo, Minhas Gerais e Rio de Janeiro. Já o candidato do PL mais do que quintuplicou o investimento no mesmo período.
Nas três unidades federativas, apenas o eleitorado mineiro deu vitória para Lula no 1º turno, com paulistas e fluminenses optando por Bolsonaro.
LEIA TAMBÉM
MAPA: o resultado do primeiro turno para presidente em cada uma das cidades do país
PROPAGANDA: Bolsonaro gasta quatro vezes mais que Lula no YouTube em uma semana
Público-alvo
A maior parte dos anúncios de Bolsonaro no Google não possuem limitação de público. Somente dois vídeos entre os que superam mais de 10 milhões de visualizações e com custo acima de R$ 100 mil são limitados para o público feminino.
Os dois vídeos foram alavancados nas redes sociais no dia 22 de outubro, com foco em mulheres, de 35 anos ou mais, em todo o Brasil. “Olá, minhas tias do zap”, começa Bolsonaro na peça.
O Google possibilita ao anunciante limitar o público-alvo de cada propaganda. No geral, a campanha de Bolsonaro não limita o alcance. Nestes dois vídeos, estão fora do público homens, pessoas de gênero desconhecido e mulheres jovens, de 18 a 34 anos.
“Vocês que passam parte do dia passando textos, trocando informações com as suas colegas. Eu peço a você agora que continue fazendo isso”, diz o presidente, que pede para que as mulheres convençam “a cada um do ciclo de amizade” a ir às urnas no dia 30 “votar 22, Bolsonaro presidente”.
VEJA TAMBÉM:
Urnas eletrônicas: entenda a tecnologia que gera o resultado das eleições em poucas horas
Como assistir ao debate do 2º turno entre os candidatos à Presidência da República
Lula mantém em seus principais produtos publicitários no Google a liberação para todos os públicos: homens, mulheres e pessoas de gênero desconhecido; de 18 a 65 anos ou mais e dentro do Brasil.
Somente um entre os dez anúncios com mais de 10 milhões de visualizações e custo de R$ 100 mil ou mais é limitado. A peça exclui o público de 65 anos ou mais.
O vídeo mostra a ex-candidata Simone Tebet (MDB), terceira colocada no primeiro turno e hoje aliada de Lula. Nas imagens, a senadora critica o comportamento de Bolsonaro durante a pandemia de Covid-19.
“Negou a vacina e simplesmente pregou o uso de um medicamento sem eficácia, e com isso levou à morte dezenas, senão centenas de milhares de brasileiros”, afirma Tebet.
Initial plugin text
Como funciona a urna eletrônica; assista a VÍDEO:
Como funciona a urna eletrônica

0

Musk conclui compra do Twitter; presidente e diretores foram demitidos, diz agência

Anteriormente, empresário acusou executivos de enganar ele e os investidores da plataforma sobre o número de contas falsas na mídia social. Elon Musk entra na sede do Twitter com uma pia nas mãos
O empresário sul-africano Elon Musk concluiu a compra do Twitter na noite desta quinta-feira (27), segundo a Reuters. Após seis meses de negociações com a rede social, o fundador da SpaceX e da Tesla pagou US$ 44 bilhões (R$ 235 bilhões) pela nova aquisição, ainda de acordo com a agência.
Compartilhe no WhatsApp
Compartilhe no Telegram
A negociação de ações do Twitter foi suspensa nesta sexta em Nova York. Com a compra da empresa pelo bilionário, elas devem ser retiradas da bolsa.
A Reuters reportou ainda que Musk demitiu o presidente-executivo do Twitter, Parag Agrawal, o diretor financeiro, Ned Segal, e a chefe de assuntos jurídicos e de políticas, Vijaya Gadde.
Anteriormente, o empresário os acusou de enganar a ele e aos investidores da plataforma sobre o número de contas falsas na mídia social.
De acordo com fontes que estavam no local, Agrawal e Segal estavam na sede do Twitter em São Francisco, nos Estados Unidos, quando o acordo foi fechado. Ambos foram escoltados para fora. Até agora, nenhum deles se pronunciou oficialmente sobre o assunto.
Agrawal e Gadde não tinham se pronunciado até a manhã desta sexta. Segal postou em seu perfil no Twitter que completou 5 anos na empresa na última quinta: “Estou grato pela oportunidade de ter trabalhado com um grupo tão incrível de pessoas construindo essa praça mundial para todos os nossos acionistas”, escreveu. “O trabalho não está completo, mas fizemos um progresso significativo.”
Leia também:
BILIONÁRIO POLÊMICO: Quem é Elon Musk
CRONOLOGIA: Relembre detalhes da negociação entre Musk e Twitter
TECNOLOGIA: Google, Facebook e Microsoft vivem mau momento no mercado
Musk diz que quer ‘derrotar’ bots
Foram 6 meses de idas e vindas, incluindo a desistência do negócio, em julho, Musk deu o primeiro sinal de que voltaria atrás nessa decisão ao entrar na sede do Twitter na última quarta-feira (26), carregando uma pia. Segundo ele, era uma alusão à expressão “let that sink in” – “sink” significa pia em inglês.
A expressão não tem uma tradução direta para o português e significa algo como “deixar a ficha cair”.
Musk já disse que pretende “derrotar” bots de spam no Twitter, tornar os algoritmos que determinam como o conteúdo é apresentado aos usuários publicamente disponíveis e impedir que a plataforma se torne uma câmara de eco para ódio e divisão.
“A razão pela qual adquiri o Twitter é porque é importante para o futuro da civilização ter uma praça digital comum”, disse Musk em carta aos anunciantes postada em sua conta pessoal na última quinta (27).
“Atualmente, há um grande perigo de que as mídias sociais se fragmentem em câmaras de extrema-direita e extrema-esquerda que geram mais ódio e dividem nossa sociedade.”
No entanto, Musk até agora não deu detalhes sobre como ele vai fazer tudo isso e quem vai administrar a empresa. O sul-africano também disse que planeja cortar empregos e que não comprou o Twitter para ganhar mais dinheiro, mas “para tentar ajudar a humanidade, a quem eu amo”.
Musk conclui compra do Twitter por U$ 44 bilhões, diz agência; presidente e diretores já foram demitidos
Reuters
Musk também tentou acalmar os temores entre os funcionários de que grandes demissões estão chegando e garantiu aos anunciantes que suas críticas anteriores às regras de moderação de conteúdo da plataforma não prejudicariam seu apelo.
“O Twitter obviamente não pode se tornar um inferno livre para todos, onde qualquer coisa pode ser dita sem consequências!”, afirmou Musk na carta aos anunciantes.
Além disso, o sul-africano indicou que vê a nova aquisição como uma base para a criação de um “superaplicativo” que oferece tudo, desde transferências de dinheiro a compras e caronas. “O potencial de longo prazo para o Twitter, na minha opinião, é uma ordem de magnitude maior do que seu valor atual”, disse Musk na ligação da Tesla com analistas em 19 de outubro.
Mas a rede social está lutando para envolver seus usuários mais ativos, que são vitais para os negócios. Esses “twitters pesados” representam menos de 10% dos usuários gerais mensais, mas geram 90% de todos os tweets e metade da receita global.
As ações do Twitter encerraram as negociações na quinta-feira em Nova York com alta de 0,3%, a US$ 53,86, um pequeno desconto em relação ao preço de US$ 54,20 por ação. As ações serão retiradas da Bolsa de Valores de Nova York na sexta-feira (28).
VEJA TAMBÉM
‘O pássaro foi libertado’, diz Elon Musk após comprar Twitter
Trump diz estar feliz por aquisição do Twitter por Elon Musk