Arquivo Mensal: outubro 2022

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Nasa faz imagem do sol ‘sorrindo’; veja a foto

As manchas são conhecidas como buracos coronários (ou seja, em formato de coroa). Imagem do sol divulgada pela Nasa
Reprodução/@NASASun
A Nasa, a agência espacial dos Estados Unidos, fez uma imagem do sol que lembra um rosto sorrindo —a própria agência espacial que escreveu, como brincadeira, que capturou “o sol sorrindo”. A foto foi divulgada na quarta-feira (26).
“Essas manchas escuras no sol, que são identificadas com luz ultravioleta, são conhecidas como buracos coronários (ou seja, em formato de coroa), e são regiões onde o vento solar sai com força para o espaço”, afirmou a agência.
Mais luz nos polos da Terra
Segundo o jornal “The Guardian”, os especialistas afirmam que esses buracos do sol podem significar que haverá uma tempestade solar (uma erupção de massa e energia da superfície solar que, por sua vez, deformam o campo magnético da Terra; na prática, isso só faz com que mais luz seja vista nos polos Norte e Sul).
Observatório do sol
A Nasa tem um observatório do sol que tem como função estudar como a atividade solar é criada e impulsiona o clima no espaço. Esse observatório existe desde 2010. O trabalho consiste em medir o interior, a atmosfera, o campo magnético e a produção de energia do Sol.
Veja os vídeos mais assistidos do g1

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Usuários do Twitter testam os limites da rede na era Musk

Poucas horas após Musk assumir o controle da rede, vozes conservadoras comemoraram o que consideram ser a recuperação de seu direito de se expressar livremente. Elon Musk concordou com os donos do Twitter em pagar o valor que havia oferecido inicialmente, em abril, de US$ 54,20 por ação
Getty Images
Os usuários do Twitter não perderam tempo nesta sexta-feira (28) e testaram os limites da liberdade de expressão na plataforma que agora está nas mãos do bilionário Elon Musk.
Poucas horas após Musk assumir o controle da rede, vozes conservadoras comemoraram o que consideram ser a recuperação de seu direito de se expressar livremente.
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Buck Sexton (@BuckSexton), um popular podcaster americano com mais de 800.000 seguidores no Twitter, escreveu: “Por sinal, acontece que os homens NÃO PODEM engravidar. Vamos lá, liberais”.
O tuíte, que gerou reações negativas e positivas, recebeu comentários como “verdade” e “este vai ser um grande dia”.
Alguns optaram por usar as mesmas palavras, mas com respostas irônicas: “Acontece que você NÃO PODE ter relações sexuais”, tuitou @sawthrewit.
Outro tópico popular foi referente às máscaras utilizadas durante a pandemia que, apesar de consideradas eficazes pela comunidade científica, revelaram-se um elemento de divisão política.
“Agora que podemos dizer a verdade aqui depois que Elon Musk assumiu oficialmente, vou dizer apenas: as máscaras não funcionam”, tuitou @ianmSC.
O tuíte gerou uma série de comentários de apoio, mas também a reação do lado oposto.
“Então, se você precisar de uma operação, parece uma boa ideia que a equipe médica não use máscaras? Já que elas não funcionam, certo?”, questionou @marynol51.
Elon Musk entra na sede do Twitter com uma pia nas mãos
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Musk, o homem mais rico do mundo, já se declarou um “absolutista da liberdade de expressão”. Após uma longa negociação que se arrastou por meses, ele concluiu a compra do Twitter na quinta-feira.
O chefe da Tesla e da SpaceX tuitou “que venham os bons tempos”, marcando o fim da compra da plataforma por USS 44 bilhões.
Musk já havia se manifestado a favor de diminuir a moderação de conteúdos nas redes sociais, algo que muitos consideram injusto.
Mas, na sexta-feira, o bilionário anunciou que formará um comitê para avaliar a futura política da plataforma sobre publicações e o restabelecimento de contas bloqueadas.
“O Twitter formará um conselho de moderação de conteúdo com pontos de vistas muito diversos”, tuitou. “Nenhuma decisão importante sobre conteúdo ou restabelecimento de conta será tomada antes que o conselho se reúna”.
Muitos alertam que, se o conteúdo não for moderado, a “praça pública digital” do mundo corre o risco de se tornar um centro de desinformação, enquanto outros defendem a liberdade de expressão.
Elon Musk e o Twitter: Uma relação antiga e polêmica
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Usuários do Tinder se dividem sobre querer saber ou não opinião política do match

Levantamento do aplicativo apontou que 45,4% dos usuários acham ‘necessário’ ou ‘melhor saber’ a preferência das pessoas com quem estão conversando. Logo em seguida, com 42,7%, estão os que disseram ‘não se importar’ com o assunto. Tinder
Divulgação/Kon Karampelas/Unsplash
O segundo turno das eleições tem afetado desde grupos de família no WhatsApp, onde o clima se acirrou, até conversas no Tinder, em que os usuários estão divididos sobre a importância de saber ou não a preferência política de seus matches.
O aplicativo de relacionamento perguntou a opinião dos usuários sobre o tema e recebeu essas respostas:
45,4% acham “ser necessário” e “melhor saber” a preferência política da outra pessoa;
42,7% disseram “não se importar com isso”;
11,8% “preferem nem saber”.
O levantamento foi feito nos dias 1 e 2 de outubro pelo Vibes, recurso do Tinder que lembra um quiz e ajuda o aplicativo a entender a expectativa dos usuários. Questionada pelo g1, a plataforma não disse quantas pessoas responderam à enquete.
O serviço também perguntou como os usuários reagiriam se o match tivesse uma visão política diferente da deles. Entre os que participaram, 55,5% afirmaram que “tudo bem, faz parte” e 22,1% disseram “não fazer diferença”.
Segundo o Tinder, 15% dos usuários disseram “respeito, mas não rola” ter um match com posições políticas diferente das suas. Outros 7,3% entendem que essa situação “não vai dar certo”.
O levantamento fez ainda um paralelo entre política e amor, e 58% dos respondentes disseram que costumam ter “certeza do que querem” nas duas áreas. Outros 26,9% afirmaram que gostam de “explorar suas opções”, 11,4% responderam que “stalkeiam tudo” e 3,7% “sofrem para se decidir”.
Os usuários foram convidados a opinar sobre o que esperam do país em 2023: 67,4% disseram que “desejam mudanças”, enquanto 5,4% querem “que continue como está”. Para 24,8% dos usuários, há um desejo de “paz, só paz” e 2,3% responderam “ainda não saber” o que querem.

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Instagram, Facebook e WhatsApp apresentam instabilidade nesta sexta

Usuários relataram dificuldades de acesso por cerca de 1 hora durante a tarde. Meta diz que problema ocorreu por causa de uma ‘mudança de configuração’ e já foi solucionado. Ícone do Instagram.
REUTERS/Thomas White
Usuários do Instagram, do Facebook e do WhatsApp relataram dificuldades para acessar as plataformas durante a tarde desta sexta-feira (28) em vários países.
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O site Downdetector, que reúne relatos de instabilidade, registrou problemas por voltas das 16h40 com mais de 300 reclamações no Instagram, 200 no WhatsApp e 160 no Facebook. As três redes voltaram ao normal por volta de 17h20.
Segundo os relatos no Twitter, o mensageiro da Meta não carregava áudios e imagens.
“Uma mudança de configuração fez com que algumas pessoas tivessem dificuldades para acessar nossos produtos hoje. Corrigimos o problema o mais rápido possível e pedimos desculpas por qualquer inconveniente”, disse um porta-voz da Meta.
Este foi o segundo dia na semana em que o WhatsApp apresentou instabilidade. Também houve queixas na última terça-feira (25). Na ocasião, a Meta corrigiu a falha após cerca de duas horas, mas não explicou o motivo.
Usuários relatam instabilidade no Instagram na tarde desta sexta-feira (28)
Reprodução / Downdetector
Usuários relatam instabilidade no WhatsApp na tarde desta sexta-feira (28)
Reprodução / Downdetector
Usuários relatam instabilidade no Facebook nesta sexta-feira (28)
Reprodução / Downdetector
Confira alguns relatos no Twitter:
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Musk diz que Twitter terá conselho para decidir sobre moderação de conteúdo

Bilionário disse que grupo terá pontos de vista diversos e vai analisar decisões importante de conteúdo ou restabelecimento de contas. Logo da empresa Twitter ao lado do perfil do bilionário americano, Elon Musk
Dado Ruvic/REUTERS
O bilionário Elon Musk disse que o Twitter terá um conselho para decidir sobre moderação de conteúdo. A declaração foi feita nesta sexta-feira (27), um dia depois de o empresário anunciar que concluiu a compra da rede social.
“O Twitter formará um conselho de moderação de conteúdo com pontos de vista amplamente diversos. Nenhuma decisão importante de conteúdo ou restabelecimento de conta acontecerá antes que o conselho se reúna”, publicou.
Musk não deu detalhes sobre como será a composição do grupo nem quando ele será formado.
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Elon Musk diz que Twitter terá conselho para decidir sobre moderação de contéudo
Reprodução/Twitter
O empresário confirmou a compra da rede social na última quinta-feira (27) por cerca de US$ 44 bilhões (R$ 235 bilhões). A negociação de ações da empresa na bolsa de valores de Nova York foi suspensa nesta sexta.
Musk, que já se declarou como “absolutista da liberdade de expressão”, afirmou que comprou o Twitter porque “é importante para o futuro da civilização ter uma praça digital comum”.
“Atualmente, há um grande perigo de que as mídias sociais se fragmentem em câmaras de extrema-direita e extrema-esquerda que geram mais ódio e dividem nossa sociedade”, escreveu em um tuíte publicado na quinta-feira.
Em abril, o empresário afirmou que a rede deveria permitir que pessoas se expressem livremente nos limites da lei, o que sugeriria uma redução na moderação de conteúdo.

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Kanye West tem conta restabelecida no Twitter, diz agência

Perfil do rapper havia sido restringido há três semanas devido a comentários antissemitas. Kanye West
Reprodução/Twitter/kanyewest
O rapper Kanye West (também conhecido como Ye) teve sua conta restabelecida no Twitter, um dia após Elon Musk indicar que concluiu a compra da rede social, informou nesta sexta-feira (28) a Reuters. A plataforma havia restringido o perfil de Kanye no início de outubro devido a comentários antissemitas.
O artista disse que atacaria judeus em um tuíte que foi removido pelo Twitter, onde ele tem mais de 30 milhões de seguidores. Uma porta-voz da empresa disse à AFP em 9 de outubro que a conta do artista foi bloqueada devido a uma violação das regras da plataforma.
As falas antissemitas fizeram o rapper perder patrocínios e deixar de ser bilionário.
Em uma postagem da Reuters no Twitter sobre a conta de Kanye, alguns internautas afirmaram que ela não chegou a ser suspensa. O g1 perguntou ao Twitter qual a situação do perfil e aguarda um posicionamento.
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Em resposta a um seguir, Elon Musk disse que não interferiu na reativação da conta do rapper. “A conta de Ye foi restaurada pelo Twitter antes da aquisição. Não me consultaram nem me informaram”, disse o bilionário.
Em 8 de outubro, o novo dono da rede social cumprimentou Kanye pelo primeiro tuíte do rapper em dois anos. “Bem-vindo de volta ao Twitter, meu amigo”, escreveu Musk.
O bilionário assumiu o comando do Twitter na última quinta-feira (27), após concluir uma negociação de cerca de US$ 44 bilhões pela empresa. Ele demitiu o presidente-executivo Parag Agrawal, o diretor financeiro Ned Segal e a chefe de assuntos jurídicos Vijaya Gadde.
“A razão pela qual adquiri o Twitter é porque é importante para o futuro da civilização ter uma praça digital comum”, disse o empresário em uma postagem em sua conta pessoal.

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Qual o futuro do Twitter após ser comprado por Elon Musk?

O editor de tecnologia da BBC analisa o caminho que a empresa de tecnologia pode seguir agora que será gerida pelo bilionário. Elon Musk no Met Gala
Angela Weiss / AFP
Chegou o momento que ninguém tinha certeza de que realmente aconteceria: após meses de drama, Elon Musk anunciou que o acordo de US$ 44 bilhões para comprar o Twitter está completo.
Ele divulgou a grande novidade no próprio Twitter, é claro. Nas últimas horas, o bilionário mudou até a biografia no seu perfil pessoal para “Chief Twit” (“Chefe Twit, em tradução livre) e declarou que “o pássaro está liberado”, em alusão ao símbolo de sua nova empresa.
A cronologia da primeira negociação até a compra da rede social
Trump diz estar feliz por aquisição do Twitter por Elon Musk
Ainda não houve uma confirmação oficial do negócio, e o silêncio na sede do Twitter até agora tem sido bastante ensurdecedor.
Mas talvez não exista ninguém lá para enviar esse e-mail — Musk supostamente já demitiu o CEO Parag Agrawal, o diretor financeiro Ned Segal e a executiva jurídica Vijaya Gadde, enquanto o perfil do LinkedIn do presidente Bret Taylor sugere que ele não está mais na empresa.
Mas como será o futuro do Twitter com Musk?
‘Uma praça digital’
Musk dirigiu-se a potenciais anunciantes em uma mensagem atipicamente humilde compartilhada na rede social na quinta-feira (27/10).
Na postagem, ele falou em comprar o Twitter porque queria “tentar ajudar a humanidade” e desejava que “a civilização tivesse uma praça digital”. Ele também admitiu que a missão pode falhar.
O fato de Musk ter escrito especificamente para quem anuncia no Twitter sugere que ele pretende pelo menos por enquanto manter o modelo de negócios baseado em publicidade digital.
A estratégia de receita com anunciantes segue firme no Twitter, apesar de esse tipo de negócio estar desgastado em outras gigantes digitais, como a Alphabet, dona do Google, e a Meta, dona do Facebook e do Instagram, à medida que a crise financeira global cresce e as empresas têm menos dinheiro para gastar em marketing.
O que explica o mau momento das ‘big techs’ no mercado de ações?
Mark Zuckerberg perde mais de US$ 100 bilhões em um ano e despenca em listas de bilionários
Elon Musk, empresário e milionário, em foto na fábrica da empresa Tesla na Alemanha
Patrick Pleul/Divulgação via AP/Arquivo
No passado, o bilionário falou sobre querer diminuir a moderação, para que mais vozes possam ser ouvidas com liberdade — o Twitter há muito é acusado de favorecer mensagens liberais e de esquerda, o que sempre foi negado pela empresa.
Musk pode decidir trazer de volta alguns dos usuários mais controversos, banidos pela gestão anterior. Será que é o caso de Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, que já havia dito não querer retornar à plataforma, ou até de Kanye West, amigo pessoal de Musk?
Não dá pra ter certeza sobre isso. Musk oferece agora uma visão mais restrita, dizendo que a plataforma deve permanecer “acolhedora”, obedecer às leis nacionais e não se tornar “um inferno livre para todos”.
West foi banido por antissemitismo e Trump “suspenso permanentemente” por incitar a violência — o que, segundo as palavras mais recentes de Musk, soa um tanto infernal.
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Spam e superaplicativos
Musk se enfureceu com a quantidade de conteúdos promocionais e contas falsas que ele acredita poluírem o site — o Twitter sempre contestou as alegações de que o número oficial de usuários é muito baixo.
Ele poderia ordenar um cancelamento de contas em massa, embora isso provavelmente afetaria o número de seguidores, o que poderia ser um primeiro movimento impopular.
Talvez a dica mais intrigante sobre o futuro da plataforma até agora seja sobre a nova empresa ser o início de “X, o aplicativo de tudo”.
O que é o X, o misterioso ‘super app’ que Elon Musk quer criar se comprar o Twitter
Ele nunca detalhou esses planos, mas muitos sugerem que Musk esteja se referindo à criação de uma espécie de “super aplicativo” nos moldes do WeChat da China — um espaço único que contenha mídia social, mensagens, finanças, pedidos de comida… — em poucas palavras, um grande administrador da vida cotidiana.
Outros países ainda não tem uma plataforma do tipo, embora se possa argumentar que o WhatsApp da Meta, e até o Facebook Messenger, estão se transformando silenciosamente em serviços com múltiplas funções.
Twitter
Getty Images via BBC
Musk não disfarçou o amor que nutre por criptomoedas e a Binance, a maior bolsa de moedas digitais do mundo.
Poderíamos ver uma configuração do Twitter para que as empresas aceitem pagamentos em criptomoedas? Isso seria um sucesso entre os fãs dessa modalidade financeira e um horror para aqueles que alertam sobre os riscos dessa escolha, classificada como não regulamentada e desprotegida.
Não dá pra negar que Musk é visionário, volátil, ambicioso e criativo. Com isso, é possível garantir que as mudanças começarão a acontecer — e alguns fãs do Twitter já dizem que isso poderá afastá-los desta rede social.
“Queríamos carros voadores. Em vez disso, temos 140 caracteres”, escreveu Peter Thiel, um investidor da indústria de tecnologia.
Mesmo diante dos memes “expectativa versus realidade”, sabemos muito bem que Musk pode conseguir as duas coisas.
– Este texto foi publicado em http://bbc.co.uk/portuguese/internacional-63426632
Elon Musk e o Twitter: Uma relação antiga e polêmica

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Elon Musk e Twitter: a cronologia da primeira negociação até a compra da rede social

Foram 6 meses de idas e vindas, incluindo a desistência do bilionário, um processo aberto pela rede social e a entrada dele na sede da empresa carregando uma pia. Elon Musk
Reuters
Depois de 6 meses de idas e vindas, o bilionário Elon Musk concluiu a compra do Twitter na noite da última quinta-feira (27). Poucas horas antes, Musk tinha divulgado uma carta direcionada a anunciantes em que confirmava a aquisição.
O fundador da SpaceX e da Tesla pagou US$ 44 bilhões (R$ 235 bilhões) pela nova aquisição, segundo a agência Reuters.
Em julho, quando Musk desistiu do negócio, o Twitter o processou. Por determinação judicial, ele tinha até esta sexta-feira (28) para concluir a compra. Do contrário, um novo julgamento seria marcado para novembro.
Confira a seguir a cronologia do caso:
Março de 2022: Musk cogita criar uma rede social
Respondendo a um seguidor no Twitter, rede em que ele tem mais de 110 milhões de seguidores, Musk afirma que cogita criar uma rede social para promover “liberdade de expressão” na internet. O executivo também fez uma série de enquetes em seu perfil sobre o papel do Twitter como uma “arena” que deveria permitir opiniões divergentes.
Nesse momento, o bilionário já havia comprado ações da empresa, mas a notícia só seria divulgada semanas depois.
4 de abril: Elon Musk, maior acionista individual da empresa
O fundador da Tesla se torna o maior acionista individual da rede social, com 9,2% das ações da companhia.
5 de abril: Indicação ao conselho da empresa
Musk é apontado como membro do conselho de diretores do Twitter um dia após divulgar sua participação na empresa. O magnata respondeu um post do CEO da rede social, Parag Agrawal, prometendo “melhorias significativas” para a plataforma.
10 de abril: Elon Musk desiste do conselho
No dia em que sua avaliação seria considerada para o conselho do Twitter, o magnata desiste de ter uma cadeira no grupo que lidera a rede social. O anúncio da desistência foi feito pelo então CEO da rede social, Parag Agrawal.
14 de abril: Musk faz uma oferta
O bilionário faz uma proposta para adquirir completamente o Twitter por mais de US$ 44 bilhões, segundo um documento regulatório da rede social. O conselho da companhia disse que avaliaria a oferta.
15 de abril: Musk diz ter ‘plano B’ e não quer dinheiro
Um dia depois de sua oferta, Elon Musk diz em uma entrevista que tem um “plano B” caso não consiga comprar o Twitter. Ele alega que “fazer dinheiro” com a rede social não está no centro da negociação e disse que a plataforma é arena importante para a liberdade de expressão no mundo.
Na mesma entrevista, ele disse que eliminar bots e contas falsas seria uma de suas prioridades ao assumir a rede social.
Bots ou robôs são contas controladas por um programa de computador que pode fazer todas as ações de um usuário comum: curtir conteúdos, seguir outros usuários, publicar e retuitar postagens.
21 de abril: US$ 21 bilhões ‘do bolso’ para compra
Elon Musk afirma em um documento apresentado à SEC (a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA) que conseguiu quase US$ 46,5 bilhões para financiar a operação.
O bilionário diz que pretende destinar US$ 21 bilhões de sua fortuna para comprar Twitter e que o valor restante será conseguido por meio de dois empréstimos com o banco Morgan Stanley, um de US$ 13 bilhões e outro de US$ 12,5 bilhões.
25 de abril: Musk chega a acordo para comprar Twitter
O Twitter anuncia que fechou um acordo definitivo para ser comprado por Musk. A transação é estimada em US$ 44 bilhões.
Com a compra, o Twitter se tornará uma companhia de capital fechado, ou seja, deixará de negociar ações na bolsa. É dito ainda que os acionistas vão receber US$ 54,20 por cada ação comum, o que significa um prêmio de 38% sobre o preço dos papéis em 1º de abril.
29 de abril: Musk quer cortar salários
A imprensa dos Estados Unidos destaca que Musk poderia reduzir os salários dos executivos e do conselho da empresa de mídia social. Esse teria sido um dos argumentos usados para convencer os banqueiros a emprestarem o dinheiro para a compra do Twitter.
Segundo a Reuters, pessoas “familiarizadas com o assunto” informaram que o magnata chegou a falar que poderia reduzir os salários dos executivos e do conselho da empresa de mídia social, em um esforço para tirar custos da rede social, e desenvolveria novas maneiras de monetizar tuítes.
2 de maio: Twitter dá número de contas falsas
O Twitter estima que menos de 5% de sua base de usuários é formada por contas falsas ou voltadas para publicar spam.
A informação foi apresentada no relatório de resultados trimestrais da companhia. Segundo o documento, a rede social tem 229 milhões de usuários ativos. Segundo Musk, o Twitter ainda precisa apresentar números que comprovem essa informação.
6 de maio: acionistas contestam a compra
Um fundo de pensão da Flórida processa o bilionário e a rede social argumentando que Musk tinha acordos com outros grandes acionistas, incluindo seu consultor financeiro Morgan Stanley e o criador da plataforma, Jack Dorsey, para apoiar a compra
Por isso, a compra não pode ser concluída antes de 2025.
10 de maio: Musk fala sobre a volta de Trump
Em uma conferência, Elon Musk diz que voltaria atrás na suspensão do ex-presidente americano, Donald Trump, do Twitter.
“Eu reverteria a suspensão permanente [de Trump]”, afirma Musk em evento do Financial Times. O magnata diz que ele e Jack Dorsey, cofundador do Twitter, concordam que não deve haver banimentos permanentes na rede social.
12 de maio: Twitter demite dois executivos
O Twitter comunica a demissão dos chefes das áreas de consumo e receitas. A empresa também anuncia uma pausa nas contratações e uma revisão nas vagas em aberto, segundo a agência de notícias Reuters.
12 de maio: Dorsey não quer voltar
Respondendo a um seguidor no Twitter, o cofundador e ex-CEO da rede social, Jack Dorsey afirma que nunca mais quer ser CEO da plataforma. Antes de Elon Musk comprar ações, Dorsey era o maior acionista individual da companhia e membro de seu conselho de administração.
13 de maio: Musk suspende a compra por horas
“O acordo (para a compra) do Twitter está temporariamente suspenso por pendências em detalhes que sustentam que contas falsas de fato representam menos de 5% dos usuários”, afirma o empresário em um post na rede social.
Depois do anúncio, as ações do Twitter caíram em torno de 20% nas negociações prévias à abertura da Bolsa de Wall Street, segundo a France Presse.
Horas depois, Musk volta a tuitar que segue “comprometido com a compra” da rede social.
14 de maio: Musk quer contar os spams
O bilionário anuncia que sua equipe fará uma análise com amostra com 100 perfis do Twitter para ver quantos são falsos.
15 de maio: Musk diz que Twitter o acusa de violar confidencialidade
Musk afirma nas redes sociais que a equipe jurídica do Twitter o acusou de violar um acordo de confidencialidade ao revelar que o tamanho da amostra para as verificações da plataforma sobre bots e contas falsas era de 100 perfis. Para a empresa, esse dado é interno e confidencial.
16 de maio: Emoji de cocô
Musk usa um emoji de cocô para ironizar o presidente-executivo do Twitter, Parag Agrawal, sobre como é feita a estimativa de contas falsas na rede social.
Elon Musk rebate Parag Agrawal, CEO do Twitter sobre métricas para contas falsas
Reprodução/Twitter
O presidente-executivo do Twitter aponta ainda que as estimativas sobre contas de spam estão bem abaixo dos 5% divulgados pela empresa, mas afirma que não pode revelar a projeção exata.
Musk respondeu com o emoji e questiona: “Então, como os anunciantes sabem o que estão recebendo pelo seu dinheiro? Isso é fundamental para a saúde financeira do Twitter”.
25 de maio: Sem vínculo com a Tesla
O empresário diz que deixará de usar empréstimos que estariam vinculados às suas ações da montadora Tesla como garantia para financiar a compra do Twitter. De acordo com Musk, os US$ 6,25 bilhões (R$ 30 milhões, na cotação de 25 de maio) que seriam obtidos dessa forma virão de sua própria fortuna.
27 de maio: Musk é processado por acionistas do Twitter
Acionistas do Twitter processam Elon Musk, acusando-o de manipular o mercado para ter uma redução de sua oferta de US$ 44 bilhões ou margem para negociar um desconto.
Segundo a ação judicial, o bilionário tuitou e fez declarações com o objetivo de criar dúvidas sobre o negócio, o que vem agitando a rede social há semanas.
6 de junho: Musk ameaça desistir da compra e chama Twitter de negligente
Em carta enviada ao Twitter, um representante do bilionário diz que a empresa se recusou a fornecer as informações que solicitou repetidamente desde 9 de maio de 2022 para facilitar a sua avaliação de contas falsas e de spam.
“O Sr. Musk deixou claro que não acredita que as metodologias de teste negligentes da empresa sejam adequadas, então ele deve conduzir sua própria análise. Os dados que ele solicitou são necessários para isso”, continua o documento.
8 de junho: Twitter poderá ceder mais dados
Reportagem do jornal americano “Washington Post” informa que o conselho de administração do Twitter planeja apresentar mais dados internos ao bilionário para avançar no acordo de venda da rede social.
O Twitter diz que planeja realizar uma votação de acionistas até o início de agosto sobre a venda da empresa.
21 de junho: Conselho recomenda venda
O conselho do Twitter recomendou por unanimidade que os acionistas aprovem a proposta de venda de US$ 44 bilhões da empresa para Musk.
“Se a fusão for concluída, você terá direito a receber US$ 54,20 em dinheiro, sem juros e sujeito a quaisquer impostos retidos na fonte aplicáveis, para cada ação de nossas ações ordinárias de sua propriedade (a menos que tenha exercido adequadamente seus direitos de retirada)”, disse a rede social aos acionistas.
8 de julho: Musk desiste do acordo com o Twitter
O bilionário informa em carta que desistiu do acordo de compra do Twitter. Em documento enviado à SEC, órgão americano equivalente à Comissão de Valores Mobiliários, ele afirmou que houve uma violação de várias disposições do acordo.
“A análise preliminar dos consultores de Musk das informações fornecidas pelo Twitter até o momento faz com que ele acredite fortemente que a proporção de contas falsas e de spam incluídas na contagem de usuários relatada é muito superior a 5%”, afirmam advogados do bilionário.
O Twitter diz que a empresa vai recorrer à Justiça para fazer valer o negócio firmado com Musk.
12 de julho: Twitter processa Musk
Da mesma forma que Musk alegou violação de contrato para desistir do Twitter, a rede social também o acusa de quebrar o acordo. O Twitter processa Elon Musk, pedindo à Justiça que ordene a conclusão do negócio pelo bilionário.
19 de julho: Primeira audiência e data do julgamento
O julgamento do processo do Twitter contra Elon Musk será julgado em outubro deste ano, decidiu uma juíza do estado norte-americano de Delaware após primeira audiência realizada na terça-feira (19).
O Twitter e Musk apresentaram propostas concorrentes para a data do julgamento. O bilionário pediu um julgamento de duas semanas em fevereiro de 2023 enquanto o Twitter pediu quatro dias no final de setembro.
A juíza Kathaleen McCormick disse que as partes são capazes de lidar com um julgamento acelerado e, como uma empresa de capital aberto, o Twitter precisa ter o assunto resolvido logo.
15 de agosto: Twitter deve apresentar documentos de ex-gerente
A juíza McCormick determinou que o Twitter entregue para Musk documentos internet ligados a seu ex-gerente da divisão de consumo, Kayvon Beykpour, que deixou a empresa em maio de 2022.
A ordem foi tomada após o bilionário afirmar que Beykpour era um dos executivos “mais intimamente envolvidos” com o cálculo da quantidade de contas falsas na plataforma. Musk também pediu acesso a documentos relacionados a outras 21 pessoas, mas não foi atendido.
22 de agosto: Musk convoca Jack Dorsey, cofundador do Twitter para depoimento
Musk intimou formalmente o cofundador do Twitter, Jack Dorsey, para que ele apresente dados sobre usuários ativos da plataforma. A convocação também solicitou informações sobre métricas alternativas que o Twitter considerou para calcular a quantidade de usuários.
Jack Dorsey, ex-CEO do Twitter.
Lucas Jackson/Reuters
13 de setembro: Acionistas aprovam proposta de Musk
No limite previsto no acordo aprovado pelo conselho de administração do Twitter, acionistas da empresa aprovaram a proposta de Musk para pagar US$ 54,20 por ação. Na ocasião, cada papel da companhia era vendido na bolsa por cerca de US$ 41.
4 de outubro: Imprensa dos EUA diz que Musk voltou atrás e comprará Twitter
Os jornais americanos Bloomberg e Washington Post informaram que Musk voltou atrás e aceitou comprar o Twitter pelo valor da proposta original. As reportagens foram baseadas em fontes que estariam acompanhando a negociação.
24 de outubro: Musk chega à sede do Twitter com uma pia
O bilionário publicou um vídeo em que entra com uma pia na sede do Twitter em São Francisco, nos Estados Unidos. No tuíte, ele usou a expressão “let that sink in” – “sink” significa pia em inglês. A expressão equivale a algo como “deixe a ficha cair”.
Em resposta a seu vídeo, Musk afirmou que estava “conhecendo muita gente legal no Twitter hoje”.
Elon Musk entra na sede do Twitter com uma pia nas mãos
27 de outubro: Musk e Twitter concluem negócio
‘O pássaro foi libertado’, diz Elon Musk após divulgar uma carta aos acionistas do Twitter confirmando a compra da rede social.
Como primeiras medidas, Musk demite o presidente-executivo, Parag Agrawal, o diretor financeiro, Ned Segal, e o chefe de assuntos jurídicos e de políticas, Vijaya Gadde.
Anteriormente, o empresário os tinha acusado de enganar ele e investidores da plataforma sobre o número de contas falsas na mídia social.

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Musk já havia usado emoji de cocô em discussão com ex-chefe do Twitter, demitido na quinta

Em maio, o bilionário e Parag Agrawal discutiram sobre os métodos utilizados pela plataforma para verificar a quantidade de contas falsas ativas na rede social. Elon Musk e Parag Agrawal já haviam batido boca via Twitter.
Reuters e Divulgação/Twitter
A demissão de Parag Agrawal, agora ex presidente-executivo do Twitter, é o capítulo mais recente da relação pouco cordial que ele mantinha Elon Musk, que agora é dono da plataforma.
O bilionário demitiu Agrawal na quinta-feira (27), quando comprou a rede social por US$ 44 bilhões.
CONTENTE: Trump diz estar feliz por aquisição do Twitter por Elon Musk
LIBERDADE: ‘O pássaro foi libertado’, diz Elon Musk após comprar Twitter
No dia 16 de maio deste ano, Musk usou um emoji de cocô para ironizar Agrawal sobre como era feita a estimativa de contas falsas na rede social.
Também em maio, Musk revelou que, para estimar a quantidade de contas falsas e de spam, o Twitter utiliza uma amostra de 100 perfis. Em seguida, ele disse que a equipe jurídica da empresa o acusou de violar um acordo de confidencialidade ao divulgar o tamanho da amostragem.
Em uma sequência de tuítes, Agrawal afirmou que menos de 5% dos usuários diários da rede social são contas voltadas para spam.
“Nossa estimativa é baseada em várias revisões humanas (em réplicas) de milhares de contas, que são amostradas aleatoriamente, de forma consistente ao longo do tempo, de contas que contamos como usuários diários ativos e monetizáveis. Fazemos isso a cada trimestre e fazemos isso há muitos anos”.
O executivo afirmou que cada revisão humana era baseada nas regras do Twitter sobre spam e usava dados públicos e privados para chegar a uma conclusão sobre cada caso.
Em resposta a Agrawal, Musk ironizou: “Já tentou ligar para eles?”
Elon Musk rebate Parag Agrawal, CEO do Twitter sobre métricas para contas falsas
Reprodução/Twitter
Agrawal disse que, diariamente, o Twitter suspende mais de 500 mil contas por spam. Ele também afirmou que, em casos de suspeita de spam, a plataforma bloqueia o acesso e exige que os usuários comprovem que são humanos por meio de códigos “captcha” e verificações por telefone.
O então presidente-executivo do Twitter apontou que as estimativas sobre contas de spam estavam bem abaixo dos 5% divulgados pela empresa, mas alegou que não pode revelar a projeção exata.
“Infelizmente, não acreditamos que essa estimativa específica possa ser divulgada externamente, dada a necessidade crítica de usar informações públicas e privadas (que não podemos compartilhar)”, escreveu Agrawal.
Musk respondeu com um emoji de cocô e questionou: “Então, como os anunciantes sabem o que estão recebendo pelo seu dinheiro? Isso é fundamental para a saúde financeira do Twitter”.
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