Musk pausa assinaturas do Twitter Blue após perfis fakes ganharem selo verificado, dizem jornais

Qualquer pessoa que pagasse US$ 8 por mês teria a sua conta verificada sem análise prévia da plataforma. A mudança no Twitter Blue foi feita há uma semana e promoveu perfis falsos verificados de figuras públicas e de empresas. Twitter musk
REUTERS/Dado Ruvic
O Twitter interrompeu nesta sexta (11) novas assinaturas do Twitter Blue após o surgimento de perfis falsos de celebridades e de empresas com o selo azul de verificado, segundo os jornais “The Guardian” e “Financial Times”.
O Twitter Blue fornece recursos extras da rede social, como edição de tuíte, selo de verificado, entre outros recursos chamamos de “premium”. O serviço custa US$ 8 mensais (cerca de R$ 40) e, por enquanto, está disponível apenas nos Estados Unidos, no Canadá, na Austrália e na Nova Zelândia.
Em sua primeira versão, anunciada em 2021, o Blue já oferecia botão de edição, a criação de pastas para salvar conteúdos e “modo leitura”, que facilitava o acompanhamento de threads (fios) longas.
Entenda a seguir a polêmica envolvendo os selos do Twitter:
5/11: selo azul para todos os pagantes
O novo Twitter Blue passou a conceder a qualquer pessoa pagante o selo azul ao lado do nome sem análise prévia da plataforma. O serviço também fornece outros benefícios que chegarão em breve: prioridade nas respostas a tuítes, menos anúncios e capacidade de postar vídeos longos.
Antes da gestão Musk, o Twitter fornecia a verificação a “contas ativas, notáveis e autênticas de interesse público”, a exemplo de artistas, celebridades, governantes e jornalistas. Os interessados precisavam preencher um formulário solicitando o selo, a empresa, então, checava se a conta era autêntica e dava a verificação sem cobrar por isso.
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8/11: selo cinza para reforçar perfis oficiais
Na última terça, a empresa também anunciou a implementação do selo “Oficial” (cinza), que fica abaixo do usuário (@), e é uma forma de diferenciar assinantes do Twitter Blue de contas que são verificadas porque têm grande visibilidade.
10/11: selo cinza ‘morre’ e ‘sobrevive’
Horas depois do lançamento, Musk retirou esse rótulo dos perfis. Em resposta ao influenciador de tecnologia Marques Brownlee, o bilionário disse que estava “matando” o “Oficial” e afirmou que o selo tradicional azul seria o grande nivelador de contas.
Mas não foi o que aconteceu. Ontem, o Twitter voltou atrás e reativou o novo selo. “Para combater a falsificação de identidade, adicionamos um rótulo ‘Oficial’ a algumas contas”, tuitou a página de suporte da plataforma.
Selos azul e cinza no Twitter
Divulgação/Twitter
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11/11: selo do Twitter Blue é pausado
Após Musk liberar o rótulo azul a todos assinantes, algumas figuras públicas se depararam com páginas de si próprias que não eram autênticas — caso do ex-presidente Donald Trump, do astro do basquete Lebron James e do personagem fictício Mario Bros, da Nintendo.
A polêmica não só envolve celebridades. A farmacêutica Lilly registrou uma queda de 4% nas ações após um perfil fake da companhia (com o selo azul) tuitar que daria insulina “de graça”.
Os casos motivaram a suspensão do serviço temporariamente, dizem os jornais.
Musk ainda planeja fazer outras modificações em sua nova empresa.
“Por favor, note que o Twitter fará muitas coisas estúpidas nos próximos meses. Vamos manter o que funciona e mudar o que não funciona”, disse o empresário.
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