Arquivo diário: novembro 19, 2022

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Fundador do Koo diz que vai contratar demitidos do Twitter

“Eles merecem trabalhar onde seu talento é valorizado”, publicou Mayank Bidawatka, cofundador da plataforma
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Casos de Covid-19 crescem em 12 estados do Brasil

O Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgado na sexta-feira (18) atesta o crescimento dos casos de Covid-19 no país
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De filtros para redes sociais a formação: iniciativas buscam ampliar espaço para pessoas negras na tecnologia

g1 conversou com um fotógrafo que cria filtros de Instagram para peles negras, a criadora de um projeto que estimula a entrada de mulheres negras no setor e pesquisador que monitora como sistemas de reconhecimento facial afetam mais os negros. PretaLab é um projeto que conecta mulheres negras a vagas de trabalho em empresas de tecnologia
WOCInTech/Nappy
Ainda em percentual baixo, a presença de mais pessoas negras na tecnologia amplia as possibilidades da área, seja com a criação de produtos mais inclusivos ou com discussões sobre como algumas ferramentas podem ser prejudiciais para essa parcela da população, por exemplo.
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Para preencher algumas dessas lacunas, iniciativas têm surgido no Brasil nos últimos anos em ramos diferentes. Algumas surgem com a necessidade de obter dados de como a população negra no país se insere na tecnologia, outras para a melhorar a percepção que essas pessoas têm de si próprias.
O g1 conversou com representantes de três dessas iniciativas:
Silvana Bahia, criadora da PretaLab, que estimula a entrada de mulheres negras no mercado de trabalho de tecnologia;
Rafael Freire, fotógrafo e criador de filtros de Instagram voltado para peles negras;
Pablo Nunes, fundador de O Panóptico, monitor do uso de sistemas de reconhecimento facial no Brasil – a tecnologia costuma errar mais com pessoas negras.
Entenda abaixo como cada uma delas tem buscado trazer outros olhares para a tecnologia.
No mercado de trabalho
As mulheres negras estão sub-representadas no mercado de trabalho de tecnologia se comparadas com a sua presença na população brasileira. A PretaLab foi criada em 2017 como uma forma de aproximar essas profissionais e as empresas.
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O principal projeto da PretaLab é uma rede que atualmente reúne cerca de 700 mulheres negras e indígenas que trabalham na área de tecnologia. A ferramenta permite encontrar essas profissionais por meio das suas especialidades e dos estados em que vivem.
Por sua vez, as mulheres que pretendem ingressar nesse mercado ou que já trabalham na área podem participar de cursos gratuitos de programação e se inscrever em vagas de trabalho destacadas no site.
Idealizadora da PretaLab, a pesquisadora Silvana Bahia contou ao g1 que criou o projeto por conta de uma percepção de que havia poucas mulheres negras trabalhando nessa área.
“A iniciativa nasce com o objetivo de estimular o protagonismo de mulheres negras nesse campo da tecnologia e da inovação”, disse Silvana.
Silvana Bahia, idealizadora da PretaLab
Thais Monteiro
Para ela, há duas explicações para as mulheres negras não terem mais representação neste setor do mercado de trabalho.
“A primeira é a falta de oportunidade e a segunda é uma falta de inspiração e de referência que a gente também tem nesse campo”, afirmou. “É muito difícil você imaginar que pode estar num lugar quando não vê ninguém parecido com você”.
Para Silvana, as pessoas negras podem contribuir muito na tecnologia com a criação de produtos e serviços que atendam às necessidades de uma parcela maior da população. Mas ela alerta que a inclusão deve envolver também o crescimento desses profissionais em suas áreas.
“A gente ainda não é quem dá as canetadas, quem toma as decisões. E isso é uma questão porque é importante que as mulheres se iniciem, mas também é importante que elas estejam em lugares onde as decisões são tomadas, é não só como um operacional”, avaliou.
Nas redes sociais
Redes sociais como Instagram têm muitas opções de filtros de embelezamento de fotos. Mas alguns deles fazem os usuários aparecerem com mudanças em traços físicos e até mesmo com a pele mais clara, em um excesso de edição que é criticado por alguns usuários.
Fotógrafo Rafael Freire tem filtros para diferentes tons de pele negra
Reprodução/Instagram/Rafael Freire
Morador do Aglomerado da Serra, a maior favela de Minas Gerais, Rafael Freire atua há 10 anos como fotógrafo. Quando começou a estudar como fotografar pessoas negras, notou que não havia muitos filtros de redes sociais que fossem pensados para esse grupo.
Ele conta que ouvia muitas reclamações de pessoas negras sobre as opções que mudavam muito as características de seus rostos. Isso levou o fotógrafo a estudar como criar filtros de Instagram e a liberar sua primeira criação, que atende a diferentes tons de pele negra.
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“A galera gostou bastante. Então, eu comecei a fazer mais e mais filtros onde as pessoas se sintam bonitas do jeito que elas são, sem precisar mudar os traços e só valorizar a cor”, disse Rafael, que hoje tem oito filtros em seu perfil na rede social.
“A pessoa seleciona, tanto para o preto retinto quanto para o preto de pele clara. O filtro é voltado para não mudar os traços das pessoas. Nenhum filtro meu muda o traço. A única coisa que ele vai valorizar é a questão da cor e do ambiente”, explicou.
Na carreira como fotógrafo, Rafael se especializou em tirar retratos de pessoas, muitas delas negras. Ele criou um projeto em que fotografa moradores de comunidades, o que também lhe levou a tirar fotos de famosos, como MC Poze, para a capa do primeiro álbum do cantor.
“Quando eu comecei a fotografar há 10 anos, eu sentia muita falta de algo que se parecesse comigo”, contou. “Foi aí que eu comecei a ter esse olhar mais crítico e um olhar para a minha comunidade”.
“A ideia desse projeto é resgatar pessoas que moram na comunidade, pessoas comuns e transformando eles em modelos fotográficos”, conta.
Capa de ‘O Sábio’, primeiro álbum de MC Poze
Rafael Freire/ Divulgação
Na privacidade
Os sistemas de reconhecimento facial podem ser menos precisos para pessoas que não são brancas, mas já foram adotados para segurança pública em ao menos oito estados brasileiras.
Para monitorar a adoção dessa tecnologia, o grupo O Panóptico foi criado em 2019. No final daquele ano, a iniciativa identificou 184 prisões com uso de reconhecimento facial. Dos casos em que havia dados sobre raça, a maioria dos presos eram homens negros.
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“Houve alguns casos de violações, de pessoas que foram abordadas de maneira violenta, que foram confundidas e tudo mais. Então, a partir daí, a gente viu que era necessário olhar de maneira mais detida”, contou Pablo Nunes, fundador da iniciativa, em entrevista ao g1.
Para o pesquisador, o uso do reconhecimento facial em mais cidades pode aumentar o desrespeito aos direitos de pessoas negras.
“A população negra é a que mais aparece em alguns dos indicadores mais graves de violações. São os que mais morrem, são os que mais estão presos, com condenação ou sem, são os que mais têm diversas violações de seus direitos”, disse.
Pablo Nunes, coordenador adjunto do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC) e fundador de O Panóptico
Renato Cafuzo
Nos últimos anos, o das dessas câmeras se espalhou no país, o que, segundo o pesquisador, foi impulsionado pelo momento político favorável às pautas de segurança pública e pelo interesse econômico de empresas, que têm oferecido a tecnologia em mais locais.
Os erros dos sistemas podem levar a prisões injustas e ao constrangimento com abordagens policiais indevidas. “No reconhecimento facial, os algoritmos erram mais com pessoas negras. Para aqueles que foram abordados e não eram a pessoa procurada, essa é uma experiência que fica”, disse.
Pablo defende o banimento do reconhecimento facial para segurança pública, como aconteceu em cidades como São Francisco e Cambridge, nos Estados Unidos. A posição é rebatida por fabricantes desses sistemas, que defendem seu uso para aprimorar algoritmos.
“Fica claro para mim que, quando efeitos perversos do uso de tecnologia recaem majoritariamente sobre pessoas negras, o erro é aceito, é [visto como] algo que faz parte para a melhoria do sistema e não importa quem sejam as pessoas que vão perder ou que vão ser violadas em seus direitos por conta desse uso “, afirma.
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GTA da vida real? Idosa capota carro, rouba viatura e foge

A motorista aproveitou um momento de desatenção para fugir usando a viatura da polícia, um SUV Duster da Renault
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Koo pode mudar de nome no Brasil? Entenda

Koo faz enquete no Twitter para saber se os brasileiros querem mudar o nome da rede social no país, em razão da fonética polêmica
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Empresária que chegou a ser considerada ‘nova Steve Jobs’ é condenada a 11 anos de prisão

Em janeiro passado, ela foi considerada culpada por fraude eletrônica e conspiração. Holmes (no centro) junto com o marido e a mãe dela enquanto entravam no tribunal.
Getty Images
Elizabeth Holmes, uma polêmica empresária do Vale do Silício, foi condenada nesta sexta-feira (18) a 11 anos de prisão por um juiz da Califórnia, nos Estados Unidos.
Em janeiro passado, um júri a considerou culpada por três acusações de fraude eletrônica e uma de conspiração para aplicar fraude contra investidores com sua empresa Theranos.
A Theranos já foi avaliada em US$ 9 bilhões, porque tinha a falsa promessa de ter desenvolvido uma máquina inovadora que poderia realizar qualquer tipo de exame de sangue em questão de horas e com apenas algumas gotas de amostra.
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Holmes, atualmente com 38 anos, compareceu ao tribunal na sexta-feira visivelmente abalada. Ela disse que sente “profunda dor” por todos aqueles que foram enganados por seu empreendimento.
A condenação dela é vista como um teste sobre a seriedade com a qual o sistema de justiça dos Estados Unidos trata a fraude corporativa no setor de tecnologia.
Durante seu apogeu, Holmes foi descrita como a “nova Steve Jobs”.
Os advogados dela pretendem recorrer da sentença proferida nesta sexta.
O comportamento da empresária e o apoio que recebeu passavam credibilidade na área da tecnologia.
Getty Images
Exames de sangue
Fundada por Holmes em 2003 quando ela tinha 19 anos, a Theranos atraiu o interesse de investidores pelo grande potencial oferecido pelas máquinas de exames de sangue e tornou sua fundadora bilionária aos 31 anos.
O custo dos testes da Theranos era um quarto ou até menor do que os testes tradicionais, levando a rede de drogarias americana Walgreens – uma das maiores do país – a firmar parceria com a empresa de Holmes.
A derrocada teve início no final de 2015, quando o The Wall Street Journal publicou uma série de artigos investigativos questionando a credibilidade dos testes da Theranos e acusando a empresa de, entre outras coisas, diluir amostras de sangue obtidas de pacientes para aumentar seu volume.
Além disso, foi confirmado que a Theranos enviou os testes diluídos para laboratórios tradicionais e disse que os resultados foram obtidos com suas máquinas.
Essas acusações levaram o Departamento de Justiça dos Estados Unidos a abrir processos contra Holmes e seu ex-namorado, o ex-presidente e ex-diretor de operações da empresa, Ramseh “Sunny” Balwani. Os dois foram acusados de enganar investidores, médicos e pacientes.
A empresa Theranos foi dissolvida em setembro de 2018.
Holmes foi considerada culpada por fraudes praticadas por meio de sua empresa.
Reuters
O julgamento
Durante o julgamento em San Jose, na Califórnia, os promotores disseram que Elizabeth Holmes havia intencionalmente desinformado médicos e pacientes sobre o teste Edison, a invenção que se dizia revolucionária da Theranos.
Eles também acusaram Holmes de exagerar sobre o rendimento financeiro da companhia na frente dos investidores.
Em janeiro deste ano, um júri federal formado por oito homens e quatro mulheres considerou Holmes culpada de três acusações de fraude e uma de “conspiração para fraudar investidores”. Em razão disso, ela poderia ser condenada a até 20 anos.
Ela tinha outras acusações, mas não foi considerada culpada em outras quatro e os jurados não chegaram a um veredito sobre outras três.
RELEMBRE: Justiça dos EUA condena Elizabeth Holmes, a ‘nova Steve Jobs’, por fraude
“Intoxicada pela fama”
Durante a audiência desta sexta-feira, Holmes leu algumas palavras diante do juiz Edward Dávila para pedir desculpas.
“Estou arrasada pelos meus erros. Sinto uma dor profunda pelo que as pessoas passaram porque falhei com elas”, disse.
“Me arrependo dos meus erros com cada célula do meu corpo”, acrescentou.
Segundo repórteres que estavam no tribunal, o juiz se referiu a Holmes como “brilhante” e lhe disse que embora “errar seja normal, errar por fraude não está correto”.
Ele também questionou se o erro dela foi influenciado pela sua “intoxicação pela fama”.
Por fim, o magistrado afirmou que Holmes era uma “história de advertência” para outros executivos do Vale do Silício.
Este texto foi publicado originalmente em https://www.bbc.com/portuguese/internacional-63687821.