Elon Musk, em suas epifanias quase que diárias, tem o objetivo de transformar o Twitter em um super aplicativo. O bilionário, dono da Tesla, quer criar um app que faça, literalmente, tudo: pedir comida, trocar mensagens com seus amigos, pagar boletos, etc. Esse, possivelmente, será o futuro. Contudo, não é muito poder para uma única empresa (ou pessoa, nesse caso)?

Antes, vale ressaltar que tal super aplicativo é uma tendência na Ásia. A principal referência no assunto é o WeChat, da China, um serviço multiplataforma de mensagens instantâneas que permite realizar compras, reservar voos e muito mais. Especialistas acreditam que ele seja a fonte de inspiração para Musk e sua “versão ocidental”, que já tem até nome: X.

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“Um super aplicativo é apenas uma plataforma que possui uma certa funcionalidade principal, mas também permite que miniaplicativos sejam construídos internamente, para que os usuários possam ter capacidades extras em um espaço”, explicou David Shrier, professor de Inteligência Artificial de uma universidade em Londres, na Inglaterra, em entrevista ao The Guardian.

“O que facilita é um login único onde os usuários não precisam continuar digitando detalhes de login ou cartão de crédito”, acrescentou.

O professor destacou também que não confiaria entregar praticamente todos os dados e afazeres de sua vida na mão de um único aplicativo, ainda mais comandado por Musk.

“Muita gente tem dúvidas [sobre o super aplicativo], inclusive eu. É por isso que houve uma reação à Meta – que fornece Facebook e WhatsApp – tentando lançar uma moeda digital. Acho que há uma questão mais ampla… quando renunciamos a nossas permissões para um super aplicativo, realmente sabemos com o que estamos concordando?”, disse Shrier.

Imagem: Shutterstock

A principal dúvida – e, por que não, medo? – é sobre o controle que um único aplicativo teria sobre a vida de uma pessoa. Com todos os dados de um usuário, o serviço controlaria quais produtos e serviços ele veria em seu celular, por exemplo. A concentração de poder do mercado tornaria as oligarquias muito mais poderosas.

Apesar de os contras em se ter um super aplicativo que faz tudo serem muito fortes, a tendência é que, assim como na Ásia, o Ocidente tenha um serviço multiplataforma para chamar de seu. E Elon Musk largou na frente para ser o dono dessa versão ao comprar o Twitter.

X: o que será o possível novo super aplicativo de Elon Musk?

Em seu próprio Twitter, Elon Musk afirmou que comprar a rede social era um “acelerador para criar o X, o app de tudo”. Sabe-se que o bilionário é um grande admirador do WeChat, o super app chinês que reúne diversos serviços online. 

Vale lembrar que, em agosto, Elon Musk respondeu um seguidor dando a entender que já estava planejando o X há algum tempo. O usuário perguntou se o empresário iria criar sua própria rede social e ele respondeu apenas com “X.com”. 

Para saber mais, acesse a reportagem do Olhar Digital.

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