Explosão de jovem estrela é registrada por telescópio

Os magnetares são estrelas de nêutrons que possuem um gigantesco campo magnético. O campo gerado por elas são quatrilhões de vezes maiores do que o da Terra e elas possuem como característica altas emissões de radiação. O decaimento de seu campo, ou seja, a transformação de um átomo em outro emite altas quantidades de raios X e raios gama. A partir dessas emissões os astrônomos da Universidade Autônoma de Barcelona, na Espanha, conseguiram observar a explosão de um jovem magnetar, o Swift J1818.0–1607. 

A estrela foi detectada em 12 de março de 2020, mas ainda a descreviam apenas como uma fonte de raios-x. Após novas observações ela foi descrita como uma magnetar de rotação aproximada de 1,36 segundos. Ele é relativamente novo, com apenas 265 anos de formação, está localizado a 21 mil anos-luz da Terra e seu campo magnético no equador é de 340 trilhões de Gauss. Na terra, nesse mesmo ponto, a intensidade do campo é de apenas 0,3 Gauss. 

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As observações do magnetar Swift J1818.0–1607

Para serem feitas as observações sobre o magnetar foram analisados dados de telescópios espaciais como Swift, NuSTAR, XMM-Newton e INTEGRAL. “Relatamos aqui a campanha de monitoramento de raios-X de longo prazo deste jovem magnetar usando XMM-Newton, NuSTAR e Swift desde a ativação de sua primeira explosão em março de 2020 até outubro de 2021, bem como os limites superiores INTEGRAL em seu pico de emissão de raios-X” aponta os pesquisadores em artigo publicado no último mês. 

Durante os 575 dias em que Swift J1818.0–1607 foi observado, ele mostrou que o decaimento do campo magnético e da quantidade de energia liberada é semelhante com o observado em outros magnetares. Logo após a explosão, em março de 2020, ele liberou cerca de 90 decilhões de erg/s, enquanto em outubro de 2021, diminui para 3 decilhões de erg/s. 

O estudo também detectou a emissão difusas de raio- X formando arcos que estendiam-se entre 50 e 110 segundo. Além disso a contraparte rádio do Swift J1818.0–1607 foi descoberta. Os pesquisadores identificaram uma emissão de rádio semelhante à estrutura de um anel, com 90 segundo de arco a oeste do magnetar. 

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