Perseverance coleta as primeiras amostras de poeira em Marte

O rover Perseverance, da NASA, que está em Marte, coletou suas primeiras amostras de rochas quebradas e poeira na superfície do planeta. O equipamento já perfurou os regolitos para a missão de investigar os processos geológicos e procurar evidências a respeito de vida já existiu em Marte.

Essas duas amostras de regolito foram coletadas de um monte de areia que se assemelha a uma duna aqui na Terra, porém de tamanho menor. De acordo com os cientistas, exemplares como esses podem ser fundamentais para entender os processos geológicos que moldaram Marte.

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Além disso, os pesquisadores esperam que as amostras ajudem a planejar as futuras missões espaciais no planeta, ao indicar quais seriam os possíveis desafios encontrados na superfície marciana. Com esse conhecimento será possível adaptar os equipamentos e até mesmo os trajes espaciais usados pelos astronautas. Pedaços maiores de rocha afiada dentro do regolito poderiam colocar os astronautas em risco, caso provoquem alguma ruptura nos trajes espaciais.

“Se tivermos uma presença mais permanente em Marte, precisamos saber como a poeira e o regolito interagirão com nossas espaçonaves e habitats”, disse Erin Gibbons, estudante de doutorado da Universidade McGill, no Canadá, e membro da equipe Perseverance, em um comunicado. “Alguns desses grãos de poeira podem ser tão finos quanto a fumaça do cigarro e podem entrar no aparelho de respiração de um astronauta. Queremos uma imagem mais completa de quais materiais seriam prejudiciais aos nossos exploradores, sejam eles humanos ou robóticos.”

Imagem: Rover Perseverance, em Marte. Créditos: Dima Zel – Shutterstock

Regolito pode auxiliar na proteção dos astronautas

Outra possibilidade vislumbrada pelos pesquisadores é a chance de utilizar o material de forma favorável nas futuras missões. A poeira fina poderia proteger os seres humanos contra a radiação solar severa que atinge a superfície de Marte, que não é protegida por um campo magnético como o da Terra. Porém, para que essa alternativa seja viável, os pesquisadores precisam saber se o regolito marciano contém perclorato, um produto químico tóxico prejudicial à saúde dos astronautas, caso seja ingerido ou inalado em grandes quantidades.

Com a vinda desse material para a Terra, será possível estudá-lo em maior detalhe nos laboratórios terrestres, que têm equipamentos mais sensíveis e mais poderosos de análises químicas do que aqueles que os robôs conseguem transportar para o Espaço.

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