Dezenas de criaturas venenosas surgem em praia nos EUA

Dezenas de caravelas-portuguesas, um cnidário muito parecido com as águas-vivas, mas altamente perigosos, apareceram em uma praia da Carolina do Sul, nos Estados Unidos. Entrar em contato com essas criaturas azuis é extremamente doloroso e, em alguns casos, seu veneno pode ser fatal para os seres humanos.

O Serviço de Patrulha da Praia Costeira de Hilton Head Island chegou a emitir um aviso, no Facebook, em que solicitava aos banhistas para que não tocassem nas caravelas-portuguesas, pois “sua picada é extremamente dolorosa”. Como forma de evitar danos, os agentes do Shore Beach Service estão em busca de reunir o maior número possível dessas criaturas para enterrá-las sob a areia, assim as pessoas não correm o risco de pisar em alguma caravela-portuguesa.

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As caravelas-portuguesas receberam esse nome porque se pareciam com os navios portugueses, em forma de vela, utilizados para guerras e exploração, no século XVIII. A parte superior desses animais atua como um flutuador. Essa estrutura pode assumir várias cores: azul, rosa ou roxo. Além disso, o flutuador pode emergir até seis centímetros acima da linha d’água, como um pequeno balão. O que fica dentro do mar são os seus longos fios de tentáculos e pólipos.

Os tentáculos são armados com cápsulas microscópicas de picada, chamadas nematocistos, que são carregadas com tubos farpados de veneno. A picada oriunda desse bicho raramente é mortal para as pessoas, mas é muito dolorida e a sensação de ardência pode durar por horas. Cabe destacar que mesmo fora da água, essas criaturas ainda são perigosas.

Ainda não se sabe que levou as caravelas-portuguesas para Carolina do Sul

Geralmente, as caravelas-portuguesas são encontradas em águas tropicais e subtropicais, embora existam relatos de que elas já foram vistas em todos os oceanos. Esses animais dependem inteiramente do vento e das correntes oceânicas para se movimentar. Os pesquisadores ainda não sabem o que levou dezenas desses exemplares para a Carolina do Sul.

Há dois fatores que tornam esse fato no mínimo estranho. De acordo com uma entrevista do cientista-pesquisador do Instituto de Recursos Marinhos, Daniel Season, à Fox, “normalmente, vemos essas ou outras águas-vivas aparecerem em números quando há fortes tempestades no mar”, porém, nenhum fenômeno desse tipo foi registrado recentemente. Além disso, Season alega que “é menos comum ver esses animais em grande número no inverno, mas certamente não é inédito.”

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