The Last of Us: criadores acreditam saber em que outras adaptações de games erraram
Adaptações de videogames historicamente não são um bom negócio, falhando em encontrar sucesso similar ao do material de origem, mas os criadores da nova série da HBO The Last of Us afirmam compreender as falhas de outras adaptações, e prometem evitá-las em sua nova produção.
Craig Mazin, mais conhecido por sua série Chernobyl, também da HBO, e Neil Druckmann, o criador do game The Last of Us original, encabeçam a nova adaptação do bem sucedido game exclusivo para PlayStation. Pedro Pascal interpretará Joel, enquanto Bella Ramsey viverá a jovem Ellie, papel para o qual mais de 100 atrizes foram testadas.
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No entanto, o que parece separar The Last of Us de outas adaptações de videogames diz respeito ao foco no enredo e nos personagens. Em vez de tentar recriar uma representação extremamente fiel do amado videogame, The Last of Us da HBO procura permanecer fiel ao material de origem enquanto explora novos caminhos.
O mundo e os personagens parecem retirados do jogo, mas o tecido conectivo ao redor deles parece estar fundamentado em uma história que agrada ao meio. E essa filosofia representa diretamente o que os criadores da série acreditam que deu errado com as adaptações anteriores de videogames. De acordo com Mazin e Druckmann, confiar em elementos específicos para a experiência de jogo apenas resultará em uma experiência sem brilho e insatisfatória em outro lugar.
Mazin e Druckmann fizeram estes comentários em uma entrevista à revista The New Yorker. A dupla disse estar bem ciente do estado terrível do gênero de adaptação de videogame. Enquanto alguns filmes mais voltados para um público infantil, como Detetive Pikachu e Sonic: O Filme, encontraram algum sucesso, outros como Assassin’s Creed falharam em arrebatar o público.
Para Mazin, Assassin’s Creed era uma batalha difícil, já que “a alegria é a jogabilidade. A história é impenetrável”. Druckmann acrescentou ao sentimento de Mazin: “A outra coisa que as pessoas erram é que acham que as pessoas querem ver a jogabilidade na tela.”
Mais recentemente, a série Halo, produzida por Steven Spielberg, também tentou apelar para a ação única dos videogames. Escolher adaptar The Last of Us sem depender da mecânica de jogo para recapturar a essência do videogame é um esforço que vale a pena aprender com seus predecessores. Além disso, o game funciona no formato de televisão.
Isto porque apesar de The Last of Us ser um game violento e cheio de ação, ele coloca o desenvolvimento dos personagens no centro de sua narrativa. É uma experiência que faz os jogadores se apaixonarem por Joel, Ellie e todas as pessoas que eles encontram pelo caminho.
A jogabilidade é imersiva e implacável, mas a história é o centro de The Last of Us. Seria impossível replicar a experiência íntima de jogar como Joel ou Ellie, mas adaptar a narrativa dirigida aos personagens para uma temporada de nove episódios deve ser natural.
The Last of Us chega à HBO e HBO Max em 15 de janeiro de 2023.
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