Hubble capta “enxame” de estrelas na constelação de Sagitário

Um aglomerado globular conhecido como NGC 6440, que se assemelha a um enxame de abelhas brilhantes em torno de uma colmeia cósmica no espaço, foi flagrado pelo Telescópio Espacial Hubble na constelação de Sagitário, a cerca de 28 mil anos-luz da Terra.

Aglomerado globular NGC 6440 capturado pelo Telescópio Espacial Hubble. Créditos: NASA, ESA, C. Pallanca e F. Ferraro (Universits Di Bologna) e M. van Kerkwijk (Universidade de Toronto); Processamento: G. Kober (NASA/Universidade Católica da América)

Segundo o site Space.com, esse tipo de aglomerado globular geralmente aparece nas bordas das galáxias, e sua composição contém centenas de milhares a milhões de estrelas separadas por distâncias de aproximadamente um ano-luz entre elas.

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Embora um ano-luz pareça muito, na Via Láctea, por exemplo, a estrela mais próxima do Sol, chamda Proxima Centauri, está a quatro anos-luz de distância do astro. Além disso, a distância média entre as estrelas da nossa galáxia é de cinco anos-luz, ou seja, bem mais longe do que as estrelas do aglomerado NGC 6440.

Visto pela primeira vez em 1789, pelo astrônomo William Herschel, o aglomerado aparece nesta nova imagem como mais uma prova da incrível capacidade do Hubble, apesar dos mais de 32 anos de atividade.

Os cientistas que estudam o NGC 6440 dizem que esta captura vai ajudar a entender objetos muito exóticos escondidos dentro do aglomerado globular: sua população de estrelas de nêutrons de rotação rápida – ou pulsares.

Estrelas de nêutrons em alta rotação na mira do Hubble

Segundo eles, o NGC 6440 é o lar de pelo menos oito pulsares, estrelas de nêutrons em rápida rotação com campos magnéticos um quatrilhão de vezes mais fortes que o da Terra.

Os pulsares se formam quando os núcleos de estrelas massivas não podem mais se sustentar contra a pressão interna da gravidade. Essa situação gera um colapso gravitacional, o que significa que as estrelas de nêutrons são compostas do material mais denso do universo.

Os cientistas acreditam que os pulsares desenvolvem suas incríveis velocidades de rotação quando as estrelas de nêutrons se formam em sistemas binários e começam a acumular material de uma companheira estelar. Acredita-se que os pulsares de milissegundos no aglomerado globular NGC 6440 tenham períodos de rotação de 5,22 milissegundos e 2,85 milissegundos.

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