Arquivo diário: janeiro 7, 2023

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Twitter demite ao menos 12 pessoas de equipes de moderação de conteúdo

Funcionários faziam parte dos escritórios da rede social na Irlanda e em Singapura. Segundo executiva, não houve cortes nas equipes que fazem trabalho de moderação diariamente. Twitter
REUTERS/Stephen Lam/File Photo
O Twitter fez mais cortes na equipe que lida com moderação de conteúdo e combate a discurso de ódio e assédio na plataforma, informou a Bloomberg neste sábado (7). Segundo o site, ao menos 12 pessoas foram demitidas nos escritórios da empresa na Irlanda e em Singapura.
Entre os funcionários demitidos, está Nur Azhar Bin Ayob, que havia sido contratado recentemente para chefiar a divisão de integridade do site na região Ásia-Pacífico, e Analuisa Dominguez, diretora sênior de política de receitas do Twitter.
Os cortes também afetaram integrantes de equipes que lidam com política de desinformação, pedidos de apelação de decisões sobre conteúdo e veículos de mídia estatais.
Demissões no Twitter: Como dispensas em massa vão impactar a desinformação global
O que fez Elon Musk se tornar o primeiro a perder US$ 200 bilhões de fortuna?
A vice-presidente de Confiança e Segurança do Twitter, Ella Irwin, confirmou à Reuters que a empresa fez alguns cortes em sua divisão, mas não deu detalhes.
“Temos milhares de pessoas em Confiança e Segurança que trabalham na moderação de conteúdo e não fizemos cortes nas equipes que fazem esse trabalho diariamente”, disse a executiva por e-mail.
Segundo ela, alguns dos cortes aconteceram em áreas que não tinham muito volume ou que fazia sentido consolidar sob o comando de uma pessoa.
No início de novembro, poucas semanas após Elon Musk assumir o comando, o Twitter demitiu cerca de 3.700 funcionários para reduzir custos. Depois, outras centenas de profissionais se demitiram.
A queda das ‘big techs’
Juan Silva/ g1

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O que fez Elon Musk se tornar o primeiro a perder US$ 200 bilhões de fortuna?

Fortuna do empresário, que chegou a US$ 340 bilhões, agora é avaliada em US$ 126 bilhões. Queda está relacionada à montadora de carros elétricos Tesla e à compra do Twitter. Elon Musk
Reuters
O bilionário Elon Musk, dono do Twitter e da montadora de carros elétricos Tesla, é o primeiro a perder mais de US$ 200 milhões em patrimônio. Após atingir um pico de US$ 340 bilhões em 4 de novembro de 2021, ele tem agora US$ 126 bilhões, segundo a Bloomberg.
A queda na fortuna de Musk é explicada por dois fatores principais:
O valor da Tesla, que chegou a US$ 1 trilhão em outubro de 2021, caiu e está em US$ 357 bilhões – Musk tem cerca de 13% da empresa
A venda de mais de US$ 39 bilhões em ações da Tesla por Musk desde dezembro de 2021 – o empresário usou parte do valor para financiar a compra do Twitter
Essas mudanças fizeram a Tesla deixar de ser o maior ativo de Musk. A companhia ainda representa US$ 40,3 bilhões da fortuna do empresário, mas foi superada pela empresa de foguetes SpaceX, que equivale a US$ 48,9 bilhões de seu patrimônio.
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O que acontece com a Tesla?
A Tesla tem registrado um enfraquecimento de demanda na China, seu principal mercado. Para lidar com o cenário, a montadora tem baixado preços nos últimos meses, o que não agradou investidores nem consumidores que tinham pagado o valor cheio pelos veículos.
A empresa até teve recorde ao vender 1,31 milhão de carros em todo o mundo em 2022. O resultado representou crescimento de 40% em relação ao ano anterior, mas não atingiu sua meta de registrar 50% de alta.
Musk afirmou em dezembro que a Tesla está se saindo melhor do que nunca, mas indicou que altas de juros nos Estados Unidos têm atrapalhado.
“Nós não controlamos o Federal Reserve [equivalente americano ao Banco Central]. Esse é o verdadeiro problema aqui”.
Veículos Model 3 fabricados na China da Tesla são vistos durante um evento de entrega na fábrica da montadora em Xangai, China,
Reuters
No ano passado, a empresa também foi afetada pela Covid-19 na China, que levou a fechamentos temporários em sua fábrica em Xangai, e por problemas na cadeia de abastecimento.
Neste início de 2023, a empresa reduziu o ritmo de produção em Xangai, informou a Reuters. A unidade tem cerca de 20 mil trabalhadores e respondeu por mais da metade da produção da montadora no primeiro trimestre de 2022.
O site Electrek, especializado em carros elétricos, informou ainda que a empresa pretende congelar contratações e fazer uma rodada de demissões ainda no primeiro trimestre.
Após um início bastante turbulento à frente do Twitter, uma parcela dos investidores da Tesla também teme que a compra da rede social faça Musk perder o foco com a produção de carros.
A queda na fortuna do empresário fez ele ser ultrapassado em dezembro por Bernard Arnault como mais rico do mundo. Com uma fortuna de US$ 175 bilhões, Arnault é dono da empresa de artigos de luxo LVMH, que inclui marcas como Louis Vuitton, Dior, Sephora e Tiffany’s.
A queda das ‘big techs’
Juan Silva/ g1

Brasil registra 27 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas  0

Brasil registra 27 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas 

Conforme os números atualizados neste sábado (7) pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e pelo Ministério da Saúde, o Brasil registrou 27 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas e mais de 11 mil novos casos da doença. Confira os números atualizados da Covid-19 no Brasil: 27 óbitos nas últimas 24 horas; 11.172 casos confirmados nas
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Estilo repetido, falta de citações, ‘enrolation’…. professores descobrem falhas em textos do robô ChatGPT, mas elogiam novidade

Ferramenta de inteligência artificial vem assombrando quem a testa pela rapidez e o nível de detalhes com que escreve diversos tipos de textos. Inteligência artificial preocupa professores: oportunidade para educar ou deseducar?
Pexels
Já ouviu falar no robô conversador chamado ChatGPT? Ele viralizou desde o fim de dezembro, quando foi aberto para qualquer pessoa testá-lo gratuitamente e, por consequência, aprimorá-lo.
g1 faz perguntas para o ChatGPT, que sabe (quase) tudo
Ao mesmo tempo em que vem colecionando elogios pela criação de rápida e detalhada de todo tipo de texto, além de responder a quase todas as perguntas, a ferramenta começa a receber reações negativas.
Na última quarta-feira (4), escolas públicas de Nova York passaram a vetar o ChatGPT nas redes locais.
Educadores entendem que será inevitável que os alunos recorram ao robô e é muito difícil detectar que um texto foi feito pela máquina. Não adianta “jogar no Google” porque os textos do ChatGPT não são tirados da internet.
Mas alguns professores estão expondo alguns deslizes do robô. Veja abaixo.
Percebeu o ‘enrolation’ porque tema não era popular
Darren Hick, professor-assistente de filosofia da Universidade Furman, nos EUA, descobriu que texto de aluno foi escrito pelo robô
Reprodução/Facebook
Darren Hick, professor-assistente de filosofia da Universidade Furman, nos Estados Unidos, contou em um post no Facebook que desmascarou uma redação feita pelo ChatGPT em dezembro e entregue por um aluno.
Não foi fácil; veja o passo a passo e quais pistas “denunciaram” o robô:
🔎 Nada de app antiplágio – Hick sabia que o ChatGPT “dribla” os aplicativos antiplágio, que confrontam parágrafos com textos que existem na internet para desmascarar o famoso “copia e cola”. Mas a inteligência artificial permite que ele combine as palavras que estão em seu “depósito” de forma única, o que faz com que seu texto não seja detectado pelos apps.
✋ Página do próprio chat ‘denuncia’ – Primeiro o professor recorreu a uma página criada pelos próprios desenvolvedores do ChatGPT para supostamente apontar a probabilidade de um texto ter sido criado pelo robô. E a resposta foi de quase 100%.
🤖 Então, ele mesmo fez o teste – Hick foi ao site do ChatGPT e pediu que o robô escrevesse um ensaio com o mesmo tema: o filósofo David Hume e o paradoxo do horror. E recebeu, em segundos, “uma resposta que parecia ter sido escrita por um humano”.
🎓 O robô escreve bem – “Mais do que isso, (escrita por) um humano com bom senso de gramática e uma compreensão de como as redações devem ser estruturadas”, descreveu o professor.
“É um estilo (de texto) limpo. Mas é reconhecível”, afirmou. É como se tivesse sido escrito por um estudante muito esperto do último ano da “secondary school”, o equivalente ao ensino médio no Brasil, comparou.
😯 Maaaaaaaas – Nem tudo deu certo. “O primeiro indicador de que eu estava lidando com inteligência artificial foi que, apesar da coerência sintática da redação, ela não fazia sentido.”
Segundo Hick, o texto que o robô lhe entregou descrevia as visões de Hume sobre o paradoxo do horror de forma confiante e detalhada, mas “totalmente equivocada”.
A redação até continha algumas verdades sobre o filósofo e dizia do que se tratava o paradoxo do horror, mas depois era só “bobagem” — ainda que bem escrita. Poderia enganar apenas um leigo.
E a falta de citações ou referências também denunciou o robô, segundo o professor.
🧐 Então, o tema faz diferença – Hick acha que, se a redação fosse sobre um assunto mais conhecido, seria mais difícil desmascarar o robô.
Segundo ele, o ChatGPT tem mais domínio sobre assuntos populares, como o livro “Moby Dick” ou as causas da guerra na Ucrânia — temas que ele também usou para testar a máquina.
David K. Thomson, professor-associado de história na Universidade Sacred Heart, em Connecticut, também nos EUA, concorda. Ele entende que o robô se sai muito bem com o tipo de questão que costuma aparecer em testes para serem feitos em casa.
“(O texto) Não é perfeito. Mas os dos estudantes de faculdade também não são”, afirmou ao “Washington Post”.
Mas, quando a proposta foi mais sofisticada, como na vez em que pediu que o chat escrevesse sobre como o escritor abolicionista Frederick Douglass criou seu argumento contra a escravidão, a resposta foi menos convincente, segundo ele.
Robô derrapou na referência
Mark Shaples, professor emérito de tecnologia educacional na britânica Open University, pegou mentiras ao testar o GPT-3, versão anterior do modelo de linguagem usado no ChatGPT, em maio passado.
✍️ Nota pé saiu ‘torta’ – Ele pediu uma redação sobre estilos de aprendizagem e divulgou o resultado em um blog. O robô produziu um texto que tinha uma referência no pé: “Dunn, R., & Dunn, K. (1997). Learning styles: Research and practice. Journal of Research in Education, 7(2), 139-151.”
Segundo Sharples, o jornal “Research in Education” existe, mas não publicou uma edição de número “7(2)” em 1997. E os autores referenciados, Dunn, R., & Dunn, K., chegaram a publicar textos sobre estilos de aprendizagem, mas nunca nesse jornal.
A Open AI, organização desenvolvedora do robô, admite que ele pode dar informações erradas ou enviesadas mesmo na versão atual.
Mas o ChatGPT não se deu mal em todas
Kevin Bryan, economista e professor-associado na Universidade de Toronto, no Canadá, se diz chocado com o quanto o robô é bom. “Não dá mais para dar tarefas para casa”, resumiu.
👏 Nível de MBA – Diferente dos colegas, Bryan contou que recebeu respostas muito satisfatórias ao testar o robô com questões que usaria em uma prova de gerenciamento estratégico de um MBA. Ele começou com uma pergunta mais simples e foi adicionando complexidade em outras 3 questões.
📝 O resultado? 3 notas A e uma B, na avaliação dele. Sobre um dos exercícios, o professor disse que, “apesar de alguns erros pequenos, as respostas eram “do nível de um ótimo aluno de teoria da economia”.
“Nenhuma das respostas estava errada e muitas era bem sofisticadas nos argumentos sobre conteúdos conceitualmente difíceis. Não eram são só palavras sem sentido”, afirmou no Twitter.
Oportunidade de educar ou deseducar?
Para justificar o bloqueio à ferramenta, o Departamento de Educação da cidade de Nova York citou que o robô atrapalha o desenvolvimento dos alunos.
“Embora possa fornecer respostas rápidas e fáceis para perguntas, ele não desenvolve habilidades de pensamento crítico e resolução de problemas, essenciais para o sucesso acadêmico e ao longo da vida.”
Mas muitos pesquisadores da educação dizem que é um caminho sem volta e que a inteligência artificial deveria ser usada como auxílio para o ensino, inclusive para se perceber as suas limitações.
Mesmo diante da referência inventada pelo robô, o professor Sharples, do Reino Unido, é a favor da tecnologia.
Para ele, o chat pode se revezar com alunos na criação de histórias (cada um escreve um parágrafo), por exemplo. Ou os estudantes podem ser desafiados a avaliar os prós e contras dos textos gerados durante a aula.
“Como educadores, se estamos pedindo exercícios para os estudantes que podem ser feitos por robôs de inteligência artificial, estamos verdadeiramente ajudando os alunos a aprender?”, provoca.
Conheça o ChatGPT, a tecnologia que viralizou por ter resposta para (quase) tudo