Como é a Estação Espacial Internacional por dentro?

Para nós, meros terráqueos, a EEI (Estação Espacial Internacional) é um ponto luminoso ocasional no céu. Pontinho esse a cerca de 400 km de distância do chão, voando a 28 mil km/h. Já pensou como é a estação por dentro?

Então, é hora de vestir seu traje espacial e se preparar para a baixa gravidade. Isso porque o Olhar Digital vai te levar num passeio – virtual, claro – por dentro da EEI.

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Por dentro da EEI

A estação é, essencialmente, um baita laboratório que fica no espaço. Lá, astronautas dos quatro cantos do mundo estudam o que acontece com o corpo humano ao viver e trabalhar no espaço. Tudo num ambiente bem diferentes das naves que vemos em Star Wars.

Vamos explorar as partes desse laboratório espacial:

Laboratório de pesquisa Columbus

Pesquisadores trabalham em milhares de experimentos neste laboratório (Imagem: Reprodução/Google Earth)

Neste cubículo forrado de cabos e equipamento, os pesquisadores trabalham em milhares de experimentos. Num ambiente sem gravidade, eles tocam pesquisas em ciências naturais, ciências de materiais, física de fluidos, entre outras áreas. O laboratório fica acoplado permanentemente ao Nó 2 da Estação Espacial Internacional.

Módulo do laboratório dos EUA

Este é o principal local de pesquisa para cargas dos EUA (Imagem: Reprodução/Google Earth)

Também chamado de Destiny, é o principal local de pesquisa para cargas dos EUA. Nele, os astronautas fazem experimentos e estudos que contribuem para saúde, segurança e qualidade de vida para nós, meros terráqueos.

Módulo observacional Cúpula

O módulo abriga a estação de trabalho robótica que controla o braço manipulador remoto da estação (Imagem: Reprodução/Google Earth)

Serve como uma espécie de posto de vigia para observação das operações fora da EEI (por exemplo: movimentações robóticas, aproximações de veículos e atividades extraveiculares). O módulo, ancorado no Nó 3, abriga a estação de trabalho robótica que controla o braço manipulador remoto da estação. E tem uma vista espetacular da Terra e objetos celestes, com seis janelas laterais e uma direta do nadir (centro da Terra).

Módulo multiuso permanente

O espaço pressurizado do PMM aumentou cerca de 70 m3 para pesquisa e armazenamento (Imagem: Reprodução/Google Earth)

Este módulo (PMM, em inglês) fica conectado ao Nó 1, também chamado de Nó Unity, no lado orientado para o centro da Terra. Usado originalmente no transporte de cargas da estação, seu espaço pressurizado aumentou cerca de 70 m3 para pesquisa e armazenamento. É um espaço empinhocado de sacos, caixas, equipamentos e afins.

Módulo experimental japonês

O JEM é a primeira contribuição da Jaxa para o programa espacial da EEI (Imagem: Reprodução/Google Earth)

O JEM (sigla para o módulo, em inglês) também leva o nome de Kibo – esperança, em japonês. É a primeira contribuição da Jaxa (Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial) para o programa espacial da EEI. Nele, se desenvolve pesquisas científicas em órbita.

Módulo de atividade expansível Bigelow

Graças ao Beam, as missões espaciais precisam transportar bem menos suprimentos (Imagem: Reprodução/Google Earth)

O Beam (sigla em inglês para o módulo) é um habitat inflável conectado à Estação Espacial Internacional. Graças a ele, as missões espaciais precisam transportar bem menos suprimentos. Com volume mínimo, eles se encaixam nos compartimentos de carga dos foguetes, mas os astronautas podem inflá-los no espaço para aumentar o conforto do ambiente.

Minimódulo de pesquisa 1

O MRM-1 é usado, principalmente, como depósito de cargas, com oito estações de trabalho internas (Imagem: Reprodução/Google Earth)

Este é o MRM-1, também chamado de Rassvet (amanhecer) pelos russos. Seu uso é, principalmente, como depósito de cargas, com oito estações de trabalho internas. Também funciona como um minilaboratório para pesquisas biológicas e biotecnológicas; bem como para experimentos de ciência dos materiais e da física dos fluidos. O MRM-1 fica encaixado na porta voltada para o centro da Terra no módulo Zarya.

Minimódulo de pesquisa 2

O Poisk permite atividades extraveiculares, manutenção e reabastecimento dos trajes espaciais russos (Imagem: Reprodução/Google Earth)

O Poisk permite atividades extraveiculares, manutenção e reabastecimento dos trajes espaciais russos. O sistema de acoplamento do zênite no Poisk tem uma porta de engate para os veículos de logística Progress e Soyuz. Nele, também há espaço para experimentos científicos, além de tomadas elétricas e interfaces de transmissão de dados de cinco estações de trabalho externas.

Módulo de serviço

O Zvezda é a primeira contribuição totalmente russa para a Estação Espacial Internacional (Imagem: Reprodução/Google Earth)

Este é Zvezda, a primeira contribuição totalmente russa para a Estação Espacial Internacional. Ele provê habitação, sistema de suporte à vida, distribuição de energia elétrica, processamento de dados, controle de voo e sistema de propulsão. E, aparentemente, espaço para armazenar câmeras e lentes. Graças ao seu sistema de comunicações, controladores de voo têm comando remoto na Terra. E, com os anos, virou o primeiro laboratório de pesquisa multiuso na EEI.

Joint Airlock

Este módulo pressurizado da EEI tem dois compartimentos acoplados por um anteparo de conexão e uma escotilha (Imagem: Reprodução/Google Earth)

É um módulo pressurizado da EEI com dois compartimentos acoplados por um anteparo de conexão e uma escotilha. O Airlock Quest tem duas seções: Equipment Lock (sistemas, tanques de manutenção e reabastecimento dos trajes espaciais) e Crew Lock (saída para as EVAs – não, isso não tem a ver com robôs gigantes japoneses). Essa eclusa é a porta principal dos tripulantes da estação para caminhadas espaciais com trajes espaciais.

Veículo de acoplamento SpaceX Dragon

A Dragon é uma nave da SpaceX capaz de levar cargas e pessoas a destinos orbitais (Imagem: Reprodução/Google Earth)

A Dragon é uma nave espacial comercial da SpaceX, uma das empresas estadunidenses do bilionário Elon Musk. Tecnicamente, é uma nave de voo livre, capaz de levar cargas e pessoas a destinos orbitais. Inclusive, é a única capaz de trazer quantidades significativas de carga para o planeta.

Veículo de acoplamento orbital Cygnus

Esta espaçonave é um veículo de reabastecimento logístico automatizado (Imagem: Reprodução/Google Earth)

Já esta espaçonave é um veículo de reabastecimento logístico automatizado, desenvolvido para se acoplar à Estação Espacial Internacional e atracar por meio do SSRMS (sigla em inglês para Sistema de Manipulação Remota da Estação Espacial). Uma parte da nave tem um PCM (Módulo de Carga Pressurizado), enquanto a outra tem um SM (Módulo de Serviço). Seu destino é trágico: no fim da missão, ela se desacopla da estação e acaba incinerada ao entrar novamente na atmosfera da Terra.

Bloco funcional de carga

O módulo Zarya serve para armazenamento e propulsão hoje em dia (Imagem: Reprodução/Google Earth)

O módulo Zarya serve para armazenamento e propulsão hoje em dia. Mas nos estágios iniciais da montagem da Estação Espacial Internacional, ele era autossuficiente, fornecendo energia, comunicação e funções de controle de atitude. Seu design baseia-se nos módulos da estação espacial Mir.

Compartimento de embarque

O Pirs funciona como uma porta de acoplamento para espaçonaves de transporte e carga (Imagem: Reprodução/Google Earth)

O Pirs fica encaixado na porta inferior do Zvezda, orientado para o centro da Terra. Funciona como uma porta de acoplamento para espaçonaves de transporte e carga na estação e uma eclusa de entrada e saída para dois tripulantes com trajes especiais russos. Também transporta o combustível dos tanques de uma nave de reabastecimento Progress atracada para o Zvezda ou Zarya, bem como transfere propulsores dos dois módulos para o sistema de propulsão das naves atracadas Soyuz ou Progress.

Fonte: Google Earth

Imagem de destaque: Google Earth

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