A explosão da Inteligência Artificial Generativa

Nos últimos anos, vimos muitas especulações sobre o que vem a seguir na área de tecnologia. Realidade virtual? Realidade aumentada? Veículos autônomos? Cripto? Web3? Metaverso? Inteligência Artificial? Cada um desses temas é promissor por motivos únicos e para usos distintos, mas a verdade é que ainda é cedo para dar uma resposta definitiva. Mesmo a Realidade Virtual, que já ronda o mercado há algum tempo, ainda não pegou de vez.

Como já disse na coluna anterior e volto a enfatizar, a Inteligência Artificial generativa está em um ponto de inflexão, sustentando uma explosão cambriana em inovação. Ela descreve algoritmos (como o ChatGPT) que podem ser usados para criar novos conteúdos, incluindo áudio, código, imagens, textos, simulações e vídeos. Novos avanços recentes no campo têm o potencial de mudar drasticamente a maneira como abordamos a geração de novos conteúdos.

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Empresas de pesquisa de IA e big techs passaram a última década desenvolvendo modelos de inteligência artificial com mais dados do que nunca. Isso significa que essas ferramentas estão ficando cada vez melhores em gerar textos, imagens e sons com a mesma qualidade humana (ou até sobre-humana). Não sabemos exatamente os limites da IA e o que ela será capaz de fazer, mas a aposta é que ela um dia alcance e até ultrapasse a capacidade do cérebro humano. Será?

Crédito: Shutterstock

Uma coisa já é realidade. A IA está se movendo tão rapidamente, que tem feito as pessoas repensarem o papel da tecnologia na sociedade e quais os novos milionários dessa era. Mas a pergunta que sempre fica é: a IA é uma bolha ou a próxima grande novidade? A resposta provavelmente é: as duas coisas. Existe muita empolgação com o tema no momento. Parte disso é justificável. Parte é irracional e prematura.

A IA generativa de textos para imagens explodiu em 2022. O primeiro em cena foi DALL-E da OpenAI (o nome é uma junção do artista Salvador Dalí e WALL-E da Pixar). Nem todos podiam acessar o DALL-E, mas suas criações começaram a circular pela Internet – escrevi sobre ele também nesta coluna alguns meses atrás. Depois, apareceram o Stable Diffusion e o Midjourney agitando ainda mais o mercado. O Stable Diffusion foi inovador por ser de código aberto, o que significa que os usuários poderiam construir sobre ele. Para ser técnico, o Stable Diffusion moveu a difusão do espaço do pixel para o espaço latente, gerando um profundo aumento na qualidade dos trabalhos. 

Já o Midjourney foi inovador na democratização desse tipo de tecnologia, pois permite o acesso por meio do Discord. Qualquer um pode criar uma conta gratuita e ganhar 25 créditos, com imagens geradas em um servidor público.  Depois do créditos esgotados, o usuário paga US$10 ou US$ 30 por mês, dependendo do número de imagens que deseja criar, e se quer ou não que sejam privadas. Midjourney rapidamente se tornou um dos servidores mais populares do Discord (talvez o mais), com mais de 7,4 milhões de membros.

E se você acessou nas últimas semanas qualquer portal que fale minimamente de tecnologia ou criatividade, já se deparou de alguma forma com o nome ChatGPT – (GPT significa transformador pré-treinado generativo): um chatbot gratuito que pode gerar uma resposta para quase todas as perguntas feitas. Desenvolvido pela OpenAI e lançado para teste ao público em novembro de 2022, já é considerado o melhor chatbot de IA de todos os tempos.

Mais de um milhão de pessoas se inscreveram para usá-lo em apenas cinco dias. Fãs de olhos arregalados postaram exemplos do chatbot produzindo código de computador, ensaios de nível universitário, poemas e até piadas razoavelmente engraçadas. Outros, entre a ampla gama de pessoas que ganham a vida criando conteúdo, de redatores de publicidade a professores titulares, estão tremendo nas bases.

Inclusive o Google está no centro das atenções desde o lançamento do ChatGPT. Após o anúncio de bilhões de investimento na OpenAI por ninguém menos que a Microsoft, as pessoas estão de olho no Google, perguntando: “E aí, o que vai acontecer?”

Já está acontecendo. O New York Times informou que a conferência anual do Google em maio de 2023 estará cheia de produtos de IA. Os executivos têm se esforçado para acelerar e preparar seus produtos para o lançamento, mas teremos que aguardar para entender o que virá.

Enquanto isso, podemos ir navegando pelas plataformas de IA  de imagens, textos, músicas, vídeos e até vendas de prompts para uma imagem “ideal”. Mas isso fica para outro artigo.

Seguimos atentos.

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