Lula defende regulamentação internacional contra fake news em carta enviada à Unesco
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apontou em uma carta lida nesta quarta-feira (22) na conferência “Internet for Trust”, realizada pela Unesco, que as redes sociais e plataformas digitais trazem riscos à democracia, convivência e saúde pública.
Para Lula, apesar dos benefícios das plataformas, cabe a comunidade internacional encontrar uma maneira de regular e cuidar desse “ambiente digital”.
A conferência começa hoje em Paris, na França, na sede da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). O principal tema de discussão este ano é: como empresas, países e organizações podem atuar juntos para regular às redes sociais e demais plataformas.O texto do presidente também deixa claro que os benefícios gerados por essas plataformas, tanto para a economia como para a sociedade “estão distribuídos de maneira desproporcional”, contribuindo para o aumento da desigualdade social.
“O ambiente digital acarretou a concentração de mercado e de poder nas mãos de poucas empresas e países”, disse Lula no documento. “Trouxe, também, riscos à democracia. Riscos à convivência civilizada entre as pessoas. Riscos à saúde pública”, complementou.
O presidente cita como exemplos de riscos a avalanche de fake news disseminada durante a pandemia e, mais recentemente, a desinformação espalhada sobre os ataques terroristas do dia 8 de janeiro em Brasília.
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Mais especificamente sobre a regulamentação das redes, algo que já está sendo discutido pelo governo, Lula afirma que é preciso assegurar a liberdade de expressão, no entanto, também é fundamental que a sociedade também tenha o direito de receber informações mais confiáveis na internet.
A regulação deverá garantir o exercício de direitos individuais e coletivos. Deverá corrigir as distorções de um modelo de negócios que gera lucros explorando os dados pessoais dos usuários.
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em carta enviada à Unesco
O documento completo foi disponibilizada no Twitter e também no gov.br.
Imagem principal: Wagner Vilas/Shutterstock
Com informações do Correio Braziliense
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