Explosão no lado oculto do Sol pode ter atingido sonda da NASA

Uma forte erupção solar desencadeou uma ejeção de massa coronal (CME) na madrugada de segunda-feira (13), por volta da 1h36 (pelo horário de Brasília). O evento se deu no lado oposto do Sol em relação à Terra, de frente para onde está localizada a sonda Solar Parker, da NASA.

Isso quer dizer que a espaçonave, que está prestes a fazer seu 15º sobrevoo próximo da nossa estrela, tem chances de ter sido atingida.

A Powerful Solar Eruption On The Far Side Of The Sun Still Impacted Earth https://t.co/LbnpWtEndI #NASA #Astrophysics #SpaceWeather #heliophysics #LPSC2023 pic.twitter.com/jdVnL9k8Eu

— Space Weather (@spaceweather) March 16, 2023

Enquanto os cientistas ainda estão coletando dados para determinar a fonte da erupção, acredita-se que a CME veio da região ativa AR3234. Essa mancha solar estava voltada para a Terra do fim de fevereiro até o início de março, período em que desencadeou quinze explosões moderadamente intensas de classe M e uma poderosa explosão de classe X.

Abaixo, uma simulação da CME mostra a erupção do Sol (localizado no meio do ponto branco central) e o jato passando por Mercúrio (ponto laranja). A Terra é o círculo amarelo localizado na posição das 3h.

Today’s far-sided halo CME has a speed (3000+ km/s) such that it was classified as extremely rare (ER), perhaps occurring only once or twice every few decades. The NASA simulation for the CME shows that the CME is so strong it induces a weak shockwave in all directions after the… https://t.co/XFi3oOJVzv pic.twitter.com/MsLy4XGiTo

— Space Weather Watch (@spacewxwatch) March 13, 2023

A sonda Parker está atualmente a caminho do periélio (ponto mais próximo do Sol), onde vai chegar a cerca de 8,5 milhões de quilômetros da estrela – o que é esperado para sexta-feira (17). 

Na última segunda (13), a espaçonave enviou um tom de sinal verde mostrando que está em seu modo operacional nominal. Os cientistas e engenheiros estão aguardando o próximo download de dados, que ocorrerá após a aproximação máxima, para saber mais sobre este evento CME e quaisquer impactos potenciais na sonda.

Esse evento recente classifica-se como uma CME de halo, porque parece se espalhar uniformemente a partir do Sol em anel ao redor da estrela. As CMEs de halo dependem da posição do observador, ocorrendo quando a erupção solar está alinhada diretamente para a Terra ou, como neste caso, diretamente para longe do nosso planeta. 

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Impactos da CME disparada pelo Sol são sentidos na Terra

Embora a CME tenha entrado em erupção do lado oposto do Sol, seus impactos foram sentidos na Terra. À medida que as CMEs explodem pelo espaço, elas criam uma onda de choque que pode acelerar as partículas ao longo do caminho da CME a velocidades incríveis, da mesma forma que os surfistas são empurrados por uma onda. 

Conhecidas como partículas energéticas solares (SEPs), essas partículas rápidas podem fazer a viagem de 150 milhões de km do Sol para a Terra em cerca de 30 minutos.

Dependendo da potência com que chegam por aqui, as CMEs desencadeiam tempestades geomagnéticas na atmosfera de maior e menor proporção. Essas tempestades geram belas exibições de auroras, mas também podem causar apagões de energia e até mesmo derrubar satélites da órbita.

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