Mamutes eram mais fofos do que pensávamos

Um novo estudo aponta que os mamutes lanosos possuíam características um pouco diferentes quando surgiram do que as que conhecemos atualmente. Os pesquisadores apontaram que à medida que caminhavam pelas frias paisagens da Sibéria, eles desenvolveram mais depósitos de gordura, orelhas menores e um pelo mais fofo.

Os mamutes lanosos surgiram há cerca de 700 mil anos, na Ásia, e são descendentes dos mamutes da estepe, que dominavam a Eurásia até então. Eles se espalharam por diversas regiões do planeta, até mesmo em locais da América do Norte, quando atravessaram o Estreito de Bering

Para entender as mutações genéticas que aconteceram nesses animais, os pesquisadores analisaram o material genético de 28 elefantes, tanto africanos quanto asiáticos, e 23 mamutes lanosos que viveram na Sibéria. A maioria deles são relativamente modernos, tendo vivido há 100 mil anos ou menos, mas um deles caminhou pelo planeta há mais de 500 mil anos, na região de Chukochya.

Ter o genoma Chukochya nos permitiu identificar uma série de genes que evoluíram durante a vida do mamute lanoso como espécie. Isso nos permite estudar a evolução em tempo real e podemos dizer que essas mutações específicas são exclusivas dos mamutes lanosos e não existiam em seus ancestrais.

Love Dalén, principal autor do estudo, em resposta a Science Alert

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Mudanças adaptativas dos mamutes

Na pesquisa recentemente publicada na revista Current Biology, os cientistas perceberam que o pelo lanoso e os depósitos de gordura provavelmente já existiam quando os animais surgiram, mas que foram se aprimorando à medida que eles se adaptavam ao frio.

Os primeiros mamutes lanosos não estavam totalmente evoluídos. Eles possivelmente tinham orelhas maiores e sua lã era diferente – talvez menos isolante e fofa em comparação com os mamutes lanosos posteriores

Love Dalén

Essas mudanças provavelmente aconteceram quando os animais chegaram à Sibéria. Outras espécies não parentes dos mamutes lanosos encontradas no ártico, como os ursos polares e as renas, também compartilham um metabolismo de armazenamento de gordura parecidos, o que significa que pode ter ocorrido uma convergência evolutiva.

Os pesquisadores ainda não sabem dizer com certeza o que causou a extinção dos mamutes lanosos do planeta, mas eles acreditam que além da caça, às características adaptativas que garantiram que esses animais sobrevivessem ao frio foram as mesmas que os prejudicaram com o aquecimento do planeta.

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