Galaxy M54: tira boas fotos, é competente e chegou no preço certo | Review

No pacote de lançamentos do ano, a Samsung tem um espaço reservado para modelos que são vendidos apenas no varejo online e o mais recente deste grupo é o Galaxy M54 5G. Ele promete desempenho bacana para um intermediário, tela boa para os gamers e isso sem cobrar muito.

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Para além disso, a bateria é a maior aposta deste celular e ela oferece 6.000 mAh, é mais do que quase todos os concorrentes e a recarga é feita com 25 watts, mas este adaptador você compra separadamente – o que vem na caixa é de 15 watts. Vale a pena? Eu passei as últimas semanas com este aparelho no bolso e conto minha experiência neste review.

Por fora é simples e elegante

Começando pelo acabamento, temos no Galaxy M54 o básico para o celular não ficar feio na mesa. Ele tem corpo em plástico com toque de material mais econômico, nem mesmo a lateral tem metal. A parte boa é que muito do reflexo da traseira aparece em um ruído, como se alguém tivesse colocado areia dentro dele.

Galaxy M54 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Fica bonito, mais sóbrio e contrasta bem com as bordas arredondadas. Basta uma capinha para te distanciar se você não curtir esse visual, ou se o toque no plástico simples te passar fragilidade.

Enquanto a traseira está longe de ter requinte, o alinhamento das câmeras e a forma como elas estão montadas segue exatamente o mesmo visual adotado lá no Galaxy S23. Isso significa três lentes como um semáforo, com o LED para flash logo ao lado. Com isso estes componentes ficam mais soltos e destacados, até pelo reflexo do aro de cada um.

Mesmo com bordas arredondadas, a pegada é confortável e eu não senti que o celular fosse cair. Fechando a parte externa, dois pontos negativos: continuamos sem entrada para fone de ouvido e o dual-chip depende da sua escolha de ter ou não mais memória em um cartão microSD – se você colocou dois chips, perde espaço para o cartão.

Já na tela temos a Super AMOLED de sempre da Samsung e isso significa que o display é excelente, seja em reprodução de cores, qualidade do contraste, ângulo de visão generoso e capacidade de lidar bem com luzes excessivas por cima dele, como a iluminação solar ao meio dia.

Galaxy M54 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

As cores continuam com aquele toque extra muito apreciado, que deixam tudo mais vivo do que é de verdade. Isso poderia ser ruim, mas não é. O resultado é muito, mas muito bom e não deixa nada exagerado. Outro ponto muito importante do painel Super AMOLED é o consumo menor em alguns momentos, especialmente com o modo escuro ativado na One UI.

Força dentro do esperado para o processador

No mercado de intermediários, onde cada centavo conta para o consumidor, o chip tende a ser uma das economias mais profundas. Por aqui, o Galaxy M54 não abusa desta matemática e o Exynos 1380 lida muito bem com qualquer aplicativo e jogo que você quiser instalar e rodar.

Claro que Genshin Impact não vai rodar bem com os gráficos no máximo, mas isso nem o Galaxy S23 faz com muita folga, então é mais um dilema de um game muito pesado do que do hardware abaixo dele. O chip tem 8 GB para lidar com tudo e essa é uma quantidade razoável para o momento atual, sendo possível aumentar a RAM, mas eu tenho quase certeza que você não vai precisar disso.

Galaxy M54 (Imagem: reprodução/Olhar Digital)

Tudo isso controla a One UI 5.1, com o Android 13 abaixo dela. A Samsung promete três grandes updates para este aparelho, com quatro anos de atualização de segurança, número superior ao de quase toda a concorrência. Parece bobagem, mas isso significa que o celular continuará com uso seguro contra hackers por mais tempo – de forma resumida, o Galaxy M54 terá até o Android 16.

Câmeras muito boas

O conjunto de câmeras do Galaxy M54 contempla o sensor principal com 108 megapixels, que agrupa nove pontos para gerar um arquivo com 12 megapixels que exibe mais luz e detalhes, junto de lente ultrawide de 8 megapixels e uma macro com míseros 2 megapixels.

Galaxy M54 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Agrupar nove pixels em um só fez o arquivo final da lente principal me agradar bastante, tanto em locais bem iluminados, como em ambientes escuros. O retoque em pós-processamento típico da Samsung continua presente e isso significa fotos com saturação levemente aprimorada.

Foto com a câmera principal do Galaxy M54 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Foto com a câmera ultrawide do Galaxy M54 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Pode parecer exagero levantar a tonalidade de cores, mas no resultado a foto fica realmente mais bonita e viva. O alcance dinâmico de todos os sensores lida bem na hora de balancear locais muito iluminados com as sombras, exibindo tudo sem deixar áreas estouradas e nem mesmo com pouca informação.

Foto com a câmera principal do Galaxy M54 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Foto com a câmera ultrawide do Galaxy M54 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

As selfies contam com 32 megapixels e também existe agrupamento de pontos, que resulta em boa definição em todos os momentos e ambientes. Já na macro você tem tão pouca informação na resolução baixíssima, que ela só serve para rede social que já comprime muito as imagens e a tela onde são observadas é pequena.

Foto com a câmera principal do Galaxy M54 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Foto com a câmera ultrawide do Galaxy M54 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Este é um problema muito comum de celulares de todas as marcas, que ainda apostam em macro com apenas 2 megapixels. Este é um sensor que poderia nem estar mais ali, a ausência dele não faz falta.

Foto com a câmera principal do Galaxy M54 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Foto com a câmera ultrawide do Galaxy M54 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Muita bateria, mas autonomia nem tanto

O Galaxy M54 tem uma das maiores baterias de todos os celulares atuais do mercado e a promessa de muito tempo longe da tomada. De fato eu cheguei ao segundo dia, mas eu esperava beirar o terceiro e isso não aconteceu. Eu não forcei a barra para gastar mais, só usei o meu cotidiano como sempre faço com todos os outros modelos testados, sem economizar.

Como o carregador incluso na embalagem não é o máximo suportado pelo sistema operacional, não vou testar o tempo de recarga da bateria, pois cada pessoa terá uma experiência diferente com o acessório que comprar separadamente se quiser mais velocidade.

Galaxy M54: vale a pena?

Sim, bastante e isso leva em conta o preço. O Galaxy M54 chegou ao Brasil com valores inferiores ao de concorrentes diretos, como Xiaomi e Realme. Isso, sozinho, já dá a ele a medalha em qualquer comparativo, mas temos detalhes importantes por aqui.

Galaxy M54 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

A tela do Galaxy M54 é excelente, ele faz fotos muito boas em praticamente qualquer condição de luz e falha muito pouco, o chip Exynos é inferior aos Qualcomm similares, mas na concorrência a escolha foi de Mediatek e por aqui a solução da própria Samsung é mais esperta, veloz e a política de atualizações da marca coreana também é a melhor de todo mercado.

Os updates chegam mais rápido e por mais tempo, o que dá sobrevida maior para o celular na mão do usuário. Por segurança contra hackers, você não precisa se desfazer do aparelho em menos de quatro anos. Bom, né?

Então o Galaxy M54 é uma compra bacana sim.

Galaxy M54: ficha técnica

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