EUA pedem “responsabilidade moral e legal” para empresas de IA

Os EUA iniciaram uma série de ações para lidar com a nova tecnologia do momento: a inteligência artificial. Após anunciar um investimento milionário para promover pesquisas e uma IA mais ética, Kamala Harris, vice-presidente dos EUA, se reuniu com as maiores empresas envolvidas no avanço da IA para abordar riscos e delinear formas de lidar com eles. 

Google, Microsoft, OpenAI e Anthropic foram as convocadas para uma reunião de Alto Escalão na quinta-feira (4) na Casa Branca; Para o governo dos EUA, o avanço da IA inclui violações de privacidade, preconceito e preocupações de golpes e desinformação;  Em abril, o presidente Joe Biden sinalizou incertezas dizendo que ainda não se sabe se a IA é perigosa, mas destacou que a responsabilidade de garantir produtos seguros é das empresas de tecnologia. 

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Detalhes do encontro não foram expressamente divulgados, no entanto, um comunicado oficial com possível parecer da discussão foi publicado.

Nele, Harris pediu que empresas privadas tenham “responsabilidade ética, moral e legal” de tornar seus produtos de IA seguros e protegidos. Ela ainda acrescentou que eles têm que honrar as leis atuais, já que os produtos das respectivas big techs (Bard, Bing Chat e ChatGPT) tem o potencial de prejudicar o país.  

Kamala Harris, vice-presidente EUA. Imagem: shutterstock/Sheila Fitzgerald

A gestora classificou a IA como um dos “maiores desafios” que, embora tenha seus méritos, pode ser usado para violar direitos, criar desconfiança e enfraquecer a “fé na democracia”. Ela usou as investigações sobre a interferência russa durante a eleição presidencial de 2016 como evidência de que nações hostis usarão a tecnologia para minar os processos democráticos. 

De acordo com a Bloomberg, conforme o convite da reunião, o encontro abordou os riscos do desenvolvimento da IA, o que é preciso para limitar esses riscos e maneiras pelas quais o governo pode cooperar com o setor privado para adotar a IA com segurança. 

EUA e os planos para fiscalizar a IA 

Vale lembrar que, recentemente, o governo americano informou que iria começar a verificar como as empresas estão usando a inteligência artificial na gestão de seus funcionários — o objetivo é entender de que forma a tecnologia está afetando o trabalho e também checar se o uso da IA para monitoramento de trabalhadores, por exemplo, está prejudicando a saúde mental.

Entre tantas outras ações, a Chefe da Comissão Federal de Comércio (FTC), Lina Khan, também reforçou via artigo divulgado no The New York Times que o regulador irá usar a aplicação de leis existentes para controlar os riscos da IA no que diz respeito ao mercado. Para o órgão, a tecnologia pode aumentar o poder de empresas e elevar o nível de fraudes.  

Com informações do Engadget e Bloomberg

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