Leviatã Cósmico e Céu dos Beduínos nas Imagens Astronômicas da Semana

Toda semana, no Programa Olhar Espacial, estudantes ligados a projetos astronômicos de todo o Brasil escolhem duas imagens que se destacaram na semana que passou. Esta semana, as escolhas foram feitas por estudantes de São José dos Quatro Marcos no Mato Grosso. Confiram:

Leviatã Cósmico

[ Créditos: ESA/Hubble e NASA, H. Ebeling ]

Maria Eduarda da Silva Santos de 12 anos e no 7° ano da Escola Estadual Deputado Bertoldo Freire, escolheu essa imagem que mostra um monstruoso aglomerado de galáxias registrado pelo Telescópio Espacial Hubble. A gravidade desse “Leviatã Cósmico” provoca uma visível deformação no espaço-tempo, conforme foi previsto por Einstein em sua Teoria da Relatividade Geral. O efeito, chamado de lente gravitacional, pode ser percebido pelas formas distorcidas presentes em torno do centro da imagem. O aglomerado, chamado de  eMACS J1823.1+7822 está localizado a vários bilhões de anos-luz de distância, na direção da Constelação do Dragão.

Original em: https://pbs.twimg.com/media/Fvl0zPUWIAMeSXW?format=jpg&name=4096×4096 

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O Céu dos Beduínos

[ Créditos: Amr Abdulwahab ]

Arthur Siani de Almeida de 15 anos e aluno do 1° Ano do Ensino Médio na Escola Coopeq Objetivo, escolheu essa belíssima composição que mostra um fantástico céu estrelado sobre o Deserto Branco, no Egito. A imagem obtida por um experiente astrofotógrafo, é uma composição de centenas de fotos feitas do mesmo local, em três noites distintas, mostrando a paisagem desértica suavemente iluminada pela Lua e a região central da Via Láctea, com suas nuvens de poeira, gás e bilhões de estrelas. No centro da imagem, o astrônomo que planejou a expedição fotográfica, vestido com um tradicional traje utilizado pelos beduínos, povo de origem árabe que há séculos habita os desertos nessa parte do globo. As técnicas de astrofotografia utilizadas nessa imagem, mostram um céu bem colorido e iluminado que é possível enxergar a olho nu. Mas no deserto, sem a poluição luminosa das grandes cidades, o céu certamente deve ser estonteantemente belo e nada diferente do que viam os ancestrais beduínos quando apreciavam a noite séculos atrás.

Original em: https://apod.nasa.gov/apod/image/2305/DesertSky_Abdelwahab_2048.jpg 

Quem escolheu

A Maria Eduarda e o Artur são alguns dos vários estudantes que participam das atividades de divulgação da ciência oferecido pelo Observatório Horsehead em São José dos Quatro Marcos, no Mato Grosso. O observatório, construído e mantido pelo matemático e astrônomo amador Izaac Silva Leite, recebe alunos da rede básica de ensino do município para observação da Lua, planetas, galáxias e nebulosas, além de conhecer o museu de minerais, meteoritos e fósseis, colecionados por Izaac há mais de 20 anos. 

[ Izaac Silva Leite recebendo a visita de estudantes no Observatório Horsehead – Imagem: reprodução Facebook ]

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