Equipe de Elementos “realinhou o cérebro” para criar o filme, diz diretor de arte

Em uma entrevista exclusiva concedida ao Olhar Digital, o diretor de arte Don Shank e o supervisor de efeitos Stephen Marshall compartilharam detalhes fascinantes sobre o aguardado filme Elementos, da Disney e Pixar. A produção promete encantar e cativar o público com uma narrativa envolvente e uma estética visual deslumbrante.

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Com estreia marcada para o dia 15 de junho, Elementos se passa em uma cidade onde habitantes de fogo, água, terra e ar convivem harmoniosamente. Nesse cenário intrigante, uma jovem mulher flamejante e um rapaz que vive seguindo o fluxo acabam se unindo de forma inesperada, descobrindo algo surpreendente: a quantidade de semelhanças que possuem.

Durante a entrevista, foram compartilhadas várias informações interessantes sobre os desafios e aspectos únicos do filme.

Stephen Marshall expressou sua reação inicial ao conceito dos elementos ganhando vida, enfatizando os desafios significativos que enfrentaram na criação de personagens que sejam elementos expressivos.

Eu olho para isso do ponto de vista dos efeitos e penso em todos os desafios que temos que resolver quando vamos tentar criar personagens expressivos, [mas] que não pareçam assustadores.

Stephen Marshall, supervisor de efeitos de Elementos

Ele também comentou sobre tornar um personagem expressivo: “Tornar um personagem expressivo, capaz de transmitir sutileza e emoção, sabíamos que seria um grande desafio, e foi isso que me atraiu nesse projeto.”

Ao ser questionado se Elementos é o filme mais desafiador da Pixar até hoje — algo que a produtora do filme Denise Ream afirmou em entrevista ao Olhar Digital em dezembro —, Marshall concordou, destacando a necessidade de reformular a abordagem aos efeitos e colaborar com outros departamentos.

Imagem: Disney e Pixar

Ele explicou: “Quer dizer, no início foi desafiador em muitos aspectos diferentes. Tivemos que repensar a forma como lidamos com os efeitos. Tivemos que trabalhar em parceria com departamentos com os quais normalmente não trabalhamos, como o departamento de personagens e animação.”

Além disso, Marshall refletiu sobre como estamos acostumados com efeitos. “Acho que nossa zona de conforto são grandes efeitos, você sabe, como destruição, como explosões, inundações, coisas assim. É como estamos acostumados. Mas neste, é como se tivéssemos que criar efeitos. Quase tivemos que realinhar nosso cérebro.”

Ele também mencionou os desafios de projetar personagens e usar a tecnologia para um grande número de cenas:

Tínhamos mais de 1600 cenas no filme e como usar nossa tecnologia para todos os personagens era outra grande questão. Houve tantos desafios que tivemos que superar neste projeto.

Stephen Marshall

Imagem: Disney e Pixar

Don Shank, supervisor de efeitos de Elementos, compartilhou sua empolgação com o conceito dos elementos ganhando vida e sua inspiração em desenhos animados como Os Flintstones. Ele afirmou: “Bem, sim. Fiquei muito animado porque parecia repleto de oportunidades para fazer essas traduções divertidas de coisas que conhecemos para algo que se torna elementalizado.”

Apesar da empolgação, Shank concordou que os desafios de desenvolver o filme foram tremendos.

Foi a coisa mais desafiadora que já fiz e acredito que a maioria das pessoas que trabalharam nisso também se sentiram assim. Tudo no filme teve que ser inventado e transformado. Em determinado momento, você se via sem ideias.

Don Shank, supervisor de efeitos de Elementos

Ele também mencionou as complexidades de projetar personagens que se encaixassem em seus respectivos elementos e manter a consistência entre as quatro culturas elementais. Além disso, encontrar o equilíbrio certo de efeitos e coesão visual representou outro desafio significativo.

Imagem: Disney e Pixar

Ao ser questionado sobre as referências usadas para desenvolver as culturas dos quatro personagens elementais, Don Shank explicou a necessidade de linguagens de formas distintas e elementos de design para cada grupo.

A dificuldade de transmitir o fluxo e o movimento dos personagens associados ao fogo, água e ar, ao mesmo tempo em que garantia que os personagens terrestres parecessem sólidos. Eles experimentaram diversos elementos de design para representar o meio de cada elemento, eventualmente optando por grânulos de terra para os personagens terrestres.

Don Shank

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