Estudo de enterros romanos revela tragédia familiar

Alguns dos antigos romanos derramavam gesso sobre os corpos de entes queridos após eles morrerem. Ao tentar investigar o porque eles faziam isso, um grupo de arqueólogos descobriu uma tragédia familiar.

Neste tipo de enterro, o gesso, que já era usado pelos romanos para fazer o famoso concreto, é jogado no caixão ainda líquido sobre o corpo. Quando endurece, cria um molde que preserva a mesma forma, tamanho e posição de quando a pessoa foi enterrada.

Esses enterros romanos foram encontrados em diversas partes da Europa e no norte da África. Apenas no Reino Unido, cerca de 45 de enterros utilizando dessa prática funerária que datam do período romano no país foram documentados.

Assim, os arqueólogos fizeram análises em 16 enterros utilizando gesso que estavam no Museu de Yorkshire, na Inglaterra, e a digitalização 3D deles revelou algo até que comovente. Geralmente, em cada caixão coberto de gesso contém apenas uma pessoa mas em um dos utilizados no estudo existia uma família formada por dois adultos e uma criança que morreram ao mesmo tempo. 

As imagens em 3D nos permitem testemunhar uma comovente tragédia familiar quase 2.000 anos após sua ocorrência, lembrando-nos não apenas da fragilidade da vida na antiguidade, mas também do cuidado investido no enterro desse grupo de pessoas

Maureen Carroll, arqueóloga, em comunicado

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Molde da morte

O contorno dos corpos podiam ser vistos a olho nu, mas apenas a digitalização 3D permitiu estabelecer a relação dos corpos entre si e ver como eles foram vestidos e embrulhados.

Agora, os pesquisadores esperam fazer novas analises para determinar idade, sexo, dieta e até origem geográfica das pessoas que forma enterradas. Embora não se saiba o que levava os romanos a tais práticas, elas auxiliam os arqueólogos a saber características de cada indivíduo, como suas roupas.

As análises 3D possibilitam revelar detalhes invisíveis ao olho nu dos enterros, e até mesmo criar versões digitais interativas deles e de outros artefatos antigos, possibilitando uma janela única para o passado.

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