Submarino desaparecido: oxigênio pode estar acabando, segundo autoridades

O tempo está se esgotando para as equipes que procuram o submarino que desapareceu no Atlântico Norte numa expedição de cinco pessoas para explorar os restos do Titanic. E o oxigênio para quem está na embarcação também.

Para quem tem pressa:

O submarino que sumiu perto dos restos do Titanic tem até 41 horas de oxigênio, informou a Guarda Costeira nesta terça-feira (20);A embarcação sumiu no último domingo (18) numa expedição de cinco pessoas para explorar os restos do navio naufragado;“Os esforços de busca não produziram resultado”, disse o capitão Jamie Frederick, coordenador de resposta da Guarda Costeira na busca pelo submarino chamado Titan;O mar agitado e a neblina têm complicado as buscas até agora, disse o suboficial Robert Simpson, porta-voz do Primeiro Distrito da Guarda Costeira;Outro fator que dificulta é a distância até a própria área de busca, que fica a cerca de 1,4 mil quilômetros a leste de Boston;As autoridades não informaram quando os trabalhos de busca e resgate passarão para uma operação de recuperação;Também não está claro qual é o plano para quando – e se – o submersível for encontrado.

Os quatro turistas e o piloto, Stockton Rush, CEO da OceanGate – empresa que opera a embarcação em águas profundas – têm até 41 horas de oxigênio de emergência, informou a Guarda Costeira nesta terça-feira (20). A estimativa é que ele se esgote na manhã nesta quinta-feira (22).

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“Os esforços de busca não produziram resultado”, disse o capitão Jamie Frederick, coordenador de resposta da Guarda Costeira na busca pelo submarino chamado Titan.

Ele acrescentou que as equipes dos EUA e do Canadá estão trabalhando 24 horas por dia para apoiar esse complexo esforço de busca, reunindo uma frota de navios e aeronaves para vasculhar uma área de busca em que caberia o Distrito Federal duas vezes.

Buscas pelo submarino

(Imagem: OceanGate Expeditions/AFP)

O mar agitado e a neblina têm complicado as buscas até agora, disse o suboficial Robert Simpson, porta-voz do Primeiro Distrito da Guarda Costeira, que está liderando os trabalhos. Outro fator que dificulta é a distância até a própria área de busca, que fica a cerca de 1,4 mil quilômetros a leste de Boston (aproximadamente a distância entre São Paulo e Vitória da Conquista, na Bahia).

Simpson e outros oficiais de defesa se recusaram a dizer quando os trabalhos de busca e resgate passarão para uma operação de recuperação e se os militares continuarão procurando a embarcação além do ponto em que determinarem que o oxigênio acabou.

Também não está claro qual é o plano para quando – e se – o submersível for encontrado. “Se o submarino for localizado, cabe aos especialistas nos dizer os próximos passos para salvamento e recuperação. No momento, nosso esforço está na busca”, disse o capitão Frederick.

Possibilidades

Existem poucas opções viáveis ​​para levantar o submarino se ele estiver no fundo do oceano. Muitas embarcações não tripuladas não podem descer nas profundidades necessárias para tal recuperação.

A Marinha dos EUA utiliza o Curv-21, um veículo operado remotamente que pode trabalhar até seis quilômetros debaixo d’água, que participou da recuperação de um caça F-35 perdido no Mar da China Meridional em 2022.

No entanto, o Curv-21 precisa de navios especializados para erguê-lo na água e puxá-lo de volta, junto a qualquer material que ele rebocar. A Marinha tem apenas um punhado desses rebocadores oceânicos da frota e desativou um desses navios que operava no Atlântico, o USNS Apache, em agosto de 2022.

O que se sabe sobre o sumiço do submarino

(Imagem: Reprodução/redes sociais)

O submarino Titan perdeu contato 1 hora e 45 minutos após o mergulho, com estimativa de 96 horas de suporte de vida.

A expedição turística estava prevista para durar oito dias. No submarino, estão a abordo:

Shahzada Dawood, empresário paquistanês; Sulamen Dawood, filho dele; Hamish Harding, empresário britânico bilionário;Paul Henry Nargeolet, maior especialista no naufrágio do Titanic;Stockton Rush, CEO da OceanGate, empresa responsável pelo passeio.

Propriedade da empresa OceanGate, o submarino é considerado “o mais leve e mais econômico para mobilizar do que qualquer outro submersível de mergulho profundo”.

O veículo marítimo é projetado para levar cinco pessoas (um piloto e quatro passageiros) em uma profundidade de até quatro quilômetros. No caso da embarcação desaparecida, o objetivo era localizar os destroços do Titanic, que estão a 3,8 quilômetros de profundidade.

Em seu site, a OceanGate diz que a expedição do Titanic serve para “conduzir pesquisas científicas e tecnológicas do naufrágio”, registrando as condições do acidente com fotos e vídeos e documentando a flora e a fauna que habitam o local onde estão os destroços.

Construído com fibra de carbono e titânio, o submersível Titan pesa 10,4 toneladas, tem capacidade de carga útil de 685 kg e tem 6,7 metros de comprimento, por 2,8 metros e 2,5 metros.

O veículo pode alcançar uma velocidade de 5,5 quilômetros por hora (o equivalente a três nós, o sistema de medição de velocidade utilizado em barcos), sendo movido por quatro propulsores elétricos.

A embarcação ainda conta com um suporte de vida de até 96 horas para uma tripulação de cinco pessoas, o que deixa curto o tempo restante para resgate dos desaparecidos.

Com informações do The Washington Post e The New York Times

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