IA: lei da UE é criticada em carta aberta por mercado tech

Executivos de diversas empresas do mercado tech assinaram uma carta aberta enviada ao Parlamento Europeu apontando falhas na nova lei da União Europeia para a inteligência Artificial (IA). O documento foi assinado por mais de 160 executivos de empresas que vão da Renault à Meta

O que você precisa saber: 

A Europa aprovou em maio um projeto que regula e torna mais rígidas as regras sobre o uso de ferramentas de inteligência artificial como o ChatGPT, a chamada Lei da IA da UE; O rascunho da proposta, que está em fase final, incluiu em junho mais restrições — o Parlamento votou para incluir a proibição do uso da tecnologia em vigilância biométrica; Além disso, sistemas como o ChatGPT teriam que divulgar conteúdo gerado por IA, ajudar a distinguir as chamadas imagens deepfakes das reais e garantir salvaguardas contra conteúdo ilegal; As emendas à lei histórica, proposta pela Comissão da UE, tem como objetivo proteger os cidadãos dos perigos da tecnologia, contudo, podem criar um conflito com países do bloco econômico que se opõem à proibição total do uso de IA na vigilância biométrica — entre outros apontamentos; A carta aberta foi organizada por Cedric O, ex-ministro digital da França, Jeannette zu Fürstenberg, sócia fundadora da La Famiglia VC, e René Obermann, presidente da Airbus. 

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De acordo com a carta, a proposta de legislação de IA da UE colocaria em risco a competitividade e a soberania tecnológica da Europa. Conforme o documento, tecnologias como IA generativa se tornariam fortemente regulamentadas com a lei da UE e as empresas que desenvolvessem tais sistemas enfrentariam altos custos de conformidade e riscos de responsabilidade desproporcionais. 

Tal regulamentação pode levar empresas altamente inovadoras a transferir suas atividades para o exterior e investidores retirarem seu capital do desenvolvimento da IA europeia em geral.

Entre os especialistas do mercado de tecnologia que assinaram seu nome no documento está Yann LeCun, cientista da computação da Meta. A Renault também marcou presença na carta, além de um quadro diversificado de empresas como Cellnex, Mirakl e o banco alemão de investimentos Berenberg.  

Estamos visando principalmente a versão do Parlamento Europeu porque eles decidiram passar de uma abordagem baseada em risco para uma abordagem baseada em tecnologia, que não estava no texto inicial.

Cedric O, ex-ministro digital da França e um dos três organizadores da carta, à Reuters. 

À Reuters, Dragos Tudorache, que coliderou a redação das propostas da UE, respondeu à chegada da carta dizendo que “eles não leram o texto com atenção, mas reagiram ao estímulo de alguns que têm interesse neste tópico”. Ele acrescentou que as sugestões feitas no documento já estão no projeto de lei. 

Vale lembrar que essa não é a primeira vez que debates sobre a IA resultam em carta. Desde a chegada do ChatGPT, várias cartas abertas foram emitidas pedindo pausas no avanço, regulamentação equilibrada e ainda apontando para o “risco de extinção” em massa por uso indevido da inteligência artificial.  

Com informações da Reuters

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