Ainda perdemos muito tempo com problemas de computador, diz estudo

Nossos computadores estão melhores do que eram 15 anos atrás. Mas eles ainda funcionam mal em até 20% do tempo. É o que concluiu um novo estudo das universidades de Copenhague e Roskilde – ambas da Dinamarca.

Para quem tem pressa:

Apesar dos computadores serem melhores atualmente do que eram 15 anos atrás, eles ainda dão problema que nos custam tempo, aponta estudo;Em média, perdemos de 11% a 20% do nosso tempo na frente de computadores por conta de problemas neles;Os pesquisadores consideram que repensar os sistemas e envolver mais os usuários no desenvolvimento poderia melhorar esse cenário;A pesquisa foi realizada por professores das universidades de Copenhague e Roskilde, ambas da Dinamarca.

Os pesquisadores por trás do estudo consideram, portanto, que há grandes ganhos a serem alcançados para a sociedade, repensando os sistemas e envolvendo mais os usuários em seu desenvolvimento.

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Problemas de computador

(Imagem: Mikhail Nilo/Pexels)

Uma bola de praia girando sem parar, um programa que trava sem salvar dados ou sistemas que exigem procedimentos ilógicos ou simplesmente não funcionam.

Infelizmente, lutar com computadores ainda é uma situação familiar para a maioria de nós. Arrancar os cabelos por causa de computadores que não funcionam continua sendo muito comum entre os usuários, de acordo com uma nova pesquisa dinamarquesa.

Em média, perdemos de 11% a 20% do nosso tempo na frente de nossos computadores em sistemas que não funcionam ou são tão difíceis de entender que não conseguimos realizar a tarefa que queremos. E isso está longe de ser bom o suficiente, diz o professor Kasper Hornbæk, um dos pesquisadores por trás do estudo.

É incrível que o número seja tão alto. No entanto, a maioria das pessoas sente frustração ao usar computadores e pode contar uma história de terror sobre uma importante apresentação do PowerPoint que não foi salva ou um sistema que travou em um momento crítico.

Kasper Hornbæk, professor e um dos pesquisadores por trás do estudo

O professor também apontou como parte do problema as “pessoas comuns” não estarem envolvidas o suficiente no desenvolvimento dos sistemas.

Já o professor Morten Hertzum, o outro pesquisador por trás do estudo, enfatizou que a maioria das frustrações ocorre em relação ao desempenho de tarefas completamente comuns.

As frustrações não se devem ao fato de as pessoas usarem seus computadores para algo altamente avançado, mas porque elas têm problemas no desempenho de tarefas cotidianas. Isso facilita o envolvimento dos usuários na identificação de problemas. Mas também significa que problemas que não são identificados e resolvidos provavelmente frustrará um grande número de usuários.

Morten Hertzum, professor e um dos pesquisadores por trás do estudo

Como o estudo foi feito

(Imagem: nappy/Pexels)

Para examinar essa questão, os pesquisadores contaram com a ajuda de 234 participantes que passam entre seis e oito horas na frente de um computador no dia a dia.

Durante uma hora, os pesquisadores instruíram os participantes a relatar as situações em que o computador não funcionava corretamente ou em que os participantes se sentiam frustrados por não conseguirem realizar a tarefa que desejavam.

Os problemas mais frequentemente experimentados pelos participantes incluíram:

“O sistema estava lento”;“O sistema congelou temporariamente”;“O sistema travou”;“É difícil encontrar as coisas”.

Os participantes tinham experiência como estudante, contador e consultor. Mas vários deles realmente trabalhavam com TI (Tecnologia da Informação).

Vários participantes da pesquisa eram profissionais de TI, enquanto a maioria dos outros participantes eram usuários de TI e computadores altamente competentes. No entanto, eles encontraram esses problemas, e isso envolve algumas funções fundamentais.

Kasper Hornbæk, professor e um dos pesquisadores por trás do estudo

Os participantes da pesquisa também responderam que 84% dos episódios já haviam ocorrido antes e que 87% dos episódios poderiam acontecer novamente.

De acordo com Kasper Hornbæk, estamos enfrentando hoje os mesmos problemas fundamentais de 15 a 20 anos atrás. “As duas maiores categorias de problemas ainda são sobre desempenho insuficiente e falta de facilidade de uso”, disse.

Computador no trabalho

(Imagem: Startup Stock Photos/Pexels)

De acordo com a Statistics Denmark, 88% dos dinamarqueses usaram computadores, laptops, smartphones, tablets ou outros dispositivos móveis no trabalho em 2018.

Nesse contexto, o novo estudo indica que meio a um dia inteiro de uma semana normal de trabalho pode ser desperdiçado em problemas do computador.

Há muita perda de produtividade nos locais de trabalho em toda a Dinamarca porque as pessoas não conseguem realizar seu trabalho normal porque o computador não está funcionando como deveria. Isso também causa muitas frustrações para o usuário individual.

Kasper Hornbæk, professor e um dos pesquisadores por trás do estudo

Isso significa que há grandes benefícios a serem obtidos para a sociedade se tivermos menos problemas na frente de nossos computadores.

Soluções possíveis

(Imagem: Kristin Hardwick/Negative Space)

Segundo Kasper Hornbæk, os ganhos podem, por exemplo, ser alcançados se mais recursos forem investidos em repensar como as falhas nos são apresentadas no computador.

Ao mesmo tempo, os desenvolvedores de TI devem envolver ainda mais os usuários ao projetar os sistemas para torná-los tão fáceis de usar – e entender – quanto possível. Isso porque, de acordo com o pesquisador, não existem usuários de TI ruins, apenas sistemas ruins.

Quando estamos todos cercados por sistemas de TI que maldizemos, é muito saudável constatar que provavelmente não são os usuários que são o problema, mas aqueles que fazem os sistemas.

Kasper Hornbæk, professor e um dos pesquisadores por trás do estudo

Ainda segundo o professor, o estudo mostra claramente que ainda há muito espaço para melhoria. “Esperamos que ele possa criar mais foco em tornar os sistemas mais fáceis de usar no futuro”, concluiu.

Com informações da Universidade de Copenhague

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