IA pode identificar problemas no coração, aponta estudo

Um estudo realizado por cientistas da Universidade Metropolitana de Osaka, no Japão, revelou que a inteligência artificial (IA) pode classificar as funções cardíacas e identificar doenças com precisão sem precedentes. Os resultados foram publicados na revista científica The Lancet Digital Health.

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IA identifica os problemas com precisão

A equipe de pesquisadores desenvolveu um modelo que utiliza IA para classificar com precisão as funções cardíacas e doenças cardíacas valvares a partir de radiografias de tórax. Como a tecnologia é comumente treinada em um único conjunto de dados, acaba resultando em uma baixa precisão.Por isso, os cientistas buscaram dados multi-institucionais.Assim, foram coletadas 22.551 radiografias de tórax associadas a 22.551 ecocardiogramas de 16.946 pacientes entre 2013 e 2021.

Modelo foi treinado a cruzar dados

A equipe considerou que, se a função cardíaca e a doença cardíaca valvar, uma das causas de insuficiência cardíaca, pudessem ser determinadas a partir de radiografias de tórax, esse teste poderia servir como um suplemento à ecocardiografia.Com as radiografias definidas como dados de entrada e os ecocardiogramas definidos como dados de saída, o modelo de IA foi então treinado para aprender características conectando ambos os conjuntos de dados.O modelo de inteligência artificial foi capaz de categorizar precisamente seis tipos selecionados de valvopatias, com a Área sob a Curva, ou AUC, variando de 0,83 a 0,92. O AUC é um índice de classificação que indica a capacidade de um modelo de IA e usa um intervalo de valores de 0 a 1 (quanto mais próximo de 1, melhor.) “Levamos muito tempo para chegar a esses resultados, mas acredito que essa é uma pesquisa significativa. Além de melhorar a eficiência dos diagnósticos dos médicos, o sistema também pode ser usado em áreas onde não há especialistas, em emergências noturnas e para pacientes que têm dificuldade de fazer ecocardiografia”, destacou o líder da pesquisa Dr. Daiju Ueda, do Departamento de Radiologia Diagnóstica e Intervencionista da Escola de Pós-Graduação de Medicina da Universidade Metropolitana de Osaka.

Uso da IA na área da saúde

O estudo realizado pelos pesquisadores japoneses é mais um exemplo de como a inteligência artificial pode ser utilizada na área da saúde.Recentemente, a secretária de Saúde Digital do Ministério da Saúde, Ana Estela Haddad, afirmou que a pasta está estudando formas de incorporar (IA) a serviços públicos de saúde, como no Sistema Único de Saúde (SUS). Para uma possível implementação, porém, a tecnologia precisa de uma legislação regulatória.A secretária afirmou que a pasta também está acompanhando a tramitação do PL de regulamentação da inteligência artificial, além de analisar os impactos das aplicações na área da saúde.O projeto de lei 2338/23, que está em tramitação no Senado desde o início deste maio e ainda sem previsão para ser votado, pretende regulamentar o uso de IA no Brasil no que diz respeito à segurança dos dados dos usuários. Na China e nos Estados Unidos, a IA já está sendo utilizada como apoio médico na predição de riscos, análise de dados de pacientes e até atendimento.A Organização Mundial da Saúde (OMS), porém, tem ressalvas ao uso da tecnologia. O órgão está preocupado com o rápido avanço da IA e, em comunicado, pediu cautela na adoção, que deve “proteger e prometer bem-estar humano, segurança e autonomia” acima de tudo.Leia mais sobre o assunto aqui.

Com informações da Medical Xpress.

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