Aplicativo usa “som 3D” para guiar cegos em grandes cidades

Um aplicativo que ajuda pessoas com deficiência visual a se locomoverem em grandes cidades está sendo desenvolvido por uma startup da França. A tecnologia usa rastreamento via GPS de alta precisão e “som 3D” espacial.

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Uma dupla de jovens estudantes de engenharia franceses está desenvolvendo um aplicativo de navegação de realidade aumentada que identifica a rota mais prática e usa o “som espacial”, também conhecido como som 3D, para guiar pessoas com algum grau de deficiência visual na direção certa. “Estamos tentando fazer algo muito simples, onde você obtém o som 3D da direção correta. Você vira na direção de onde o som está vindo e então está pronto para ir”, conta o cofundador e CEO da SonarVision, Nathan Daix.

O aplicativo está atualmente em fase de testes e o objetivo é disponibilizá-lo ainda em 2023. O protótipo funciona em Paris, mas, segundo a startup, pode “muito facilmente” ser implantado em outras grandes capitais europeias.

(Imagem: SonarVision)

Aplicativo conta com alta precisão

O projeto acabou de ser selecionado para receber financiamento e terá uma vaga na Estação F, o maior campus do mundo para startups, localizado em Paris.Apesar da existência de aplicativos que auxiliam na localização, como o Google Maps e o Apple Maps, eles não foram projetados para quem tem necessidades especiais e são difíceis de usar com leitores de tela, afirmam os responsáveis pela SonarVision.“O GPS nas cidades pode ser em bons momentos em torno de 4 a 5 metros de precisão. Mas nos piores momentos, que é pelo menos 30% das vezes, você tem uma imprecisão de mais de 10 metros. Isso significa que o GPS dirá que você chegou ao seu ponto de ônibus, mas na verdade está do outro lado da rua, e você ainda precisa descobrir uma maneira de chegar ao seu ponto de ônibus real e você não tem ideia de onde ele está”, afirmou Daix.Para resolver o problema da baixa precisão, o aplicativo da SonarVision usa a câmera do telefone para escanear edifícios usando a tecnologia de realidade aumentada e os compara com o banco de dados da Apple de edifícios digitalizados para uma determinada cidade.“Isso nos permite rastrear geograficamente com precisão de 20 centímetros a um metro”, destacou Daix.Segundo ele, a tecnologia ainda garante que o usuário se mantenha em travessias e calçadas, evitando, sempre que possível, escadas e áreas de construção.Para que a tecnologia funcione, tudo o que o usuário precisa é de um fone de ouvido e um iPhone com uma câmera apontada para a estrada.No futuro, a ideia é que a câmera possa fazer parte dos óculos de realidade aumentada para maior conveniência.No entanto, o aplicativo não faz nenhuma detecção de obstáculos em tempo real e é projetado apenas para ser um “complemento” para uma bengala branca, um cão-guia ou outros dispositivos que pessoas com deficiência visual usam para se locomover.

Com informações de Euro News.

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