Autópsia de baleia é abandonada por risco de explosão; entenda

O risco de uma explosão paralisou uma autópsia de uma baleia na Irlanda. O caso aconteceu no dia 9 de julho, na região de Baile Uí Chuill Strand, no condado de Kerry. Especialistas do Grupo de Golfinhos e Baleias começaram o procedimento, mas desistiram após ouvirem barulhos vindo de dentro do cadáver do animal.

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Por que explosões podem acontecer?

Com base no nível de decomposição, estima-se que a baleia-comum, cujo nome científico é Balaenoptera physalus, estivesse morta há três semanas quando apareceu na orla da praia.O animal tinha 19 metros.“Peguei óleo de baleia, barbatanas e pele. Ia tentar coletar um pouco de músculo, mas ouvi alguns barulhos e fiquei tipo: isso vai explodir na minha cara se eu for mais a fundo”, afirmou Stephanie Levesque, uma das especialistas envolvidas na autópsia.Ela explicou que quando uma baleia morre, o intestino do animal fica cheio de gás metano, o que pode inflar os cadáveres e fazer com que eles flutuem pela superfície do oceano. Quando misturado com oxigênio e em altas concentrações, o metano pode causar a explosão das baleias, tanto espontaneamente com o aumento da pressão quanto com a abertura ou corte dos resquícios desses animais.Após um período, ficou claro, no entanto, que era improvável que a baleia explodisse.Por isso, ela foi deixada para se decompor naturalmente e a necropsia foi abandonada por precaução para garantir que a cavidade do corpo permanecesse intacta.

Cadáver de baleia de 19 metros foi encontrado na Irlanda (Imagem: divulgação/Valerie O’Sullivan)

Baleia-comum: risco de extinção

Essa espécie é considerada o segundo maior mamífero da Terra e pode ter até 25 metros, apesar de haver casos de espécimes de mais de 27 metrosAtualmente, existem mais de 100 mil baleias-comuns e a espécie corre risco de extinção devido à mudança climática, à poluição plástica e ao aumento da pesca de krills, pequenos animais marinhos parecidos com camarões que são a principal fonte de alimentos da baleia.

Detonação preventiva

Em alguns casos, quando as baleias aparecem na costa, especialistas em vida selvagem detonam os cadáveres cheios de gás para impedir que eles se decomponham lentamente, liberando mau cheiro que pode afastar possíveis visitantes ao local. Foi o que aconteceu no estado de Oregon, nos Estados Unidos, em 1970, quando uma cachalote de 14 metros foi explodida com dinamite, obliterando seus resquícios.Em 2013, entretanto, um biólogo marinho nas Ilhas Faroé conseguiu escapar com vida após um cadáver de cachalote explodir violentamente quando o cientista cortou seu estômago.Já em 2019, uma baleia não identificada explodiu espontaneamente na superfície do mar na costa da Califórnia, nos Estados Unidos, lançando sangue e vísceras na água.

Com informações de Revista Galileu.

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