Rússia amplia proibição sobre uso de dispositivos da Apple
A Rússia decidiu expandir a sua proibição sobre funcionários do governo usando dispositivos da Apple para fins de trabalho, segundo relatou o Financial Times. A medida, que já alcançava algumas agências, agora também vale para o Ministério do Comércio e inclui não apenas iPhones, mas todos os produtos da big tech. Regra já entra em vigor nesta segunda-feira (17).
O que você precisa saber:
Outras agências, incluindo o ministério de telecomunicações e mídia de massa da Rússia, já possuem mandatos semelhantes — outras pastas planejam começar aplicar a medida em breve; Os funcionários podem continuar usando os dispositivos para uso pessoal desde que não abram correspondência de trabalho neles; A proibição ocorre após o Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) afirmar que descobriu uma “operação de espionagem das agências de inteligência dos EUA” envolvendo dispositivos da Apple.
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Conforme mencionado, essa não é a primeira medida contra dispositivos Apple que a Rússia aplica. Em março deste ano, o país também proibiu todos os funcionários envolvidos na eleição presidencial de 2024 de usar iPhones.
No caso da investigação da FSB, o órgão afirmou que, em colaboração com a Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA), milhares de iPhones russos foram “infectados” com software de monitoramento. Apesar da acusação, a FSB não divulgou evidências.
Na época, a Apple negou a acusação dos russos dizendo que “nunca trabalhamos com nenhum governo para inserir backdoor em nenhum produto da Apple e nunca trabalharemos”. A NSA não quis comentar o caso.
Vale lembrar que, após a invasão na Ucrânia pela Rússia em fevereiro passado, a Apple decidiu cortar alguns dos seus serviços no país como forma de apoio aos ucranianos. Ela também interrompeu todas as vendas de seus produtos na Rússia.
A medida de proibição também reflete o desejo do governo da Rússia de diminuir sua dependência de tecnologia estrangeira, o que pode ser percebido em seus mais recentes decretos.
Com informações do FT e Engadget
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