Ócio e layoffs: o cenário atual das fábricas de carros no Brasil

Com o fim do programa do governo para incentivar vendas de carros populares 0 km, sete fabricantes decidiram reduzir ainda mais o ritmo da produção. A Volkswagen, por exemplo, é a marca com mais trabalhadores afastados – quase seis mil.

Para quem tem pressa:

Sete fábricas de carros, caminhões e ônibus estão paradas ou com produção reduzida;Medida é reflexo dos estoques altos e vendas crescendo menos do que o esperado;Volkswagen é a marca com mais trabalhadores afastados – quase seis mil;Chevrolet, Mercedes-Benz, Renault e Scania também estão com algum tipo de restrição nas operações.

Além disso, a montadora alemã anunciou, na segunda-feira (17), a suspensão do contrato de 800 trabalhadores e a paralisação na produção da fábrica de Taubaté (SP). Chevrolet, Mercedes-Benz, Renault e Scania também estão com algum tipo de restrição nas operações.

Leia mais:

Placas de veículos no Brasil podem ter uma pequena mudança; entendaEntenda como a reforma tributária pode impactar o preço dos carros no Brasil5 carros usados que são bons e custam até R$ 50 milPor que os carros são tão caros no Brasil?

As informações são de um levantamento realizado pelo Autoesporte.

Cenários das montadoras no país

(Imagem: Rebecca Cook/Reuters)

Além de aumentar as vendas e esvaziar os pátios, o programa de incentivo à indústria automotiva teve como objetivo diminuir a ociosidade das fábricas. Segundo o vice-presidente e ministro da indústria Geraldo Alckmin, essa ociosidade beirava os 50%.

No caso da Volkswagen, a montadora também está com as fábricas de São Bernardo do Campo (SP) e São José dos Pinhais (PR) operando parcialmente.

Confira abaixo a situação de cada empresa:

Chevrolet

Fábricas com paralisação ou operação reduzida: São José dos Campos (SP);Trabalhadores afetados: 1,2 mil.

Desde 3 de julho, 1,2 mil trabalhadores da fábrica de São José dos Campos (SP), responsável pela produção da S10 e Traiblazer, estão afastados.

A fabricante decidiu colocar os funcionários em layoff por até dez meses e reduzir a operação no local para apenas um turno.

Segundo a GM, dona da Chevrolet, o motivo do layoff é a queda nas vendas de veículos.

Mercedes-Benz

Fábricas com paralisação ou operação reduzida: São Bernardo do Campo (SP);Trabalhadores afetados: 1,2 mil.

A fábrica de caminhões e ônibus de São Bernardo do Campo, uma das mais antigas do país, está desde maio com layoff para 1,2 mil trabalhadores.

A previsão de retorno está entre dois e três meses. Com isso, o local funciona com apenas um turno.

(Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Renault

Fábricas com paralisação ou operação reduzida: São José dos Pinhais (PR);Trabalhadores afetados: 1 mil.

As fábricas de veículos, motores e injeção de alumínio da Renault estão com restrições na produção.

A linha de montagem de automóveis adotou layoff desde o último dia 3 de julho. Uma semana depois, em 10 de julho, a paralisação passou a valer nas outras unidades.

Os cerca de mil funcionários devem seguir em layoff de dois a três meses.

Scania

Fábricas com paralisação ou operação reduzida: São Bernardo do Campo (SP);Trabalhadores afetados: 3 mil.

Vizinha da Mercedes-Benz, a Scania paralisou totalmente a produção no ABC Paulista por dez dias desde o último dia 10 de julho.

Com isso, três mil funcionários foram colocados de férias coletivas. A volta ao trabalho está prevista para esta quinta-feira (20).

(Imagem: José Cruz/Agência Brasil)

Volkswagen

Fábricas com paralisação ou operação reduzida: São Bernardo do Campo (SP), São José dos Pinhais (PR) e Taubaté (SP);Trabalhadores afetados: pelo menos 5,7 mil.

A Volkswagen foi a segunda empresa que mais pediu créditos no programa dos carros populares.

Ainda assim, a marca alemã está com três das quatro fábricas no Brasil paradas. Apenas a unidade de motores de São Carlos (SP) opera normalmente.

Em São Bernardo, a primeira unidade da Volks fora da Alemanha e maior fábrica da empresa no Brasil, três mil funcionários estão de férias coletivas desde o último dia 10.

A expectativa é que o retorno aconteça nesta quinta-feira (20). No local, são produzidos os modelos Polo, Virtus, Nivus e Saveiro.

A unidade de Taubaté, que atualmente produz apenas o Polo Track, ficará parada por um período de dois a cinco meses. Com isso, 800 funcionários tiveram os contratos de trabalho suspensos.

Por fim, os dois turnos da fábrica de São José dos Pinhais (SP), de onde saem o T-Cross e o Audi Q3, estão parados.

O primeiro, com 1,9 mil trabalhadores, deve ser retomado nesta quinta-feira (20). O segundo, em layoff desde, junho será retomado em um período de dois a cinco meses.

Com informações de Autoesporte

Já assistiu aos novos vídeos no YouTube do Olhar Digital? Inscreva-se no canal!

O post Ócio e layoffs: o cenário atual das fábricas de carros no Brasil apareceu primeiro em Olhar Digital.

 

Você pode gostar...

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *