Veja o que foi dito na primeira reunião da ONU sobre IA

O Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) realizou sua primeira reunião sobre inteligência artificial (IA) na terça-feira (18). Presidido por James Cleverly, secretário de Relações Exteriores da Grã-Bretanha, o encontro concordou sobre a necessidade da criação de um novo órgão da ONU “para apoiar os esforços coletivos e governar esta tecnologia extraordinária”. 

O que você precisa saber: 

Governos de todo o mundo tem discutido como mitigar os perigos da IA, que pode remodelar a economia global e mudar o cenário de segurança internacional;  Desde junho a ONU declara apoio a proposta que cria um órgão internacional de vigilância da IA, como a Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA);  A Grã-Bretanha detém a presidência rotativa do Conselho de Segurança da ONU em julho e busca um papel de liderança global na regulamentação da IA. 

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O que foi dito na reunião da ONU? 

A IA alterará fundamentalmente todos os aspectos da vida humana. Precisamos urgentemente moldar a governança global de tecnologias transformadoras porque a IA não conhece fronteiras. 

James Cleverly, secretário de Relações Exteriores da Grã-Bretanha. 

Cleverly acrescentou que a IA pode ajudar a enfrentar as mudanças climáticas e impulsionar as economias, mas alertou que a tecnologia alimenta a desinformação e pode ajudar atores estatais e não estatais na busca por armas. 

Para Antonio Guterres, secretário-geral da ONU, “aplicações militares e não militares de IA podem ter consequências muito sérias para a paz e a segurança globais”. 

Já o embaixador da China na ONU, Zhang Jun, descreveu a IA como uma “faca de dois gumes” e disse que Pequim também apoia um papel de coordenação central da ONU no estabelecimento de princípios orientadores para a IA. 

Se é bom ou ruim, bom ou mau, depende de como a humanidade o utiliza, regula e como equilibramos o desenvolvimento científico com a segurança. 

Zhang Jun, embaixador da China na ONU. 

Zhang pontuou que deve haver um foco nas pessoas e IA para regular o desenvolvimento e “evitar que essa tecnologia se torne um cavalo descontrolado”. 

O vice-embaixador dos EUA na ONU, Jeffrey DeLaurentis, também disse ser necessário que os países também trabalhem juntos em IA e outras tecnologias emergentes para enfrentar os riscos aos direitos humanos que ameaçam minar a paz e a segurança. 

Nenhum estado membro deve usar IA para censurar, restringir, reprimir ou enfraquecer as pessoas. 

A Rússia foi a única a questionar o debate, dizendo que “é necessário uma discussão profissional, científica e baseada em expertise que pode levar vários anos”, o que já vem sendo feito em plataformas especializadas, apontou o vice-embaixador da Rússia na ONU, Dmitry Polyanskiy. 

Um órgão da ONU para vigiar a IA 

Guterres declarou apoiou em junho a uma proposta de alguns executivos de inteligência artificial para a criação de um órgão internacional de vigilância da IA.   

O plano do secretário-geral é começar a trabalhar até o final do ano em um órgão consultivo de IA de alto nível para revisar regularmente os acordos de governança de IA e oferecer recomendações sobre como eles podem se alinhar com os direitos humanos, o estado de direito e o bem comum.  

Com informações da Reuters 

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