Satélite cairá sobre a Terra e cientistas aproveitam para fazer importante teste

A Agência Espacial Europeia (ESA) vai trazer de volta para a Terra o satélite Aeolus. A reentrada na atmosfera do nosso planeta está prevista para a próxima sexta-feira (28). Essa é a primeira de uma série de missões com o objetivo de recuperar, com segurança, equipamentos que estão à deriva no espaço.

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O Aeolus

O Aeolus orbita a Terra desde 2018, quando se tornou o primeiro satélite a medir os ventos do nosso planeta a partir do espaço. A missão sobreviveu muito além do planejado, que era de um ano, e foi finalmente encerrada depois de o combustível do Aeolus praticamente acabar, no início de julho de 2023. Desde então, ela vem caindo em direção à Terra. Nesta segunda-feira (24), o equipamento atingiu uma altitude de 280 quilômetros, permitindo que os cientistas da ESA iniciassem a missão de retorno.O objetivo é usar a pequena quantidade de combustível que a Aeolus ainda conta.“Você não encontra realmente exemplos disso na história dos voos espaciais. É a primeira vez, que temos conhecimento, que fazemos uma reentrada assistida como esta”, disse o chefe do Escritório de Detritos Espaciais da ESA, Holger Krag.

Inícios das operações de reentrada

A gerente de operações da ESA, Isabel Rojo Escude-Cofiner, explicou como a operação para trazer Aeolus para a Terra vai prosseguir.“Isso começará com um conjunto inicial de manobras que serão executadas na segunda-feira para reduzir a altitude de 280 km que o satélite deve ter até lá, para 250 km e colocá-la em uma órbita elíptica. Se tudo correr conforme o planejado, isso será seguido três dias depois por outro conjunto de manobras que pretende baixá-lo ainda mais de 250 km para150 km) de altitude”.Na sexta-feira, a nave realizará manobras para reduzir sua altitude para cerca de 100 km.Cinco horas depois, ela reentrará na atmosfera da Terra, e cairá sobre o Oceano Atlântico.

Operação de reentrada do satélite (Imagem: ESA)

Existem riscos

Segundo a Agência Espacial Europeia, o risco de colisão com outros equipamentos durante as manobras deve ser baixo. Ainda assim, se houver qualquer possibilidade disso acontecer, a operação deve ser suspensa.“Antes de fazermos qualquer tipo de manobra, tudo isso é levado em conta, e quaisquer riscos de conjunção são avaliados nesse momento. Então o desvio do plano é possível. Esse é um dos múltiplos desafios que vamos enfrentar”, observou Isabel Rojo Escude-Cofiner.Se houver algum tipo de falha , a Aeolus fará a reentrada de forma natural e não guiada.

Equipamento não será recuperado

Mesmo que a missão de retorno seja um sucesso, o satélite deve se desintegrar conforme se aproxima do solo.Os cientistas calculam que cerca de 80% do equipamento e seja completamente destruído. Os 20% restantes cairão no Oceano Atlântico, o que significa que não há planos para recuperar nenhum pedaço da Aeolus.Os acontecimentos serão estudados para ajudar na construção de bases para futuras missões que trarão outros equipamentos espaciais de volta à Terra com pouco risco para propriedades ou populações.

Com informações de Space.com.

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