Mega projeto pode fornecer energia limpa na África

Uma extensa rede elétrica construída em 12 países da África Subsaariana pode promover o crescimento do continente, além de reduzir significativamente as emissões de carbono. A proposta faz parte de um estudo desenvolvido por uma equipe de economistas e engenheiros da China, Turquia e Nigéria, e publicado na revista Scientific Reports.

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A rede proposta atravessaria partes do norte do continente de forma horizontal e depois seguiria para o sul perto da costa Leste. Os países incluídos seriam: África do Sul, Moçambique, Burundi, Tanzânia, Quênia, Uganda, Etiópia, Sudão, Chade, Nigéria, Níger e Mali.

Mapa com a proposta de rede elétrica africana (Imagem: Scientific Reports)

Falta de eletricidade: um problema histórico

Pesquisas sugerem que um dos fatores que impedem o desenvolvimento de muitos países da África é a falta de acesso à eletricidade. Atualmente, cerca de 620 milhões de africanos, o que equivale a dois terços da população do continente, não têm acesso à eletricidade, enquanto cerca de 730 milhões usam biomassa tradicional para cozinhar.Na região da África Subsaariana, composta por 46 dos 54 países da África, a capacidade de crescimento de eletricidade nos últimos 40 anos tem sido igual a metade da taxa de crescimento de outros países e regiões em desenvolvimento.Embora a população da África seja de 16,72% da população mundial, a participação do continente na geração de eletricidade global tem sido de cerca de 3% desde o início dos anos 2000. 

Energia limpa

A região subsaariana também é dependente de combustíveis fósseis, respondendo por cerca de 70% a 90% do suprimento de energia primária da região.Segundo o estudo, a implantação do novo sistema proposto reduziria as emissões de carbono do setor elétrico em 56,6% e 61,8% até 2030 e 2040, respectivamente.E ajudaria na missão global de atingir emissões líquidas zero até 2050 no setor elétrico.

Energia eólica

Com todos esses dados à disposição, os pesquisadores concluíram que a energia eólica seria a opção mais viável.Com base em simulações, eles descobriram que a demanda total de eletricidade para a rede seria de aproximadamente 700 TWh/ano para 2030 e 800 TWh/ano para 2040.O custo total de investimento seria de US$ 517 bilhões, quase R$ 2,5 trilhões, para o ano de 2030, e de US$ 533 bilhões para 2040.Segundo estudo, os valores são bem menores do que se fosse escolhida a energia solar fotovoltaica, por exemplo.

Energia eólica seria a opção mais viável para o mega projeto (Imagem: GeorgeVieiraSilva/Shutterstock)

Futuro da África

Os pesquisadores defendem que a simulação seja levada em consideração para a criação efetiva do sistema.E pedem que países como a China, que tem grande participação dentro da economia africana, financiem as obras.O estudo finaliza afirmando que a resolução do problema energético garantia um desenvolvimento mais veloz da África, e também um retorno sobre os investimentos externos, à medida que o comércio africano se tornaria mais pujante.

Com informações de Tech Xplore.

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