Calor extremo está matando corais e ameaçando vida marinha

O mês de julho de 2023 já é considerado o mais quente desde o início das medições de temperaturas na Terra. A onda de calor tem provocado mortes e incêndio florestais no Hemisfério Norte, além de aquecer as águas dos oceanos acima do normal. Esse aumento das temperaturas afeta a vida marinha, especialmente os recifes de corais, que podem morrer em função do calor excessivo.

Leia mais

ONU: aquecimento global deu lugar à fase de “fervura global”Calor extremo atual seria impossível sem ação do homem, diz estudoCalor extremo: água da costa da Flórida bate recorde mundial de alta temperatura

Trabalho de resgate

No arquipélago Florida Keys, no sul da Flórida, nos Estados Unidos, cientistas estão tentando resgatar diversas espécies de corais e encaminhar elas para laboratórios da região.A ideia é preservar esses organismos em tanques com água salgada e temperatura adequada, na tentativa de manter os corais vivos.O coordenador de tecnologia da ONG Coral Restoration Foundation, Alex Neufeld, explica que os corais sobrevivem entre temperaturas de 21 e 28,8°C. Se a água ultrapassa esse limite, os seres vivos expulsam as algas, chamadas de zooxantelas, que vivem em seus tecidos e que servem como fonte de alimentação, energia e coloração.Quando isso acontece, os corais perdem a coloração e ficam brancos, correndo risco de morte.No estreito da Flórida, as temperaturas já ultrapassaram os 32ºC, chegando ao recorde de 38,38 ºC na baía Manatee.“Corremos o risco de ver mortes em massa de peixes, tartarugas marinhas” e outras espécies”, destaca Neufeld.A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica destacou que essa é uma medida temporária, “para reabilitação e segurança”.“Nosso trabalho prático de restauração agora é tudo o que está entre esses animais e sua extinção”, afirma Jessica Levy, diretora de estratégia de restauração da Coral Restoration Foundation.

Corais estão sendo levados para laboratórios (Imagem: Administração Nacional Oceânica e Atmosférica)

Calor deve durar por mais alguns meses

A última vez que houve um grande branqueamento dos corais na região foi em 2014 e 2015.Na oportunidade, o fenômeno também foi causado pelo aumento das temperaturas.Mas dessa vez, os níveis estão mais altos e devem durar por um tempo maior.A previsão de especialistas é que o calor extremo possa continuar até setembro ou outubro no Atlântico Norte, o que traria grandes impactos à vida marinha.

Importância dos recifes de corais

O recife de corais da Flórida é um dos maiores do mundo e se estende por quase 600 quilômetros das Ilhas Dry Tortugas, 110 quilômetros a oeste de Keys, até St. Lucie Inlet, a quase 200 quilômetros ao norte de Miami.A estrutura é de extrema importância para o meio ambiente. Além de servir como habitat para inúmeros animais marinhos, ela desempenha um papel fundamental como uma das principais barreiras de proteção contra furacões e ressacas.

Com informações de The Verge.

Já assistiu aos novos vídeos no YouTube do Olhar Digital? Inscreva-se no canal!

O post Calor extremo está matando corais e ameaçando vida marinha apareceu primeiro em Olhar Digital.

 

Você pode gostar...

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *