Grupo de hackers desenvolve redes sociais “do bem”; entenda

Hackers são conhecidos por desenvolver sistemas para roubo de dados e outras situações que colocam a segurança virtual em risco. No entanto, um grupo que atuava na distribuição de ferramentas de hacking agora mudou de vida. O Cult of the Dead Cow está desenvolvendo aplicativos de mensagens e redes sociais que não manterão os dados pessoais dos usuários.

Leia mais

Invasão aos e-mails geridos pela Microsoft deixam empresa em maus lençóis; entendaFBI alerta para uso de inteligência artificial na criação de malwaresHackers podem rastrear vítimas por SMS, revela pesquisa

Veilid, o que é?

Os ex-hackers desenvolveram uma estrutura de codificação, chamada de Veilid, que pode ser usada por desenvolvedores de aplicativos.A equipe está se baseando no trabalho de produtos gratuitos como o Signal, que oferece criptografia forte para mensagens de texto e chamadas de voz, e o Tor, que oferece navegação anônima na web roteando o tráfego por meio de uma série de servidores para disfarçar a localização da pessoa que realiza a pesquisa.O objetivo é que essas ferramentas não coletem dados do usuário, além de garantir a navegação segura.

Sem publicidade?

O principal desafio será convencer programadores e engenheiros a projetar aplicativos compatíveis com o Veilid. Isso porque os fluxos de receita potenciais são limitados pela incapacidade de coletar informações detalhadas dos usuários, não podendo, por exemplo, distribuir anúncios segmentados nas plataformas.A aposta, no entanto, é que a novidade atraia as pessoas que estão cansadas do formato atual das redes sociais.Além disso, tem o respaldo de ativistas dos direitos civis que condenam o uso pela polícia de mensagens enviadas por texto e pelo Facebook.“É ótimo que as pessoas estejam desenvolvendo uma estrutura de criptografia de ponta a ponta para tudo. Podemos ultrapassar o modelo de negócios de vigilância”, observa Cindy Cohn, diretora executiva da organização sem fins lucrativos Electronic Frontier Foundation.

A questão da moderação do conteúdo

Veilid é o lançamento mais significativo em mais de uma década do Cult of the Dead Cow, o grupo de hackers mais antigo e influente dos Estados Unidos.Os desenvolvedores afirmam que a plataforma é tão fácil de usar quanto o Facebook.O projeto não tem fins lucrativos.Segundo o grupo, a ideia é ajudar aqueles com pouco dinheiro ou poder a ter as mesmas comunicações seguras que bilionários e especialistas. “É muito raro você se deparar com algo que não esteja vendendo seus dados. Estamos dando às pessoas a capacidade de optar por não participar da economia de dados. … Devolva o poder aos usuários, dê agência sobre seus dados e dane-se essas pessoas que ganharam milhões de informações do período”, destacou Katelyn Bowden, uma das responsáveis pelo Veilid.Uma das preocupações dos desenvolvedores é em relação a moderação de conteúdo, assunto que está no centro das discussões em função da disseminação de fake news e discursos de ódio no X, antigo Twitter, e no Facebook.A criptografia total significa que os moderadores não poderão ver interações que são prejudiciais.Por isso, ainda são necessárias adaptações antes da tecnologia efetivamente entrar em funcionamento.

Com informações de The Washington Post.

Já assistiu aos novos vídeos no YouTube do Olhar Digital? Inscreva-se no canal!

O post Grupo de hackers desenvolve redes sociais “do bem”; entenda apareceu primeiro em Olhar Digital.

 

Você pode gostar...

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *