Projeto cripto do criador do ChatGPT será investigado na Argentina

O governo da Argentina anunciou a abertura de uma investigação para apurar os processos de coleta, armazenamento e uso de dados pessoais pela Worldcoin. O projeto é chefiado por Alex Blania e Sam Altman, atual CEO da OpenAI, criadora do ChatGPT.

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Projeto polêmico

A Worldcoin, lançado em julho, realiza o escaneamento da íris de pessoas em troca de uma recompensa em WLD, a criptomoeda do projeto.O objetivo é criar uma identidade global a partir da biometria das pessoas que poderia ser usada por governos e empresas.A responsável pela investigação na Argentina será a Agência de Acesso à Informação Pública (AAIP), segundo reportagem da Exame.A entidade explicou que vai apurar se a empresa está respeitando as “medidas de segurança adotadas no âmbito da proteção da privacidade dos usuários”.“Além disso, serão tomadas medidas adequadas para resolver quaisquer problemas identificados e garantir que a empresa cumpra os padrões de segurança e privacidade”, destacou a AAIP. Segundo a agência, a Worldcoin possui pontos de registro de íris nas províncias de Buenos Aires, Córdoba, Mendoza e Rio Petro.“É obrigação dos responsáveis ​​pelo tratamento de dados ter as suas bases de dados registadas na AAIP, prestar informação sobre a sua política de tratamento, indicar para que requerem dados sensíveis e qual o tempo de tratamento e conservação dos mesmos, bem como detalhar as medidas de segurança e confidencialidade que são aplicadas para proteger as informações pessoais”, explicou a entidade.A agência lembrou ainda que os cidadãos argentinos “têm direito, sempre que sejam fornecidos dados pessoais, a dispor de informação clara e acessível relativamente a atribuição, utilização e finalidade para a qual os dados são recolhidos e tratados, especialmente no que diz respeito a dados sensíveis, como os dados biométricos”.

Worldcoin também é investigada em outros países

Autoridades do Reino Unido e da França apuram a forma como o projeto obtém, armazena e processa os dados biométricos obtidos. De acordo com os responsáveis pela iniciativa, o registro de íris é apagado assim que é coletado, sendo substituído por uma identidade criptografada, o World ID.Já no Quênia, o governo do país africano ordenou o fim da coleta de dados da Worldcoin. Em um comunicado, a Autoridade de Comunicação queniana afirmou que vai avaliar o projeto da Worldcoin devido à “falta de clareza no armazenamento e segurança” das informações de íris coletadas dos usuários. Além disso, as autoridades citam “incertezas” relacionadas às criptomoedas que serão vinculadas aos olhos das pessoas.Por fim, o governo do Quênia questionam os incentivos oferecidos pela Worldcoin para fazer pessoas entregarem os dados para a empresa.Saiba mais sobre a situação clicando aqui.

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