China prepara retaliações após EUA proibirem investimentos no país

A proibição anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de investimentos norte-americanos em empresas de tecnologia chinesas gera um debate sobre os impactos para a própria economia do país, assim como o temor de prováveis retaliações de Pequim. As novas sanções barram o financiamento em três setores: computação quânticainteligência artificial para fins militares e semicondutores (veja mais sobre o assunto clicando aqui). Segundo a Casa Branca, a medida visa proteger a segurança nacional e impedir que o capital e a experiência dos EUA ajudem no processo de modernização militar da China.

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Temor de reações chinesas

Em resposta ao anúncio de Biden, o Ministério do Comércio da China disse estar “seriamente preocupado” e se reservou o direito de tomar contramedidas. Alguns analistas afirmam que as opções de Pequim são limitadas e dificilmente escalariam a tensão já existente entre os países.Outros, no entanto, acreditam que a reação pode ser forte, segundo reportagem da Reuters.“Depende muito de como a China decide reagir a isso. A guerra tecnológica muito significativa entre os países é um grande ponto negativo”, pontuou Rick Meckler, sócio da Cherry Lane Investments em Nova Jersey.Já para Tom Plumb, CEO do fundo mútuo Plumb Funds, “é ingênuo pensar que não haverá algum tipo de retaliação. A China poderia restringir as exportações de eletrônicos de consumo, veículos elétricos e outros componentes”.

Respostas da China

Em maio, o governo da China proibiu o uso de chips de memória da Micron Technology em instalações críticas de infraestrutura de informações.A decisão foi tomada após a Casa Branca anunciar barreiras para a exportação de componentes e ferramentas de fabricantes de chips americanos para o território chinês.Já no final de julho, Pequim restringiu as vendas de drones e outros equipamentos para os Estados Unidos como objetivo salvaguardar “a segurança e os interesses nacionais”.A medida inclui o bloqueio nas vendas de motores para drones, lasers, equipamentos de comunicação e sistemas anti-drones, e entrará em vigor no dia 1º de setembro.Além disso, segundo o governo chinês, nenhum drone civil poderia ser exportado para fins militares. 

Pequim busca autossuficiência

Os especialistas ainda alertam que as empresas chineses têm recebido nos últimos anos grandes investimentos em dinheiro e também conhecimento, o que ajuda no processo de autossuficiência do país.“Isso obviamente colocará a China em uma posição em que tentará reduzir sua dependência de qualquer empresa dos EUA para níveis mais altos de tecnologia”, destacou Plumb.As novas restrições também causarão impactos econômicos.Phillip Wool, co-gestor de portfólio do ETF Rayliant Quantamental China Equity, lembrou que “o maior risco para os investidores é não alocar em um mercado onde as avaliações são tão baixas – em relação a outros mercados de ações e à própria história da China – e onde há muitas empresas com fundamentos fortes em rápido crescimento”.

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