Vida em Marte? Rachaduras no solo podem ser a resposta

Descobertas feitas por pesquisadores através da análise de rachaduras no solo de Marte sugerem que o planeta passou por um ciclo repetido de períodos úmidos e secos por milhões de anos. Isso poderia auxiliar no surgimento de vida no local. As conclusões foram publicadas na revista Nature.

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Diversas pesquisas já apontaram que a superfície de Marte foi coberta por rios, riachos, lagoas, lagos e talvez até mares e oceanos no passado.A presença de água, dizem os cientistas, possibilitaria a presença de vida no planeta.Mas hoje o Planeta Vermelho é frio e seco.

Condições para existência de vida em Marte?

Agora, pesquisadores usaram o rover Curiosity, da Nasa, e descobriram sinais de que Marte passou por ciclos repetidos entre os períodos úmido e seco. “Na Terra, as pessoas fizeram experimentos que mostraram que, se você submeter uma rocha a ciclos de períodos úmidos e secos, moléculas orgânicas simples podem se combinar e formar moléculas maiores, como proteínas, e até mesmo RNA e DNA”, disse o principal autor do estudo, William Rapin, pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa Científica da França.Isso pode ser a prova de que houve sim condição propícia para o surgimento de vida no local.

Rachaduras em Marte podem indicar presença de vida (Imagem: NASA/JPL-Caltech/MSSS/IRAP)

Descoberta inesperada

Os estudos se concentraram em rochas de 3,6 bilhões de anos na cratera Gale, onde o Curiosity pousou em agosto de 2012, segundo informações da Space.com.Os cientistas encontraram rachaduras de lama em forma de hexágonos, que se originaram de junções em forma de Y. “Isso foi realmente empolgante para nós – era um tipo inesperado de rocha, algo que não tínhamos visto em Marte antes”, disse Rapin.A pesquisa sugere que essas são rachaduras fossilizadas de lama antiga em um leito de lago que regularmente passava por ciclos de períodos úmidos e secos, possivelmente de maneira sazonal. Tais fenômenos nunca foram observados no planeta em função da erosão. “Até agora, a pesquisa se concentrou na questão de saber se a vida surgiu em Marte, e agora também podemos procurar vestígios de como a vida pode ter surgido em Marte”, concluiu Rapin.

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