Sangue jovem pode aumentar o tempo de vida dos mais velhos, diz estudo

Um estudo realizado por pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade Duke, nos Estados Unidos, aponta que o sangue jovem pode ser a chave para retardar o envelhecimento. Os cientistas acreditam que a descoberta, feita em testes com ratos, pode ajudar a encontrar terapias para rejuvenescer o corpo e aumentar o tempo de vida dos seres humanos.

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Animais viveram 10% mais

No estudo, os pesquisadores constataram que os ratos mais idosos podem se beneficiar de uma variedade de componentes e produtos químicos no sangue dos jovens que contribuem para a vitalidade.Eles conseguiram prolongar a vida útil dos animais mais velhos em até 10%, de acordo com reportagem do UOL.O trabalho foi publicado recentemente na revista Nature Aging.“Esta é a primeira evidência de que o processo, chamado parabiose heterocrônica, pode retardar o ritmo do envelhecimento, que está associado à extensão da expectativa de vida e da saúde”, disse o principal autor do estudo, James White, da Universidade Duke.

Parabiose heterocrônica

A pesquisa foi realizada por meio da técnica de parabiose heterocrônica. Trata-se de fusão cirúrgica de dois animais de diferentes idades que cria um sistema circulatório compartilhado. O estudo buscou determinar se os benefícios da cirurgia eram passageiros ou mais duradouros.O novo experimento retardou o processo de envelhecimento a nível celular, o que, por sua vez, estendeu sua expectativa de vida.A transfusão do sangue de camundongos mais jovens levou os mais velhos a viverem entre 6% e 10% a mais, o equivalente a cerca de seis anos para humanos.

Técnica pode ser usada em humanos?

Pesquisas anteriores demonstraram que a parabiose refresca o cérebro, o fígado e os músculos de camundongos mais velhos, mas a técnica não havia sido utilizada para prolongar a vida dos animais.Os cientistas descobriram que os animais mais velhos exibiram habilidades fisiológicas aprimoradas e viveram 10% mais do que os animais que não haviam passado pelo procedimento.Apesar dos resultados promissores, os pesquisadores alertam que o uso do procedimento em humanos é antiético e impraticável, já que significaria emparelhar um homem de 50 anos com um jovem de 18 anos por um período de cerca de oito anos.Mas isso não quer dizer que tudo esteja perdido.No momento, os pesquisadores buscam descobrir quais fatores na circulação do sangue jovem causam esse fenômeno antienvelhecimento.“São proteínas ou metabólitos? São novas células que o camundongo jovem está fornecendo, ou o camundongo jovem simplesmente protege o sangue velho e pró-envelhecimento? Isso é o que esperamos aprender a seguir”, concluiu James White.

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